domingo, 31 de janeiro de 2016

TU - Janeiro de 2016

Nazareno Lima

Onde andarás tu, à esta hora ...
Em que o destino me faz estar sozinho...
Raciocinando, Universo à fora...
As Razões das penas do caminho!

A tua imagem que relembro, agora ...
E a impressão me diz estar pertinho ...
Mas, é como um sonho que me explora
Junto ao Regime social mesquinho!

A tua face de portal pureza,
É como a imagem da Natureza,
Que só na lembrança poderei amar ...

E dentro em pouco, nada mais me resta:
Nem a lembrança e nem a Floresta
Pois, tudo ruma para se acabar!
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ECOS AMAZÔNICOS - 1992



Recado à minha Mãe – 07/11/90
                          Nazareno Lima

Mãe, eu não me calei pôr revolta ...
Eu sinto vontade de falar ainda!
Eu quero uma energia, de ti vinda,
Para içar o eco que o meu peito solta!

Ó Mãe, sejais pois, minha escolta ...
Não me atribuas esta enorme cinda!
Não posso ser agora algo que se finda
Pois, ainda tenho muito a fazer de volta!!!

Mãe, eu sinto a doença me alquebrando;
Apesar de tanto ar, o ar está me faltando
E tu, diante disso não me socorre ...

Minha vida é muito útil a sua vida:
Minha missão ainda não foi cumprida ...
Não posso morrer tal um inimigo morre!!!

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AGOSTOS - 30-08-2014


                             Nazareno Lima      
             - II -

Sol amazônico, já nem sinto mais...
E à noite nem vejo a cor do seu luar;
Vozes não ouço: é inútil falar
E nem o orvalho, emoção me traz!

O som das cigarras, que me dava paz... 

A música de um rádio, em algum lugar...
Nem mesmo a aurora, é inútil raiar...
Nada mais hoje, me alegre faz!

Mas tudo isto que me faz ser santo...
E tudo o qual me entristece tanto
Fazendo-me descer esse vil declive...

Partindo dessa ordem da Natureza,
Hoje o que sinto é a maior certeza
Que felizmente a Poesia vive!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

O RIO E O HOMEM - 08-02-2013


                    Nazareno Lima

A vida dar muitas voltas,
Tal na Floresta o rio corre:
Por falta das voltas o rio morre
E sem as curvas, acaba a vida!

As curvas da vida são reviravoltas;
Hábito que a Física nos socorre,
Lutemos para que não borre
A Moral da Ética adquirida!


E tal deve o rio nas curvas não sujar
A água, o homem social deve moldar
Suas curvas sem ódio e sem mágoas...

E limpos na Natureza, indo...
O rio descendo, o homem subindo
E ambos a ser quimicamente, águas!

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

AGOSTOS - 30-08-2014

                          Nazareno Lima     

- VII -

Talvez por ser deste humilde povo,
Que sofre, sofre e sofre sem parar

Pois, sobra gente à nos explorar
E a cometer este enorme estorvo!

Tal para Augusto, a função do corvo
E para Marx, o jeito de ganhar...
Eu vejo o mundo à me expropriar
E por isso a dor me atacou de novo!

E às 3 horas em pleno abandono,
Quero dormir mas não acho o sono
E... Fico assim à pensar na vida...

E uma pergunta me martela a alma

Quando será que isto se acalma?
Pois, sei que vencer é luta perdida !!!
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domingo, 24 de janeiro de 2016

Amanhã são 24 de Janeiro de 2016... fazem justamente 113 anos do Combate de Porto Acre, na Revolução Acreana. Eu não quero escrever sobre isso porque sou suspeito para falar... Essa imagem é um comentário feito pelo grande Jornalista acreano Nélson Noronha no dia 24 de Janeiro de 1943.
Comentários
Nazareno De Oliveira Lima O Povo, os Jornais, Jornalistas e autoridades acreanas em geral valorizaram muito a Revolução Acreana neste século que passou,´porém hoje eu vejo nossos jovens não fazem o mesmo, ou pelo menos demonstram isso.
Nazareno De Oliveira Lima
Escreva um comentário...

ESTÍMULO - 20-07-2014

                 Nazareno Lima

Estimulado pelos desatinos
Que tantas sombras me presentearam,
Inseguranças me representaram
Na trajetória destes meus destinos!

Todos aqueles que me ensinaram,
Velhos, adultos e até meninos,
Nada disseram sobre estes meus tinos
E as perguntas que me dominaram!

Hoje as incógnitas que me atordoam
E as Filosofias que me aperfeiçoam,
Me dirigiram para, em Deus, eu crer...

Mas a pergunta que me causa medos:
Por que as pessoas guardam tantos segredos?
É esta incógnita que me faz viver!

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sábado, 23 de janeiro de 2016

O BONDE DO MUNDO - 25-12-2013


Nazareno Lima

Por entre flores e dificuldades
Caminho, na busca de um futuro,
O pior de tudo aquilo que aturo
São as primícias das mediocridades!
 

Seja no campo, seja nas cidades,
Em momentos de paz ou de apuro,
O meu maior desespero, juro:
É a indiferença das felicidades!

E na vida um sobe, outros descem,
Um ri e muitos padecem...
E.. O Bonde do Mundo vai passando:

Vários que vão, nem sabem para onde
E aqueles que sabem, perderam o Bonde
E pela não oportunidade vão ficando!

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

MAUS LAMENTOS DE 91 - 1992

Nazareno Lima

- XXV -

Mãe, não há um nesse Brasil que me perdoe:
Vivo uma vida de amaldiçoado...
Teimando em ser sempre um "errado",
Não encontro um "certo" que me abençoe!
Porém, vejo hoje a minha condenação,
Tal Copérnico foi, pela Inquisição
E a História não conta como foi...
Tudo quanto é ruim sobra pra mim,
Enquanto cismo de ter o mesmo fim
Que teve o americano Allan Poe!

- XXVI -
Mãe, a injustiça é o pior castigo
Que um pobre ser humano pode receber:
Eu vivo esta vida sem conseguir saber,
O mal que esta classe quer fazer comigo!
Eu já lutei pois, de todas as formas,
Mas, não me entrego para as suas normas
Pois encontram erro em tudo que digo!
Declarei guerra para esta gentalha
E meus Irmãos também, como canalhas,
Ainda vivem a me chamar de amigo!

- XXVII -
Eu durmo por sob uma grande pilha
De problemas demasiados e absurdos:
Sou tal no Iraque, os povos Curdos,
Que para o mundo inteiro se humilha!
Quero esconder-me: não acho um quiosque,
Sou tal um coelho dentro de um bosque
Sendo perseguido por uma matilha!
Enquanto a traidora morte não vier,
Sinto a revolta que sentiu Voltaire,
Quando estava preso na Bastilha!
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SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982


               Nazareno Lima e Chico Mendes
 
                     - X -

Nada neste mundo me acalma o tédio
Ao ver minha terra transformada em frágua;
Meus olhos secos se enchem de água
E para a minha angústia não há remédio!

Torna-se cansativo lutar sem vencer ...
Onde todas as lutas tornam-se ilegais...
O protesto à chacina dos vegetais,
Poucos são os que querem fazer!

Mãe! Tua existência provocas atraso;
Tu és uma causa do subdesenvolvimento,
Essa é a filosofia deste confinamento,
Que para tua extinção já marcou prazo!

Na caminhada de teu fim não há pausa,
Tal quem corre para imensos precipícios,
Nem as oposições políticas nos comícios,
Hoje ousam defender esta triste causa!

Talvez da vida, nos seja esta, a sorte
Que os grandes, guardaram o segredo,
Nem Teotônio e depois Tancredo,
Pra não defender-te preferiram a morte!

A técnica da farsa que hoje sujeita
Ao velho ficar novo com a mesma filosofia.
Queria ser adepto desta covardia
Porém, minha consciência não aceita!

A etognosia tocando nossos sentidos,
Vemos homens comprando a Democracia
E até este governo de ginecocracia,
Nega os direitos dos pobres sofridos!

Esta democracia que das matas veio ...
Dizendo ajudar a quem nas matas vive:
Foi a maior decepção que eu tive
Pois, é antagônica ao nosso meio!

Andando nas praças... olho para os lados
E sem querer ver, vejo atravessadores,
Comprando votos de outros eleitores,
Como se fossem mercadorias nos mercados!

Tal muitos eleitores são também os eleitos,
Comprados pela predominante plutocracia,
Para administrar uma mórbida burocracia,
Que, contra a nossa causa não faz efeitos!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982

            Nazareno Lima e Chico Mendes
            
             - VI –

Ao ver a orfandade futura, meu tino
Sofre um terrível susto ...
Tal aquele que sofreu Augusto
Quando escrevia "As Cismas do Destino".

Tua derrota, ó Mãe, é tudo aquilo...
Onde não há forças que à abrande...
Te vejo como Alexandre, o grande
Tentando descobrir as nascentes do Nilo!

O seringueiro entrou em extinção ...
A seringueira também entrou:
Foi o capitalismo quem obrigou,
Esta destruição de irmão sobre irmão!

Teu passado brilhante eu não explico:
Pois, te vejo em profunda coma ...
Tu estás mais triste que a cidade de Roma
Quando caiu em poder de Alarico!

O que haveremos de fazer a esta raça
Que te disputam, tal o prêmio no jogo?
De todas as formas; a ferro e a fogo,
Estão te transformando em fumaça!

Tal qual a ferocidade dos cações
E o instinto destruidor de Nero:
Esta classe com objetivo severo
Ataca-nos sem pensar as razões!

Tal o seringueiro amava o látex forte,
O sulista no Acre ama a grilagem
E tal qual a hévea odeia a friagem;
Tu foges sem poder, do poder da morte!

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

ECOS AMAZÔNICOS - 1992

                           Nazareno Lima
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O cansaço que me vinha ao fim do dia;
Num balseiro, o chiar duma mucura
E o cheiro da baunilha já madura
Prediziam a chacina que viria!

O sol brando vez ou outra inda brilhava;
Com anelo, esperava-se o noteiro
E um cachorro que latia no terreiro
Predestinavam essa sina que chegava!

O pio agudíssimo dos tucanos
Que eu ouvia em abril após as chuvas
E o chiado sufocante das saúvas
Prediziam o teu fim em poucos anos!

O assobio estridente de um soim,
O alto chalrar de um papagaio ...
E os matutinos pingos do orvalho de Maio
Já previam o início do teu fim!

O agudo pio do gavião-tesoura,
O vôo do urubu-rei fazendo festa
E o zumbido de um serra-pau na floresta
Premonizavam esta ação devastadora!

O pio de um araçari esperto,
Percebendo o ninho de um bentivi
E o zunido da colmeia de jaty
Profetizavam o teu ser virar deserto!

O pio da inhambu-azul de madrugada,
O urro de um capelão desvairado
E o grito de um janau revoltado
Diziam que tua vez era chegada.

Um pica-pau à procura de comida
Reproduzia uma voz assustadora:
Parecia o som duma metralhadora
Disparando contra a tua pobre vida!

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SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982



      Nazareno Lima e Chico Mendes

Tuas riquezas, ó Mãe, ilimitadas
Pela força natural que ainda fustiga,
Um dia queimarás como a urtiga,
A quem de ti hoje faz queimada!

A mau tendência que ao meu ser fustiga...
Do ser humano, a hereditária herança:
Com todas as forças faria a vingança,
Como com esta sociedade eu faço intriga!

Vejo ao longe ... O sol sair da terra
E na terra, ao longe vejo o sol entrar:
No cinéreo céu nada há para me assombrar
E o odor de fumaça lembra-me uma guerra!

Perco-me visualmente no vago espaço...
Atordoado, ouço o ranger das selas...
No mesmo lugar onde fazíamos as pélas,
Hoje já não sei mais o que eu faço!

Mãe – Antes de ver-te totalmente morta,
Minha consciência ainda teima,
Em amaldiçoar a tudo que queima
E esconjurar a tudo quanto corta!


Quem habita aqui, hoje é espancado
Com violências ... Com opressões ...
Enquanto ouço o ruído dos caminhões
Que ao invés das pélas carregam gado!

Ó Mãe minha! Tal qual tua ferida,
Sinto hoje o ardor desta revolta ...
Ecoando este grito que o meu peito solta,
No desespero da opressão da vida!

Eis tantos cernes na grande relva ...
Cuja seiva já alimentou a terra;
Feridos ao tronco pelo motor que serra,
No início da repressão desta selva!

Como um vale que a outro vale encerra;
Tal a colina que a outra colina encobre;
Sinto a pior das injustiças feita a um pobre
E a violência feroz da guerra!!!

Pode, a Química à serviços da vida,
Com seus poderes equidistantes,
Fabricar os mortíferos desfolhantes,
Para sacrificar nossa Mãe querida???

sábado, 16 de janeiro de 2016

MAUS LAMENTOS DE 91 - 1992


Nazareno Lima
 

- XLIII -
Mãe, demente mesmo é quem não assimila
A grande injustiça que sobre mim, pesa:
Enquanto o meu pobre irmão me despreza,
A minha consciência está tranquila!
A minha escrita ao invés de lírica
É esta vil Literatura Satírica
Que, sinto até desgosto em exprimi-la!
Isso tudo que à minha existência, custa,
É bem pior que a emboscada injusta,
Que em 23 matou Pancho Villa!

-XLIV -
Mãe, minha vida hoje é uma insônia,
Ante as injustiças e violências!
De tanto implorar por meras clemências
Vivo padecendo de grande afonia!
Talvez quem sabe, Por eu ser do Acre...
Depois destes 20 anos de massacre,
Minha vida é uma vil acrimônia:
O meu viver já é tão obsceno
Que nem sei porque me chamam Nazareno
E nem porque te chamam de Amazônia!
   

- XLV -
Já não sei porque eu sofro tanto assim,
Neste regime multi particularista;
O popular regime universalista,
Neste pobre país não chegou para mim!
Não é por os Irmãos ter-me isolado
E nem por eu ser assim marginalizado
Que sinto na vida este terrível esplin;
Difícil é entender minha estética,
Meu tormento é uma questão dialética
Que talvez neste mundo jamais terá fim!
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O Espanador: Diabo Apaixonado, O – Jacques Cazotte

O Espanador: Diabo Apaixonado, O – Jacques Cazotte: "- É Verdade, e é por sua causa; retire-se, ou então, já que que dormir no meu quarto e ficar perto de mim, ordeno-lhe que vá dormir n...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

ECOS AMAZÔNICOS - 1992



VISÃO - II - 1991
          Nazareno Lima

Trocando olhares com a Natureza
E, vendo a beleza que ao homem fez:
Eu percebia a minha mesquinhez,
Diante daquela divinal grandeza!

Eu perguntei com grande estranheza,
A todas as energias que Deus perfez:
Pôr que o homem com sua hediondez,
Ataca aquela que lhe deu firmeza?

Eu vi, exatamente nesta ocasião,
A humanidade indo para a extinção
E dizendo-se a espécie que não erra...

E foi nesta infeliz introspecção
Que descobri a precoce finalização,
Da Espécie Humana pela própria Terra!
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IDEALIZAÇÕES - 1991
               Nazareno Lima

Pôr um desespero hediondo, perseguido ...
Pôr um descrédito social, crucificado ...
De uma luta sem resultado, cansado:
Vivo um momento sem ter sentido!

Para tudo isto pois, não fui nascido:
Eu tenho um ideal obcecado ...
Pôr que o mundo me considera errado,
Se é do mundo o que tenho aprendido?

Sei que não nasci para tudo isso:
Eu tenho neste mundo um compromisso
E está claro na minha raridade!

Hoje sem ter qualquer espaço aberto
Vejo que o próprio mundo me faz incerto,
Causando ao homem a inutilidade!
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05 DE SETEMBRO DE 91

    Nazareno Lima


Mãe! Ó Mãe minha! Não morras Agora:
Faça forças para continuar a viver!
Tu não sentirás o quanto vou sofrer,
Se eu souber que te chegou a hora!!!

Mãe, após o esforço virá a melhora
E dessa forma então, tu poderás vencer:
Tu sabes que um dia também vai morrer,
O maldito homem que hoje te explora!

Tu inda podes livrar-se desta virose:
Quem matou mais que a tuberculose
E hoje sua grande força não existe!

Eu não quero é que tu se deixes matar:
Até a última hora terás que lutar
E a luta no tempo ganha quem resiste!
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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

PRESPECTIVAS - 02-01-2016

Nazareno Lima

2016... Lá se vão 30 anos...
De estudos... de pesquisas... de História:
Mais de mil personagens na memória,
Que me forjaram estes baldados planos!

Mas o tempo, que combate aos desenganos,
Há de um dia, me levar a esta glória...
Livrando-me desta batalha ilusória,
Publicando os arquivos veteranos!

E quando então esse fato acontecer...
E o Amazônida então puder me ler...
Um sinal dos tempos no céu, há de surgir...

E a maior batalha estará vencida...
E minha meta estando cumprida...
Talvez mais nada eu tenha a fazer aqui!
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SAUDOSISMO - 12-01-2016

Nazareno Lima

Os anos passam...
e longe vai ficando
As emoções e causas que vivemos!
O tempo acaba as coisas que tivemos:
Só a lembrança vem de vez em quando!

Quanto mais tempo, mais vai demorando...
A relembrar daquilo que fizemos...
E todas as coisas que dissemos,
Somente não se apaga... anotando!

E assim, hoje nada mais nos resta...
Nem a grande lembrança da Floresta
E o Seringueiro colhendo ou cortando...

Mas... o Seringueiro não mais existe...
E a Floresta hoje é um campo triste...
À cada dia tudo vai se acabando!
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

¨CONTRADIÇÕES - II

11-01-2016 - Nazareno Lima

Eu me perdi no Tempo e no Espaço
E o que faço aqui... é só errada...
E quase nada, além do que eu faço,
É o que eu penso... que também é nada!

Estou cansado de tanto embaraço
Nesse compasso dessa caminhada:
Nessa estrada, se apresso o passo,
Me puxa um braço para a derrocada!

E sem Razões, na vida, vivo eu,
Na universalidade do homem plebeu,
Que corporativizou sua Razão....

E mergulhado na Caverna, eu ando:
O que penso, falo, digo, é só desmando...
Porque a Luz aqui, é a Escuridão!!!
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

2015


Nazareno Lima - 30-12-2015

2015 vai deixar saudades...
Não trouxe a nós, felicidades...
Mas mostrou-nos grandes descobertas...
As veias do Brasil, abertas...
A política social da covardia...
O erro gestor da Democracia...
O futuro então, ameaçado...
O perigo da volta ao passado...
A inflação batendo a nossa porta...
Aqueles frutos da Ditadura morta...
Que a qualquer hora podem aparecer...
E somente saberão o seu poder...
Aqueles que passaram o que eu passei!

2015 - Te agradeço, enfim...
Pelo ensino que trouxeste a mim...
Sobre a Política do Fisiologismo...
O renascimento do Coronelismo...
O lado escuro da Democracia...
Sobre a dinâmica da Hipocrisia...
O crescimento das Corrupções
E as razões das Contravenções...
Além, é claro dos dez mil desmandos:
Vi o Congresso organizando bandos,
Para poder manter-se no Poder...
Vi a Justiça sem poder prender...
Porque a Lei blindava os chefões!