segunda-feira, 28 de março de 2016

SAUDOSISMO - III - 12-01-2016




                   Nazareno Lima

- III -

O vento soprava trazendo a friagem,
Nas imensas ramagens a neblina caía...
A penumbra invadindo a paisagem
E a trilha tortuosa me guiando ia!

Minha mente à pensar na estiagem
E na mensagem que meu pai dizia...
O espaço exigia de mim mais coragem
E a Fé em Deus, de mim não saía!

A passarada calada ... por enquanto
Somente a Peitica entoa seu canto
Naquela feioníssima paisagem ...

Andando à curtos passos de covarde,
Assustado ... o tempo ficando tarde ...
Daquela cena, hoje, só a imagem!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

SAUDOSISMO - 12-01-2016



                     Nazareno Lima

- I -
Os anos passam... e longe vai ficando
As emoções e causas que vivemos!
O tempo acaba as coisas que tivemos:
Só a lembrança vem de vez em quando!

Quanto mais tempo, mais vai demorando...
A relembrar daquilo que fizemos...
E todas as coisas que dissemos,
Somente não se apaga... publicando!

E assim, hoje nada mais nos resta...
Nem a grande lembrança da Floresta
E o Seringueiro colhendo ou cortando...

Mas... o Seringueiro não mais existe...
E a Floresta hoje é um campo triste...
À cada dia tudo vai se acabando!


- II -

Lembrando das curvas que me guiavam
Por grandes sombras e alguns clarões...
Por centenárias árvores que estavam
Sobre planícies... várzeas e depressões!

Elas plantadas ali... me observavam...
Sem maldades, ódios ou repressões ...
A rapidez com que os meus pés andavam,
Para satisfazer as explorações!

Aqueles riscos que eu ia fazendo ...
E aquele látex branco escorrendo ...
Sem a paisagem ter tempos de olhar ...

Hoje distante por anos à fio,
Nada mais resta daquele sombrio ...
Somente a terra que o sol vive a queimar!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

domingo, 27 de março de 2016

SAUDAÇÕES A 2016 - 01-01-2016




                          Nazareno Lima

2016, Bom dia!
Que nos traga a Paz e o Progresso!
Ao invés de solidão, mais alegria ...
Maior salário e menos recesso!

Daí, mais inteligência ao Congresso:
Mais honestidade e menos covardia.
Maior equilíbrio na Economia ...
Tudo isso por Jesus, eu peço!

Trazei, pois, mais notícias boas:
Maior amor entre as pessoas
E mais Fé nessa multidão ...

Combatei os erros que nos consomem,
Trazei mais compromisso ao homem
E mais amor pela educação!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

2015 - 30-12-2015




                Nazareno Lima

2015 vai deixar saudades ...
Não trouxe a nós felicidades
Mas, mostrou-nos grandes descobertas ...
As veias do Brasil abertas ...
A política social da covardia ...
O erro gestor da Democracia ...
O futuro então ameaçado ...
O perigo da volta ao passado ...
A inflação batendo à nossa porta ...
Aqueles frutos da Ditadura morta
Que a qualquer hora podem aparecer ...
E somente saberão o seu poder,
Aqueles que passaram o que passei!

- x -

2015 - Te agradeço enfim ...
Pelo ensino que trouxeste a mim
Sobre a política do fisiologismo ...
O renascimento do Coronelismo
E o lado escuro da Democracia!
Sobre a dinâmica da hipocrisia ...
O crescimento das corrupções ...
As consequências das contravenções
Além é claro, dos dez mil desmandos,
Vi o Congresso organizando bandos
Para poder manter-se no Poder ...
Vi a Justiça sem poder prender
Porque a Lei blindava os "Coronéis"!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

29-12-2015




Nazareno Lima

2015 está querendo ir ...
Onde eu sofri, dores e mais dores!
Jamais esqueço o que passei aqui,
Porque vivi a cor de suas flores!

Não me alegrou o som de seus tambores ...
Nem seus bons atores ... me fizeram rir:
As solidões me causaram horrores
E a felicidade ... só fingiu de vir!

Mas, essas dores todas que me fazem
E todas as angústias que me comprazem
Forçam-me no dia a dia aprender mais ...

O descrédito que o Brasil mostrou,
Aquele leigo que me descriminou
E nem a velhice já me tiram a Paz!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

REFLEXÃO - 02-12-2015




Nazareno Lima

Agradecido por tantas bondades
Que a Providência nos proporciona,
A cada dia nessa imensa zona
Aonde reina o terror das maldades!

A liberdade que se questiona
E do amor as complexidades,
São os segredos da Felicidades
Que a muitos seres os decepciona!

Entre vitórias e derrocamentos,
Entre prazeres e sofrimentos,
Entre humildades e arrogâncias ...

A forma mais simplificada de vencer,
Evitando o castigo de sofrer:
É manter a ação de tolerâncias!
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RIO E CANOA -






Fábio Jr.

Mentir, fingir, pra mim só é e será possível
Sob holofotes num cenário como ator,
E pra você, mentir, fingir é o possível:
É construir a sombra aonde a luz não for ...

Eu acredito e sempre acreditei na vida,
De uma maneira muito forte, muito intensa ...
É que é difícil a gente ouvir o nosso próprio coração,
Que ele só pulsa, bate e chora mas não pensa!

Estou tentando resolver esse problema
Onde uma cena, cresce mais que seu autor:
Se estava escrito que haveria outra pessoa,
Rio e canoa sabem mais que o pescador!

A vida sempre pega a gente numa curva:
É feito chuva em plena tarde de verão.
Dependerá de nós as cores, tons e matizes
Para esse arco-íris transformar o coração!

Estou tentando resolver esse problema,
Onde uma cena, cresce mais que seu autor:
Se estava escrito que haveria outra pessoa,
Rio e canoa sabem mais que o pescador!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

quarta-feira, 23 de março de 2016

ESPAÇO - 26/05/2002




           Nazareno Lima
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Como é bonito este celeste Espaço,
Seja ele à noite ou ao meio-dia:
O que é feio mesmo é esta mais-valia,
Que nos persegue, atacando à laço !

Ele é Pureza ... Não é fantasia,
Tanto alivia nosso vil cansaço:
É o equilíbrio do mental compasso
Do ser humano que faz poesia !

A tua vasta e grande imensidão
É a energia que faz-me aqui no chão,
Correr atrás de tudo o que é melhora ...

Este contraste que entre nós existe,
É a resultante que me faz ser triste
E excomungar a tudo quanto explora !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

LOUVOR - 31/03/2001




Nazareno Lima

Louvadas sejam, forças eternais
Que fazem a vida, o ser e as ações ...
Que dão tristezas mas dão emoções,
Pra compensar as transgressões carnais!

Benditas sejam as justaposições,
Destas funções ultra celestiais,
Que em silêncio cantam funerais
E com barulhos anunciam a paz!

Abençoadas sejam, estas energias
Que transportaram-me das cercanias
Das profundezas naturais do abismo ...

Para hoje aqui, na solidão da vida ...
Ter consciência da missão cumprida,
Na construção de um idealismo!                                                                           
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terça-feira, 22 de março de 2016

AMBIENTE HOSTIL - 31/12/2001




 Nazareno Lima


- I -

Neste ambiente de verdes paisagens,
Onde as vantagens nos desprezam tanto...
O nosso santo só produz miragens
E nas sócio margens estamos num canto!

O acalanto, nestas estalagens,
São de passagens... Não produz encanto
E o grande espanto dessas malandragens
Não dá coragem: multiplica o pranto!

Até parece filme de arquivo,
Nosso viver neste espaço vivo...
Traz a revolta dos predestinados...

E para findar esse duro enduro:
É estudo e fé, para que no futuro,
Haja mais respeito a nós, explorados!

- II -

É lamentável tanto desrespeito
A quem tem feito tanto pela vida!
Quase perdida contra o preconceito,
A luta feita está dissolvida!

É lamentável tanta investida,
Meta cumprida e divinal conceito,
Desse sujeito que sem despedida,
Prefere a lida de qualquer um jeito!

É... Mas esse caso quando acontece,
A nossa força quase desfalece,
Tendo dois rumos para caminhar ...

Ou reagimos de cabeça erguida
Ou nos acomodamos com a descida,
Depende da força que o mundo nos dar!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ 

CRISE IDEOLÓGICA - 13/12/2001




 
Nazareno Lima

- I -

Talvez a vida me seja um estrago
Pois, hoje trago tristezas imensas:
Nem a Ciência, nem todas as Crenças,
Hoje conseguem me trazer afago !

Qualquer espaço para mim é vago:
Me sinto um Mago em oblações intensas...
Ideias conservadoras já me são tão densas...
Pior que a Cavernocracia de Saramago !

A Crise Ideológica que hoje me ataca,
Ao tentar iluminar essa gente opaca,
Traz-me um desvario desesperador ...

Com os ouvidos cansados de ouvir urros:
Caminho entre enormes paredões de burros
Imprecando pelo fim deste horror!

- II -       

Aonde irá esse povo amargo ...
Que passa ao largo de tantas doçuras?
São criaturas que só visam o cargo,
Tal qual o espargo nas horticulturas!

Serão loucuras, mas um grande embargo;
Eu quero largo, a todas estruturas,
Dessas culturas desse clã letargo
Que vive à cargo dessas aventuras!

Essa preguiça... Essa displicência
Pelo estudo ... Pela competência ...
Fará esse gente ficar na berlinda!

Mas, quando virem que a miséria arde,
Espero então que já não seja tarde ...
E haja tempos de voltarem ainda!!!

 
- III -

Mas... tudo quanto a este povo encerra:
Ficando mudo e... Tão acovardado ...
Não foi o brado infeliz da guerra ...
Nem desta terra, o nome que foi dado!

Se ele é forjado a tudo quanto emperra...
Quando ele erra, chamam de atrasado...
Foi seu passado, que jamais se enterra...
Forçando a "guerra" contra o abastado!

Se esse povo hoje é alquebrado,
É pelo tempo que foi explorado,
Pelos patrões que o escravizou ...

Se no passado construiu riquezas,
Sei que um dia essas Naturezas,
Acenderão a luz que brilhou!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

sábado, 19 de março de 2016

IV VISÃO - 2003 - Parte VI




                      Nazareno Lima

-VI -

Já faz 35 anos
Que uma pergunta me espanta:
" Por que o Brasil é pobre ?"
Porém, ninguém me responde !
"A miséria vem de onde ?"
Um instinto me indaga !
Eu só sei que quem é pobre,
Paga caro as consequências !

Quanto mais se ajuda ao pobre,
Mais pobre ainda ele fica:
Quem um dia será rico, não precisa de ajuda;
A ajuda que recebe, é dele mesmo que vem !
A engrenagem da fome
É complexa e complicada.
Não é só na aparência ...
Ela vem de uma história !

A miséria apaga tudo,
Nada nela funciona
Pois, tudo que se investe
Tem resultado contrário !
A Santa Democracia
Vira o vão paternalismo ...
A Justiça necessária,
Custa caro e não existe !
Os serviços do Estado,
Como podem produzir,
Se os impostos à pagar,
O pobre nem contribui ?

A Imprensa denuncia,
Com os fins de informar
Mas, a denúncia é vazia
E torna-se propaganda !
A Arte com o Cinema,
Novela, Música e Teatro:
Não educa; aliena
E aumenta a violência !
Educação democrática,
É outra que não adoto;
Trocando notas por voto
Diretor se perpetua ...

Políticos oportunistas,
Da fome pois, sobrevivem:
Fingindo ajudar aos pobres,
Beneficiam a pobreza !
Já outros com bons instintos,
Tentam ajudar de verdade
Mas, quanto mais vos ajudam,
Mais eles se multiplicam !
Sua multiplicidade
Vem das acomodações ...
Tem também espertalhões
Que desta vez se aproveitam !
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IV VISÃO - 2003 - Parte V






 Nazareno Lima

*******

Como pode um cidadão,
Cientista e pensador,
Que se diz pesquisador,
Defensor do Marxismo...
Leal ao Nacionalismo,
Adepto da Competência,
Seguidor da Eloquência,
Crítico da realidade,
Perseguidor da verdade,
Fã da Globalização ...
Crente que sem produção,
Nada pois, se desenvolve ...
Sabendo que não resolve,
Nem adianta ajudar
Pois, já cansou de lutar
Para mudar o Estado ...
Sente-se hoje obrigado,
Depois de tanta histeria,
Em plena Democracia,
Desejar a Ditadura ?
****************

IV VISÃO - 2003 - Parte III


          Nazareno Lima

A miséria que progride,
Aos políticos interessa;
É uma forma expressa
De ganhar as eleições ...
É triste as situações;
Hoje até sindicalistas
Viraram capitalistas
Com propinas dos patrões !

Hoje aqui tem companheiro
Que largou o movimento,
Com forte apadrinhamento
Quer ser dono da verdade ...
Porém, a realidade
Dizer, ninguém se atreve
Onde a Justiça faz greve
Para ganhar mais dinheiro !

Hoje aqui tem jornalista
Com feição de Ser Sublime;
Rogando que haja um crime
Pra ser manchete do dia ...
No auge da anarquia
Remédios causam doenças,
Juízes vendem sentenças
Por achar que ganham pouco!

Tem Doutor que não trabalha,
Tem Médico que não atende,
Aluno que não aprende,
Professor que não ensina ...
Tem obra que não termina ...
Engenheiro improdutivo ...
Tem político depressivo
Que vive de atrapalhar !
******** ***********                                    

IV VISÃO - 2003 - Parte II


           Nazareno Lima

20 anos se passaram,
Depois de tantos fracassos
Eu vi os primeiros passos
Do poder dos oprimidos ...
Foi esforços sem sentidos,
Foi pura ação demagógica
Pois, a crise ideológica
Atacou aos que pensaram!

Companheiros que lutaram
Viraram perseguidores ...
Já outros trabalhadores
Executam invasões ...
São várias as intenções;
Até pobre democrata,
Pensando ser burocrata
Faz greve pra não mudar!

Como pode melhorar
O caos que existe aqui?
Cada um luta por si
Com pura ação egoísta ...
O lado nacionalista,
Esqueceram que existe;
É raro que alguém conquiste
A melhora social !
***************

quinta-feira, 17 de março de 2016

CONTINUÍSMO - IV - 24-01-2000


          Nazareno Lima

Isto aqui nunca mudou,
Continua o mesmo mal:
É o Coronel Capital
Esticando o seu varal !

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Inerte Democracia,
Que eu chamo de Demência:
É a mesma violência,
Que vivemos hoje em dia!
Com tanta veracidade,
Ofuscas a realidade ...
O contraste que encaro:
Pagamos um preço caro
Pela tua existência ...
Daí ficaremos tristes
Pois, na verdade não existes;
Temos inda que lutar,
Pra poder te conquistar!
Pôr isso somos roubados
E há muitos anos passados!
Mas ainda há resistência,
Para barrar a traição ...
Aprendamos a lição ...
Do fundo do coração ...
Pois, o tempo não parou!!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

CONTINUÍSMO - III - 24-01-2000


          Nazareno Lima

Isto aqui nunca mudou,
Continua o mesmo mal:
É o Coronel Capital
Demarcando o seu local!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Josimo se foi um dia
E ninguém soube porque.
"Ele procurou morrer !"
Disse um Major da Polícia!
Foi um caso tão maldoso
Que o triste criminoso,
Só agora apareceu.
Perguntaram como foi,
Respondeu "Deus me perdoe
Mas isso faz tanto tempo
Que nem eu me lembro mais!"
Eldorado do Carajás,
Galdino José dos Santos,
Ainda houve outros tantos,
Que é difícil até contar,
Quando eu conto me confundo,
Até mesmo em Novo Mundo,
Também foram assassinar
E dessa armação vulgar ...
Nem a mulher escapou !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

CONTINUÍSMO - II - 24-01-2000


           Nazareno Lima

O Brasil nunca mudou,
Continua o mesmo mal:
É o Coronel Capital,
Demarcando seu quintal!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Capitalista não morre ...
Só morrem trabalhadores,
São horrores mais horrores,
A isto ninguém socorre !
O pobre só faz perder
E assim vai continuar ...
Quando está para ganhar
Corre o risco de morrer !
As manobras são intensas ...
Nem a Globalização
Que luta também neste chão,
Mas as chances são propensas!
As Raízes Capitais,
Já viraram uma cultura ...
Esta monstra estrutura
Inda aumenta mais e mais !
A cabeça pensativa
De mim e de outros mais
Não entendem o que faz
A Ciência Positiva !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

C O N T I N U Í S M O - 24/01/2000



                    Nazareno Lima

Isto aqui nunca mudou,
Continua o mesmo mal:
É o Coronel Capital,
Ampliando o seu canal!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Inerte Democracia ...
Que eu chamo de demência:
É a mesma violência,
Que vivemos hoje em dia ...
Wilson, Jesus e Chico,
Calado e João Eduardo ...
Sempre um é emboscado,
Eu só não fui porque fico
Amoitado e refletindo ...
Vendo a multidão passar,
O grande a explorar
E tudo se repetindo ...
Atentados ... Atentados ...
Sem sabermos donde vem!
Quem são a favor do bem,
São sempre violentados:
Assim se foi o Toninho,
Depois Celso Daniel,
Zé Rainha, de chapéu
Só não foi pôr um pouquinho!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

segunda-feira, 14 de março de 2016

AQUI - 10/12/1993


 
                                Nazareno Lima


                - I -

Tu és mais soberba do que foi Roma,
Ô terra natal dos oportunistas !
Enquanto abrigas vis capitalistas
És mais prostituta do que foi Sodoma !

Amante daqueles que dos pobres, toma:
Enquanto aplaudes os mais egoístas,
Desprezas assim os grandes artistas
E ao violento à cada dia assoma !

Lembrai pois, dos imensos seringais
E Também dos gigantescos castanhais
Que há muito tempo se fizeram lenha ...

E o Seringueiro tão humilde e forte:
Tu o chamaste para a própria morte
E por tudo isto tu jamais se empenha !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
 

NOVO TEMPO - X - Agosto de 2015


           Nazareno Lima

Cadê o Dr. Arquilau
E o Jornal "O Varadouro",
Jorginho... Toinho Alves
E a Francisca Marinheiro?

Cadê Anselmo Forneck
E Abel Rodrigues Alves;
O Padre Leoncio Asfury,
Padre Maximo e Padre André?

Cadê Habrahim Farhat,
Prof. Paschoal Muniz,
Mastrangelo, Manoel Callaça,
Pacífico e Célia Pedrina?

Cadê Aníbal Diniz,
Lazinho, Cristino e Pingo;
Pimentinha e Nazareth
E o Dr. Hélio Pimenta?
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domingo, 13 de março de 2016

SAUDOSISMO - 12-01-2026



                             Nazareno Lima

- III -

O vento soprava trazendo a friagem,
Nas imensas ramagens a neblina caía...
Aos poucos a penumbra invadia a paisagem
E a trilha tortuosa me guiando ia!

Minha mente à pensar na grande estiagem
E na forte mensagem que meu pai dizia...
O espaço exigia de mim mais coragem
E a Fé em Deus, de mim não saía!

A passarada calada ... ali, por enquanto,
Somente a Peitica entoava o seu canto
Naquela feioníssima paisagem ...

E eu andando à curtos passos de covarde,
Assustado ... o tempo ficando tarde ...
Daquela cena ... hoje, só a imagem!

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SAUDOSISMO - 12-01-2026


                                         Nazareno Lima

- II -

Lembrando das curvas que me guiavam
Por grandes sombras e alguns clarões...
Por centenárias árvores que estavam
Sobre planícies... várzeas e depressões!

Elas plantadas ali... me observavam...
Sem maldades, ódios ou repressões ...
A rapidez com que os meus pés andavam,
Para satisfazer as explorações!

E aqueles riscos que eu ia fazendo ...
E aquele látex branco escorrendo ...
Sem a paisagem ter tempos de olhar ...

Hoje distante por anos à fio,
Nada mais resta daquele sombrio ...
Só a terra que o sol vive hoje a queimar!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

LAMENTO AMAZÔNICO - Fev - 2016




                       Nazareno Lima

Por muitas vezes me desesperei
Quando estudava os comportamentos;
Os sofrimentos que presenciei,
Na Amazônia de grandes tormentos!

Por tantas vezes não acreditei
Que nesse Acre de aviamentos;
Houvessem fatos que até chorei,
Por isso escrevo estes meus lamentos!

Na liberdade da Floresta imensa,
Aconteceu a escravidão mais densa
Que um ser humano possa imaginar ...

Na tentação de pragas e doenças,
O seringueiro se iludia às crenças
Só tendo alguém para o explorar!
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NOVO TEMPO - IX - Agosto 2015


             Nazareno Lima

Cadê Luiz Damião,
Gilsom da União Bahiana,
Pedro Teles e o "Bacana",
Veríssimo e Evair Higino,
Maneiro e Luiz Targino
Irmã Nilce e Raimundão?

Cadê o Júlio Barboza,
Dercy e Osmar Facundo,
Chicão do "Oco do Mundo",
Vicência e Maria de Brito,
Luiz Ceppi e Manelito,
Assis e Paulo Lustosa?

Cadê o Dr. Gumercino,
Joffre Cury e Leocádio,
Irmã Carmem e Padre Cláudio,
Beleza e Chico Carlota,
Padre Destro e Carmem Mota,
Aurélio, Doda e Flauzino?

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NOVO TEMPO - VIII - Agosto 2015


              Nazareno Lima

Cadê o Dr. João Maia
E o Bispo D. Moacyr?
Nunca mais os vi aqui...
O tempo os tirou da raia!

Cadê o Wilson Pinheiro,
Lupércio e Jesus Matias,
João Correia e Zé Maria,
Carlitinho e João Carneiro?

Cadê Otávio Nogueira,
Poeta Elias Roseno,
Waldiza Souza e Pequeno,
Bernaldo e Gessom Pereira?

Cadê Raimundo Nogueira
E Leonardo Barbosa,
Gonçalo e Branco Taboza,
João Diogo e João Teixeira?

Cadê Raimundo Nonato,
Pedro Rita e Osmarino,
Arlindo e Chico Taveira,
João de Deus e Zé Quirino?

Cadê Davina Macedo,
Pacífico e Chico Germano,
Assis Cecília e Tião,
Vanjú e João Bronzeado?

Cadê a Irmã Madalena,
Chico Grosso e Catarino,
Jerome e Chico Sabino,
Dudu e Toinho do Sena?
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

NOVO TEMPO - VII - Agosto 2015


                           Nazareno Lima

Cadê o povo humilde e ordeiro
Que a lealdade brindou por querer...
Na resistência conseguiu vencer
E em 80 era companheiro?

Cadê o povo que não quis perder,
Que figurava como Seringueiro...
Que empatava o mau fazendeiro
E que inventou a sigla PT?

Cadê o povo de luta e coragem,
Que até Plácido rendia homenagem
E nem a História o reconheceu? ...

20 anos lutando nos matos,
De peito aberto ou nos Sindicatos...
Mas hoje esse povo desapareceu!

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NOVO TEMPO - VI - Agosto de 2015


                       Nazareno Lima

Depois que o Chico morreu,
Pela mera negligência...
Por faltar clarividência,
Que às vezes a mente nega
E que o homem as apega,
Querendo pensar sozinho,
Por mirar outro caminho
Paralelo à liberdade...
Após esta atrocidade,
A Luta parou ali:
Eu jamais saí de si,
Descobrindo uma verdade:
Uma responsabilidade,
De outra forma lutar,
Tentando historificar,
Essa Classe ostracista
Porém, a mais ativista
Que no Brasil já brotou...
O Poder à sufocou
E a Lei não a conheceu!

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NOVO TEMPO - V - Agosto de 2015


Nazareno Lima

Tramado em 1965,
Forjado com muito afinco
E com altas malandragens:
Formar o Acre em pastagens,
Sem medir as consequências,
Depois de tantas falências
De Patrões, Casas e Bancos...
O horror desses arrancos,
Só danou os Seringueiros,
Esses pobres florestaneiros,
Expulsos pelos desmates,
Organizaram os empates,
Por ser a única saída...
O "paulista" floresticida,
Adentrava aqui sem penas
E por 3 dólares apenas,
Comprava cada hectare
E por não ter quem lhe pare:
Foi o jeito a violência!

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sábado, 12 de março de 2016

NOVO TEMPO – IV - Agosto – 2015


         Nazareno Lima

Depois da Guerra ficou
O abandono por completo:
Nenhum projeto concreto
Fizeram no Território
E o imenso purgatório,
Teimou e voltou à tona,
Melhorar o Amazonas,
Eram promessas, mais nada;
Até uma grande estrada,
Juscelino prometeu,
Mas ao Acre o que rendeu,
Às mãos de dois Comunistas
- Zé e João – Dois populistas,
O Acre virou Estado,
O Território – coitado,
Não tinha como seguir
E o Exército ao assumir,
Precavido e assombrado,
Olhando pro seu passado ...
Um Projeto elaborou!

*********************

NOVO TEMPO – III - Agosto – 2015


                      Nazareno Lima

Em 920
Criaram os Governadores,
Nem assim parou as dores ...
Aumentaram mais as cargas,
Nem mesmo Getúlio Vargas
Consertou esse cenário ...
Diminuiu o erário,
Esgotou-se o extrativismo
E o fino Coronelismo
Enfraqueceu por demais
Porém, esperança e paz,
Só veio mesmo em 40
Quando a tal Guerra Sangrenta
Do Supermem da Alemanha ...
Borracha, Caucho e Castanha,
Consumiam pra valer
E o Ianque pra vencer,
Mandou trazer os soldados,
Preparados ... Vacinados ...
Numa ação mais que acinte!

*************************

NOVO TEMPO – II - Agosto – 2015


         Nazareno Lima

O Acre foi um Teatro
De lutas e de tristezas,
De mortes, Crimes, friezas,
Violências ... Correrias ...
Cangaço e Piratarias
Lá no Século IXX ...
Quando um Tratado resolve
O Brasil por donatário ...
Tal funesto relicário
Até 1912
Ostentava então a pose
De Coronéis e patrões,
Onde as indenizações
Despertou grande cobiça
Daí também a preguiça
De gerir o Território ...
Formando-se um purgatório
De fome e desilusões,
Vivendo as recordações
Do heroico Plácido de Castro!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

NOVO TEMPO – Agosto – 2015




               Nazareno Lima

Tal a exploração se expande
E prossegue a ignorância:
Eu sigo com a militância,
Sem urgir que alguém me mande!

Antes que a vida desande
E por fim chegue a demência,
Luto enfim nesta ciência ...
Pois meu compromisso é grande!

Tal o maior dos brasileiros,
Sinto então dos Seringueiros,
O desejo de vitória ...

Hoje nada o que eu fazer:
Para não deixar morrer ...
Resgato-os com a História!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

A Voz do povo é a voz de Deus




          Waldick Soriano

Deixei minha cidade
Tão humilde e pequenina
Pra buscar felicidade
E cumprir a minha sina
Eu sonhava ser cantor
E ninguém acreditava em mim
Mas eu tinha o meu valor
Lutei muito mas venci
E agradecido eu canto assim:

A voz do povo é a voz de Deus
Chegou a hora da verdade:
Muito obrigado amigos meus
Tudo de bom, felicidades!

Eu devo a tanta gente
A razão do meu progresso,
Hoje estou constantemente
Nas paradas de sucesso
E ao cantar essa canção,
Tão sincera que nasceu em mim;
É feliz meu coração,
Sofri muito mas venci
E agradecido eu canto assim:

A voz do povo é a voz de Deus
Chegou a hora da verdade:
Muito obrigado amigos meus
Tudo de bom e felicidades!

sexta-feira, 11 de março de 2016

AMORES – 23/08/2009



                           Nazareno Lima

O que restou dos amores que passaram?
Após abalarem mentes poderosas...
Compararam-se a orquídeas e rosas
E em lembranças todos acabaram!

O que restou das paixões que provocaram
Transformações em almas amorosas?
Fundamentaram expressões saudosas
E em mágoas, em fim se transformaram!

Paixões e amores são momentâneos:
Especialmente instantâneos,
Qual a tudo que a Natureza cria...

E assim como as paixões e os amores,
Eu, juntamente as minhas dores,
Também terei que me acabar um dia!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
 

SENHORA – 13/12/2009





(de Orestes Santos e Lourival Faissal)
Senhora!
Te chamam Senhora!
Todos te respeitam,
Sem saber quem tu és!
Senhora!
Parece senhora,
Mas tu tens a alma
Cheia de pecados:
Falsa como és!
Senhora!
És uma senhora,
Mas és mais perdida
Que as que precisam
Perdidas viver...
Senhora!
Tu manchaste o nome,
O nome de um homem
Que um dia em teus braços,
Feliz pertenceu...
Senhora!
Com todo o teu ouro...
De ti sinto pena:
Tu não tens na vida
Nem Deus, nem moral!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

VOCÊ - 10/07/2009



                    Nazareno Lima

Eu amo tanto te encontrar feliz,
Neste espaço de tantas maldades...
O teu sorriso de felicidades
Faz-me lembrar aquela Flor de Liz!

Mesmo falando de problemas vis
Ou de um passado que deixou saudades...
São populares suas idoneidades
Que alguém crítica sem saber o que diz!

A raridade desse teu olhar
E a meiguice desse teu falar...
Traz-me a mente um pensar profundo...

Quando passares por tristes momentos,
Lembre diante destes sofrimentos
Que fez um homem ser feliz no mundo!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

SURPRESA - 12 de Junho de 2009




                       Nazareno Lima
              
Surpreendido, pela madrugada...
Ruas desertas... Caindo neblina...
À passos lentos ... Como quem ensina...
Eu caminhava num sonho de fada!

O vento frio, à cada lufada ...
Desaquecia-me em vez repentina:
Me acompanhava uma pobre menina,
Me disfarçando da vida passada!

Entre conversas... a menina Gil,
Lembrava-me os 10 bilhões do Brasil,
Enquanto esquecia-me de lhe amar...

Tal qual o sonho de uma criança...
Guardo essa cena na minha lembrança
Que se passou em Senador Guiomard!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
        

quinta-feira, 10 de março de 2016

EL NIÑO PODERÁ DESTRUIR A AMAZÔNIA EM POUCO TEMPO.




                             Nazareno Lima - Acre.
A estiagem que está fazendo este ano na Amazônia
poderá ser a maior de todos os tempos.
Esta estiagem inédita, é provocada pelo fenômeno
peruano El Niño, que desviou as chuvas da Amazônia
para o Sul, Sudeste e até o Nordeste do Brasil.
A estiagem no período chuvoso na Amazônia, vinha
se intensificando lentamente desde 1998,
segundo uma pesquisa feita pelo
Prof. Nazareno Lima naquele ano.
De 2010 em diante, a estiagem durante o período
chuvoso passou a intensificar-se e este ano
tornou-se significativa e visível.
Quanto a questão do perigo que poderá ocorrer essa
estiagem na época chuvosa é que poderá baixar de
nível os lençóis freáticos dos solos amazônicos e
daí haver uma mortandade de árvores dentro das
Reservas Ambientais que ainda restam, uma vez que
as árvores amazônicas tem as suas raízes muito rasas,
que somente atinge 3 metros, as mais profundas,
com exceção das hevea brasiliensis e hevea guianensis.
O homem não está muito preocupado, porém a Amazônia
vem correndo um alto risco de destruição e já faz
muito tempo.

quarta-feira, 9 de março de 2016

AGOSTOS - II - 30-08-2014



                           Nazareno Lima

- II -

Sol amazônico, já nem o sinto mais...
E à noite nem vejo mais a cor do luar;
Vozes não ouço: é inútil falar
E nem o orvalho, emoção me traz!

O som das cigarras, que me dava paz... 
A música de um rádio, em algum lugar...
Nem mesmo a aurora, é inútil raiar...
Nada mais hoje, me alegre faz!

Mas tudo isto que me faz ser santo...
E tudo o qual me entristece tanto
Fazendo-me descer esse vil declive...

É o Contraste Social na Natureza!
Mas, Sinto hoje a maior leveza
Pois, felizmente a Poesia vive!

************************

A N D A N Ç A S - VI - 19-02-2014


              Nazareno Lima

Vi muitos desocupados,
Da vida desesperados,
Oriundos da Amazônia,
Formando grande colônia,
De netos de Seringueiros,
Sem empregos... Sem dinheiro,
Vivendo de fazer bicos,
Puxando o saco dos ricos,
Com a miséria na cola,
Os filhos fora da escola...
Com saúde e paz restritas,
Morando nas palafitas,
Era grande o sacrifício
E ainda tinham o vício,
Pra compor a transgressão!

******
Eu disse que aquela ação,
Era algo pré-fabricado
E a replica que foi me dado,
Que era a predestinação!
********************

A N D A N Ç A S - V - 19-02-2014


                         Nazareno Lima

Vi, Alguns Irmãos Evangélicos,
Com ares maquiavélicos,
Tentando imitar Jesus ...
Diziam viver na luz
E o mundo viver nas trevas;
Tentando enganar as levas,
Falavam em línguas estranhas,
Providos de artimanhas,
Iludiam até doutores ...
Diziam tirar as dores
De toda a população:
Bastava Fé e Ação
E mais um pouco de Amor!
Mas o mal de seu labor,
Era usar o nome de Deus.

******
Daqueles trabalhos seus,
Quis dizer que estava errado:
Disseram que meu pecado,
Era estar entre os ateus!
*******************

A N D A N Ç A S - IV - 19-02-2014


                  Nazareno Lima

Vi políticos se benzendo
E ao povo prometendo
O impossível de fazer...
E a plebe sem entender...
Era o jeito acreditar!
Vi Professor ensinar,
Da forma mais transgredida,
Mas a Razão sucedida,
Era o Livro feito errado,
E o Poder do Estado,
Dizia que estava certo
E eu, olhando de perto,
Pensava no meu passado...
Como pode eu ter logrado
A toda esta hipocrisia?

******
Aquilo tudo que eu via,
Não tinha transformação,
Pois a Constituição,
Apoiava essa razia!
****************

A N D A N Ç A S - III - 19-02-2014




                Nazareno Lima

Vi Pastores que pregavam,
À Jesus, alto rogavam,
Por estes povos malditos ...
Mas a razão de seus gritos,
Era dinheiro e usuras ...
E chamavam de loucuras;
Conhecimento e Ciência!
Protegendo a experiência
E condenando o moderno,
Chamavam o mundo de inferno
Mas, nele estavam contidos;
Num sentido sem sentidos,
Atados pela Semântica,
E na palavra romântica,
Dominavam as criaturas!

    ******
Estas reais estruturas,
Quis dizer como se criam...
Mas de mim, zombavam e riam,
Foi melhor crer nas agruras!
**********************



Mucuripe


exibições 50.070

Aquela estrela é dela
Vida, vento, vela, leva-me daqui

As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Prás águas fundas do mar
Hoje a noite namorar
Sem ter medo da saudade
Sem vontade de casar

Calça nova de riscado
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo ainda era flôr
Sob o meu chapéu quebrado
O sorrido ingênuo e franco
De um rapaz novo encantado
Com 20 anos de amor...




Esse poema de Fagner e Belchior de 1972 traz
uma significação muito grande para os nordestinos
brasileiros que partiam desse porto em Fortaleza,
no Estado do Ceará com destino a Amazônia e a
maioria deles para nunca mais voltar,
como o meu pai em 1950.


 

terça-feira, 8 de março de 2016

AGOSTOS – XI - 30 - 08 - 2014 -



                              Nazareno Lima

Se alguém pensar que sou mal amado
E por esse fardo, vivo a reclamar...

Não é verdade, pois meu bem estar,
É o equilíbrio do povo explorado!

O desamor que a excomungar

Vivo, por dois pontos é causado:
Pela falta de instrução do cansado
E pela não oportunidade de estudar!

E assim esse descapitalizado
E pobre não alfabetizado

Homem não tem como amar...

O desequilíbrio social se exprime
E o descaso passional se comprime
Numa classe já cansada de lutar!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

AGOSTOS – 30 - 08 - 2014 -





¨                               Nazareno Lima

   
           - I -

Onde será que andam as minhas flores?
E os bons amores onde se esconderam?
No passado, sempre apareceram
E hoje somente vejo as minhas dores!

Nos meus perfumes não há mais olores
E minhas cores amareleceram
Os meus amigos se entristeceram
E em mambembes, os meus bons atores!

Depois de tanto escrever nas lousas
E lutar tanto contra o fim das cousas...
Eu me tornei dos homens, o mais triste:


Mas o consolo que me ainda resta,
É ver na vida algo que ainda presta:
É poder sentir que a Poesia existe!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

O AMOR E A ARTE - 13-02-2013




 
           Nazareno Lima

Na vida nem tudo é fel;
Há também paz no caminho:
Se registram esse alinho,
É o prazer do menestrel!

E assim segue o tropel,
Publicando o "pergaminho":
Os Parabéns do Martinho
E o V da Vila Isabel!

E enfim o amor do amante
Chega a forma mais brilhante
Que a alma pode aceitar...

E livre de qualquer crença
Tem o artista a recompensa
Das agruras de lutar!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

DESPEDIDA - 14-08-2014





                            Nazareno Lima
            
Talvez quem sabe? Hoje é o derradeiro
Dia da triste e divinal peleja...
A alma lavada, onde pois, esteja...
Talvez nem sofra, por ser costumeiro!

Nem Companheira, pois, nem Companheiro.
Não pensam mais entrar na Igreja...
E... Assim seguindo, que Deus os proteja,
Em separados pelo tempo inteiro!

E prossigam assim para o mundo ver ...
Talvez dessa forma parem de sofrer ...
E Jesus resgate-os deste triste inferno!

E quando passar este sofrimento...
Onde não houve paz nem casamento
Enfim, o amor, virão que é Eterno!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

A F L I Ç Ã O - 01/05/2000




                       Nazareno Lima

É muito triste caminhar sozinho,
Neste caminho da dificuldade.
A sociedade do saber mesquinho ...
Causa definho e intransmissibilidade!

É muito triste caminhar sozinho,
Se até o vizinho prega a improbidade
E a cara-metade se é de ser alinho,
Torna-se espinho pôr tenacidade!

Esta estrutura da sociedade ...
E do ensino a inviabilidade ...
Fizeram de mim um triste refém ...

Rogo que a santa Globalização,
Que é o fiscal do saber malsão,
Logo me ajude a ensinar alguém!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

DINÂMICA HUMANA - 04/2000

                         Nazareno Lima

Mudam as datas: a sociedade segue
Pervertida e preconceituosa ...
A ideia da esperança proveitosa,
Não há indivíduo pois que negue!

O rico, ao pobre a cada dia persegue,
Pela força da ideia vantajosa ...
O pobre, pela utopia esperançosa
É lógico que um dia se entregue!

E assim pelo tempo, alquebrado,
Todo homem há de ser explorado
Pela mão ambiciosa do poder ...

E irá pelos séculos essa diferença:
O pobre que um dia o rico vença,
Que é a forma desumana de viver!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

OS MUDOS - 10/04/2000






 

                           Nazareno Lima
Eu tenho tanto à falar ao mundo,
Pena que ele não me dê ouvidos:
Sou dos anônimos que vivem escondidos,
A sustentar este pesar profundo!

Quantos tal eu estarão perdidos?
Vítimas do vil anonimato infundo,
Semelhante a um pobre vagabundo,
Na alheia dependência dos sentidos!

Talvez pior do que foi Canudos:
É triste esta multidão do mudos,
E não há quem conte este acervo...

E muitos morrerão emudecidos ...
E eu para não ser um dos vencidos ...
Já que não falo, ao menos escrevo!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

segunda-feira, 7 de março de 2016

P O E S I A S ---- IV ---


 

                   Nazareno Lima

A poesia é uma grande flor
Que prolifera nas lamas ...
Nasce das opressões, da dor do amor...
Da fome ... das paixões e das camas...

A poesia vem do desamor...
Das injustiças... das tramas...
Das pressões... das más famas...
Do silêncio de horror!

E o poeta, com um desabafo breve,
No silêncio, encarcerado escreve
Sua vingança da forma que o convém...

E o homem comum jamais aceita,
Que essa vingança depois de feita,
É a essência do mal transformada em bem!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

05 DE SETEMBRO DE 1999



                          Nazareno Lima

Fim do milênio com pouca fumaça:
Coisa que antes não se imaginava
Pois, ano a ano se multiplicava
Essa terrível e infernal desgraça!

E nesse 05 de Setembro estava
Uma forjada e social trapaça,
Pois de tristezas se vivia a graça
Do desespero de quem se queimava!

Mas, a vitória dos trabalhadores
Que a tantas mentes provocou horrores,
Trouxe o alívio desses vitimados...

Que doravante vá diminuindo
O genocídio que foi sucumbindo
Esse ambiente nos anos passados!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

SOLILÓQUIO À MINHA MÂE - 1982


            Nazareno Lima e Chico Mendes

Como um vale que a outro vale encerra;
Tal a colina que a outra colina encobre;
Sinto a pior das injustiças feita a um pobre
E a violência feroz da guerra!!!

Pode, a Química à serviços da vida,
Com seus poderes equidistantes,
Fabricar os mortíferos desfolhantes,
Para sacrificar nossa Mãe querida???

Seguiremos assim com nossa essência:
Lembrando do que dizia Osmar Facundo;
Apesar de vivermos nos confins do submundo,
Ao invés da paz, nos vem a violência!

Da sociedade, essa mancha ativa
Que vejo mais forte em cada crepúsculo...
Minha saída é escrever este opúsculo,
Aos companheiros que nos incentiva!

Foi esta angústia que me fez Aedo:
Esta dor amarga-me mais que a quina;
Tais mudanças que minha alma abomina
E repetirei até no meu último credo!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

O DESEJO DO MUNDO -




                        Nazareno Lima

O Mundo me força a não ser triste
E falar de alegrias e de vitórias ...
Falar de amor e não de Histórias ...
E afirmar que a felicidade existe!

O Mundo me quer, falando em glórias
E do sucesso que o meu pensar assiste!
Eu quero que este Mundo me conquiste:
Transformando em Paz, minhas memórias!

Mundo - Eu quero ser como tu queres:
Falando de amor... e das mulheres...
De Paixão e de Felicidades...

Mas, é que o destino me criou assim:
Com injustiças e opressões sobre mim,
Nas florestas, nos campos e nas cidades!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

domingo, 6 de março de 2016

MAIOS - II - 11-05-2015

                           Nazareno Lima

- VI -

Se tristeza fosse numerário
E se saudade fosse economia;
Se melancolia fosse mais-valia ...
Hoje eu seria um bilionário!

Do Capitalismo, eu um sectário
Ou um templário da Maçonaria:
Hoje Bill Gates, nada me diria,
Porque seria um minoritário!

E se Onassis existisse e por acaso,
Viesse a fazer-me descaso,
Teria mais uma desfeita ...

E eu, levado pela experiência,
Hoje rogo pela minha eminência
Que jamais a Natureza aceita!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

ROTINA - Abril de 2014


¨                Nazareno Lima

Ainda luto e lutarei enfim,
Neste motim de tantas ofensas...
Fé e Moral foram tão propensas
E todas as crenças se negaram a mim!

Mas minha luta continua forte,
E a cada dia muito mais ainda:
Se perguntarem quando a luta finda,
Talvez nem mesmo quando vir a morte!

Esta é a luta da pessoa humana,
Que a cada ser, uma lhe pertence:
O seu sucesso é quando a luta vence
Transpondo assim a confusão mundana!  

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

TRISTEZAS... – I – 30/10/2009



                                Nazareno Lima

Aprofundado em pensamentos vagos,
Nestes espaços de indecisões;
Raciocinando falsas emoções...
Igual a música de nome "Mil Tragos"!

Talvez marcado pelos desagrados
De vários seres de pensar malsão
E anos seguidos sofrendo traição...
Resulta-me hoje em tantos estragos!

O vazio que hoje invade o meu ser....
E a forma dificultosa de vencer...
Atordoa-me encontrar a saída...

Mas, a tristeza que me oprime tanto,
Ainda produz este pobre encanto,
Que é estes versos que diverte a vida!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨





 

AMORES – 23/08/2009

                                 Nazareno Lima

O que restou dos amores que passaram?
Após abalarem mentes poderosas...
Compararam-se a orquídeas e rosas
E em lembranças todos acabaram!

O que restou das paixões que provocaram
Transformações em almas amorosas?
Fundamentaram expressões saudosas
E em mágoas, em fim se transformaram!

Paixões e amores são momentâneos:
Especialmente instantâneos,
Qual a tudo que a Natureza cria...

E assim como as paixões e os amores,
Eu, juntamente as minhas dores,
Também terei que me acabar um dia!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

AMIGO RAIMUNDO – 24/07/2009

                                Nazareno Lima
 
Meu companheiro faça o que fizeres:
A exploração capitalista é o nosso fim!
A descriminação acontece assim....
Não como eu quero e nem como tu queres!

Este vil sentimento que hoje te feres,
É aquele mesmo que também fere a mim:
O peso da idade, que é por demais ruim
E a injusta exploração das mulheres!

E assim.... Passando dias ociosos,
Caminham lentamente os idosos
Incomodando aqueles incomodados ...

E... Contando a cada dia suas histórias,
Revive suas conquistadas vitórias,
Relembrando os bons momentos passados!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

VOCÊ - I - 10/07/2009

                                    Nazareno Lima

Eu amo tanto te encontrar feliz,
Neste espaço de tantas maldades...
O teu sorriso de felicidades
Faz-me lembrar aquela Flor de Liz!

Mesmo falando de problemas vis
Ou de um passado que deixou saudades...
São populares suas idoneidades
Que alguém crítica sem saber o que diz!

A raridade desse teu olhar
E a meiguice desse teu falar...
Traz-me a mente um pensar profundo...
¨
Quando passares por tristes momentos,
Lembre diante destes sofrimentos
Que fez um homem ser feliz no mundo!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

SURPRESA - 12 de Junho de 2009

                  Nazareno Lima
              

Surpreendido, pela madrugada...
Ruas desertas... Caindo neblina...
À passos lentos ... Como quem ensina...
Eu caminhava num sonho de fada!

O vento frio, à cada lufada ...
Desaquecia-me em vez repentina:
Me acompanhava uma pobre menina,
Me disfarçando da vida passada!

Entre conversas... a menina Gil,
Lembrava-me os 10 bilhões do Brasil,
Enquanto esquecia-me de lhe amar...

Tal qual o sonho de uma criança...
Guardo essa cena na minha lembrança
Que se passou em Senador Guiomard!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

AQUELA ROSA - 05-03-2016



                   Nazareno Lima

Aquela rosa que tanto eu amei
E a implorei por tempos diversos ...
Olhos imersos de tanto que chorei
Por este amor que já fiz vinte versos!

Aquela flor de olhos perversos
Que sem sucessos, tanto lhe adorei ...
Me apaixonei, sem razões, sem nexos
De cem processos, não lhe condenei!

Aquela pétala de amor amado ...
Que carregava o maior pecado ...
Que uma mulher pede carregar ...

Esse pecado de não me amar,
Fez minha alma se reencontrar
E minha vingança foi lhe perdoar!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨