NOVO TEMPO - Agosto de 2015
Nazareno Lima
Depois que o Chico morreu,
Pela mera negligência...
Por faltar clarividência,
Que às vezes a mente nega
E que o homem as apega,
Querendo pensar sozinho,
Por mirar outro caminho
Paralelo à liberdade...
Após esta atrocidade,
A Luta parou ali:
Eu jamais saí de si,
Descobrindo uma verdade:
Uma responsabilidade,
De outra forma lutar,
Tentando historificar,
Essa Classe ostracista
Porém, a mais ativista
Que no Brasil já brotou...
O Poder à sufocou
E a Lei não a conheceu!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
sábado, 30 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2015
NOVO TEMPO - Agosto de 2015
Nazareno Lima
Esse Plano de Indecência,
Tramado em 65,
Forjado com muito afinco
E com altas malandragens:
Formar o Acre em pastagens,
Sem medir as consequências,
Depois de tantas falências
De Patrões, Casas e Bancos...
O horror desses arrancos,
Só danou os Seringueiros,
Esses pobres floresteiros,
Expulsos pelos desmates,
Organizaram os empates,
Por ser a única saída...
O "paulista" floresticida,
Adentrava aqui sem penas
E por 3 dólares apenas,
Comprava cada hectare
E por não ter quem lhe pare:
Foi o jeito a violência!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
Esse Plano de Indecência,
Tramado em 65,
Forjado com muito afinco
E com altas malandragens:
Formar o Acre em pastagens,
Sem medir as consequências,
Depois de tantas falências
De Patrões, Casas e Bancos...
O horror desses arrancos,
Só danou os Seringueiros,
Esses pobres floresteiros,
Expulsos pelos desmates,
Organizaram os empates,
Por ser a única saída...
O "paulista" floresticida,
Adentrava aqui sem penas
E por 3 dólares apenas,
Comprava cada hectare
E por não ter quem lhe pare:
Foi o jeito a violência!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
sexta-feira, 29 de julho de 2016
¨POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - Agosto de 2015
NOVO TEMPO - Agosto de 2015
Nazareno Lima
Depois da Guerra ficou
O abandono por completo:
Nenhum projeto concreto
Fizeram no Território
E o imenso purgatório,
Teimou e voltou à tona,
Melhorar o Amazonas,
Eram promessas, mais nada;
Até uma grande estrada,
Juscelino prometeu,
Mas ao Acre o que rendeu,
Às mãos de dois Comunistas
- Zé e João – Dois populistas,
O Acre virou Estado,
O Território – coitado,
Não tinha como seguir
E o Exército ao assumir,
Precavido e assombrado,
Olhando pro seu passado ...
Um Projeto elaborou!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
Depois da Guerra ficou
O abandono por completo:
Nenhum projeto concreto
Fizeram no Território
E o imenso purgatório,
Teimou e voltou à tona,
Melhorar o Amazonas,
Eram promessas, mais nada;
Até uma grande estrada,
Juscelino prometeu,
Mas ao Acre o que rendeu,
Às mãos de dois Comunistas
- Zé e João – Dois populistas,
O Acre virou Estado,
O Território – coitado,
Não tinha como seguir
E o Exército ao assumir,
Precavido e assombrado,
Olhando pro seu passado ...
Um Projeto elaborou!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - Agosto de 2015
NOVO TEMPO - Agosto de 2015
Nazareno Lima
Em 920
Criaram os Governadores,
Nem assim parou as dores ...
Aumentaram mais as cargas,
Nem mesmo Getúlio Vargas
Consertou esse cenário ...
Diminuiu o erário,
Esgotou-se o extrativismo
E o fino Coronelismo
Enfraqueceu por demais
Porém, esperança e paz,
Só veio mesmo em 40
Quando a tal Guerra Sangrenta
Do Supermem da Alemanha ...
Borracha, Caucho e Castanha,
Consumiam pra valer
E o Yanque pra vencer,
Mandou trazer os soldados,
Preparados ... Vacinados ...
Numa ação mais que acinte!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
Em 920
Criaram os Governadores,
Nem assim parou as dores ...
Aumentaram mais as cargas,
Nem mesmo Getúlio Vargas
Consertou esse cenário ...
Diminuiu o erário,
Esgotou-se o extrativismo
E o fino Coronelismo
Enfraqueceu por demais
Porém, esperança e paz,
Só veio mesmo em 40
Quando a tal Guerra Sangrenta
Do Supermem da Alemanha ...
Borracha, Caucho e Castanha,
Consumiam pra valer
E o Yanque pra vencer,
Mandou trazer os soldados,
Preparados ... Vacinados ...
Numa ação mais que acinte!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
quinta-feira, 28 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2015
NOVO TEMPO - Agosto - 2015
Nazareno Lima
O Acre foi um Teatro
De lutas e de tristezas,
De mortes, Crimes, friezas,
Violências ... Correrias ...
Cangaço e Piratarias
Lá no Século XIX ...
Quando um Tratado resolve
O Brasil por donatário ...
Tal funesto relicário
Até 912
Ostentava então a pose
De Coronéis e patrões,
Onde as indenizações
Despertou grande cobiça
Daí também a preguiça
De gerir o Território ...
Formando-se num purgatório
De dor e desilusões,
Vivendo as recordações
Do heroico Plácido de Castro!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
O Acre foi um Teatro
De lutas e de tristezas,
De mortes, Crimes, friezas,
Violências ... Correrias ...
Cangaço e Piratarias
Lá no Século XIX ...
Quando um Tratado resolve
O Brasil por donatário ...
Tal funesto relicário
Até 912
Ostentava então a pose
De Coronéis e patrões,
Onde as indenizações
Despertou grande cobiça
Daí também a preguiça
De gerir o Território ...
Formando-se num purgatório
De dor e desilusões,
Vivendo as recordações
Do heroico Plácido de Castro!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2015
NOVO TEMPO – Agosto – 2015
Nazareno Lima
Tal a exploração se expande
E prossegue a ignorância:
Eu sigo com a militância,
Sem urgir que alguém me mande!
Antes que a vida desande
E por fim chegue a demência,
Luto enfim nesta ciência ...
Pois meu compromisso é grande!
Tal o maior dos brasileiros,
Sinto então dos Seringueiros,
O desejo de vitória ...
Hoje nada o que eu fazer:
Para não deixar morrer ...
Resgato-os com a História!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
Tal a exploração se expande
E prossegue a ignorância:
Eu sigo com a militância,
Sem urgir que alguém me mande!
Antes que a vida desande
E por fim chegue a demência,
Luto enfim nesta ciência ...
Pois meu compromisso é grande!
Tal o maior dos brasileiros,
Sinto então dos Seringueiros,
O desejo de vitória ...
Hoje nada o que eu fazer:
Para não deixar morrer ...
Resgato-os com a História!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
quarta-feira, 27 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014
AGOSTOS - 30 - 08 - 2014
Nazareno Lima
- IV -
Na solidão do mundo em que me encontro,
Vejo um grande oceano de desilusões
E neste palco de mil frustrações
A Natureza me impôs esse afronto...
Depois deste terrível desencontro
Com dez mil felicitações,
Restou-me enfim as explorações
Que do pobre, é o saldo que vem pronto!
Depois de 50 anos de lutas
Nas planícies, nos vales e nas grutas,
Cansado... resta-me então rezar...
E a lembrança das lutas me acende
E a resistência enfim surpreende:
À aquele que faltou tempos para amar!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2015
MAIOS - II - 11 - 05 - 2015
Nazareno Lima
- VI -
Se tristeza fosse numerário
E se saudade fosse economia,
Se melancolia fosse mais-valia...
Hoje eu seria um bilionário!
Do Capitalismo, eu um sectário
Ou um templário da Maçonaria:
Hoje Bill Gates, nada me diria,
Porque seria um minoritário!
E se Onassis existisse e por acaso,
Viesse a fazer-me algum descaso,
Teria mais uma desfeita...
E eu, levado pela experiência,
Rogando pela minha vivência
Que a Natureza hoje não aceita!
_______________________
terça-feira, 26 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2012
POEMA TRISTE - 05 - 09 - 2012
Nazareno Lima
Por seis meses viajando,
Chegavam ao barracão,
Devendo muito ao patrão,
Tinham que economizar,
Por isso pouco comprar,
Era a meta a ter um saldo,
Mas a dívida por respaldo
Teimava em lhe acompanhar:
E o momento de voltar
Ia-se então adiando!
A goma subiu de preço
Em 910...
Pra 17 mil Réis...
Mas não chegava a um terço
Para os pobres seringueiros.
Coronéis e estrangeiros,
Faziam um jogo de encarte
Na luta destes "guerreiros".
Manobras pra não dar certo
Enganava o mais esperto
Naquele gigante cerco!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Nazareno Lima
Por seis meses viajando,
Chegavam ao barracão,
Devendo muito ao patrão,
Tinham que economizar,
Por isso pouco comprar,
Era a meta a ter um saldo,
Mas a dívida por respaldo
Teimava em lhe acompanhar:
E o momento de voltar
Ia-se então adiando!
A goma subiu de preço
Em 910...
Pra 17 mil Réis...
Mas não chegava a um terço
Para os pobres seringueiros.
Coronéis e estrangeiros,
Faziam um jogo de encarte
Na luta destes "guerreiros".
Manobras pra não dar certo
Enganava o mais esperto
Naquele gigante cerco!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2012
POEMA TRISTE - 05 - 09 - 2012
Nazareno Lima
Surgiu nos anos oitenta,
Lá no Século XIX,
Porém não há quem comprove
Os primeiros Seringueiros,
Estes pobres brasileiros,
Quase todos nordestinos...
Entre velhos e meninos,
Em tudo, lutaram forte:
Não temeram nem a morte
Naquela Guerra Sangrenta!
Deixavam o velho torrão,
Oras da seca fugindo...
Já outros iam saindo
Para escapar do Cangaço!
Milhares, pelo cansaço
De viver na Injustiça:
Sem oração e sem missa
Seguiam para os embarques,
Onde nem García Marquez
Conheceu mais solidão!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
segunda-feira, 25 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014
ESTÍMULO - 20-07-2014
Nazareno Lima
Estimulado pelos desatinos
Que tantas sombras me presentearam,
Inseguranças me representaram
Na trajetória destes meus destinos!
Todos aqueles que me ensinaram,
Velhos, adultos e até meninos,
Nada disseram sobre estes meus tinos
E as perguntas que me dominaram!
Hoje as incógnitas que me atordoam
E as Filosofias que me aperfeiçoam,
Me dirigiram para, em Deus, eu crer...
Mas a pergunta que me causa medos:
Por que as pessoas guardam tantos segredos?
É esta incógnita que me faz viver!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
domingo, 24 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2013
IMORTALIDADE - 25-12-2013
Nazareno Lima
Lute!
Lute constantemente pela vida:
Seja na elite... ou na escória!
Entre para a Classe da Memória
E aproveite a oportunidade oferecida!
Fuja!
Fuja dessa Classe Ilusória:
Milite numa Classe esclarecida!
Não há vida aqui, estabelecida
E o mundo mais real é o da História!
Não importa o poder dos sofrimentos:
Adote os bons ensinamentos
E entregue-se intimamente ao estudo...
Um dia, sejais fraco ou sejais forte:
Serás arrebatado pela morte
E sem a História, enfim, se acaba tudo!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
sexta-feira, 22 de julho de 2016
quarta-feira, 20 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno |Lima - 2016
LAMENTO AMAZÔNICO - Fev - 2016
Nazareno Lima
Por muitas vezes me desesperei
Quando estudava os comportamentos;
Os sofrimentos que presenciei,
Na Amazônia de grandes tormentos!
Por tantas vezes não acreditei
Que nesse Acre de aviamentos;
Houvessem fatos que até chorei,
Por isso escrevo estes meus lamentos!
Na liberdade da Floresta imensa,
Aconteceu a escravidão mais densa
Que um ser humano possa imaginar ...
Na tentação de pragas e doenças,
O seringueiro se iludia às crenças
Só tendo alguém para o explorar!
****************************
terça-feira, 19 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2000
A NOITE - 31-05-2000
Nazareno Lima
·
II –
Porque
será que eu amo tanto a noite,
Seja
ela alegre, seja ela triste?
Talvez
pôr que somente ela assiste,
Aos
meus momentos de tensão... de açoite!
Ainda
que minha mente se afoite
E
para o rol dos sonhos, se aliste;
Quererá
resistir porém, não resiste
E
velará a insônia sem qualquer amoite!
A
madrugada silenciosa e fria,
Ouve
melancolicamente minha agonia,
Já
que não a ouve a humanidade ...
E
assim, noites e noites me aclaram...
Eu pensando nos que me desprezaram;
Vou
denunciando a infelicidade!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1999
REALIDADES -
01/10/99
Nazareno Lima
Talvez,
quem sabe? A felicidade,
Que
eu admito nunca ter sentido:
O
que acontece, na realidade,
É
que estou passando pôr despercebido!
Hoje
a saúde e a faculdade
Do
Conhecimento que tem me assistido...
Fez
a tristeza me deixar saudade
E
a exploração ser algo perdido!
Talvez
não haja dentre a humanidade,
Um
momento de maior felicidade
E
um prazer pôr demais profundo...
É ter resistência de poder andar
E
consciência para analisar
A
Natureza que criou o mundo!!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
segunda-feira, 18 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1999
MINHA ENERGIA
- 11/1999
Nazareno Lima
A
energia que me dá firmeza
A
cada dia em que sobrevivo,
É
a paixão pela Natureza,
Que
é a beleza em que me emotivo!
Talvez
pôr isso que a incerteza
De
amar alguém é meu vão motivo,
Troquei
o amor pelo olhar ativo
Destas
paisagens que não dão tristeza!
Admirando
Natureza e flores ...
Esqueci
tempos desesperadores,
Que
o sentimento me deixou gravado ...
Hoje
casado com a Natureza,
Sinto
na alma a maior certeza
Da
redução deste meu pecado!
................................................
domingo, 17 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
ECOS AMAZONICOS - 1992
Nazareno Lima
Em Outubro após a chuva, a cerração...
À tardinha, o grasnar das maritacas
E o silvo noturno das picos-de-jacas
Profetizavam esta funesta confusão!
A pedir chuvas, as rãs nos chavascais...
Um calango que passava na carreira
E um sabiá à cantar na cajazeira
Prediziam estas causas infernais!
O trincar duma mansa tucandeira
Assustada com o voo dum bate-bico
E o pio assustador do tico-tico
Preconizavam o teu fim desta maneira!
Um rouxinol que cantava num freijó,
Uma rã que fungava inchando o papo
E o cantar alegre da alma-de-gato
Prenunciavam a traição de causar dó!
O zunido do voar do beija-flor,
Cantando alegre um corrupião
E o chiado das formigas-correição
Prediziam este ataque brocador!
*************************
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
ECOS AMAZONICOS - 1992
Nazareno Lima
Em Agosto o som das trovoadas,
O penoso cantar de um cigarrão
E o grito de alarma de um cancão
Prediziam as futuras derrubadas!
Do tempo seco, a triste paisagem...
Dos arbustos fracos, a murchidão
E o repetitivo pio do anum chorão
Predestinavam esta grande assolagem!
O grasnar repetido de um jacu ...
O barulho explosivo das tabocas
Juntos ao cantar de um papa-taocas
Preconizavam essa guerra vir do sul!
Em Setembro, o zunir dos vendavais:
Relâmpagos... Chuvas... Trovoadas
E o forte cheiro das folhas molhadas
Prenunciavam a ação dos marginais!
**************************
Nazareno Lima
Em Agosto o som das trovoadas,
O penoso cantar de um cigarrão
E o grito de alarma de um cancão
Prediziam as futuras derrubadas!
Do tempo seco, a triste paisagem...
Dos arbustos fracos, a murchidão
E o repetitivo pio do anum chorão
Predestinavam esta grande assolagem!
O grasnar repetido de um jacu ...
O barulho explosivo das tabocas
Juntos ao cantar de um papa-taocas
Preconizavam essa guerra vir do sul!
Em Setembro, o zunir dos vendavais:
Relâmpagos... Chuvas... Trovoadas
E o forte cheiro das folhas molhadas
Prenunciavam a ação dos marginais!
**************************
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
ECOS AMAZÔNICOS - 1992
Nazareno Lima
O cantar do bacurau no amanhecer,
O desajeitado voo do caburé
E num lago esturrando um jacaré
Profetizavam o final do teu viver!
O bramir das onças me assombrava ...
O pio da ‘peitica’ me assustava ...
Uma cobra que chiando, coleava ...
Previniam que tua morte já chegava!
A paisagem do tempo frio, era feia ...
Tal o som dos meus passos de covarde,
A noite chegava as 4:00h da tarde
E eu sem pensar em quem hoje te ateia!
O barulho dos ventos das friagens,
O ranger dos cipós nas árvores tortas
E um grilo à cantar nas folhas mortas
Preconizavam a maior das bandidagens!
O barulho mandibular das queixadas,
O assobio agudíssimo de uma anta
E o voo da inhambu-preta que se espanta
Já previam teu futuro de queimadas!
**************************
Nazareno Lima
O cantar do bacurau no amanhecer,
O desajeitado voo do caburé
E num lago esturrando um jacaré
Profetizavam o final do teu viver!
O bramir das onças me assombrava ...
O pio da ‘peitica’ me assustava ...
Uma cobra que chiando, coleava ...
Previniam que tua morte já chegava!
A paisagem do tempo frio, era feia ...
Tal o som dos meus passos de covarde,
A noite chegava as 4:00h da tarde
E eu sem pensar em quem hoje te ateia!
O barulho dos ventos das friagens,
O ranger dos cipós nas árvores tortas
E um grilo à cantar nas folhas mortas
Preconizavam a maior das bandidagens!
O barulho mandibular das queixadas,
O assobio agudíssimo de uma anta
E o voo da inhambu-preta que se espanta
Já previam teu futuro de queimadas!
**************************
sábado, 16 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
INQUIETUDE - 1992
Nazareno Lima
Na
depressão emocional mutante
Que,
periodicamente, variável, carrego ...
Na
indiferença estúpida de um cego,
Aceito,
inerme, como hospedeiro errante!
Falta
Deus, Natureza, Energia e avante
Eu
sigo. E só sigo, não me entrego
Pois,
não há para quem. Com quem me apego,
É
em vão. Não há resultado transfigurante !
Como
precisam os Capitalistas, dos capitais:
Eu
preciso de realidades materiais
Para
içar minhas esperanças mortas ...
Eu
preciso de positivas energias,
Para
esquentar minhas idéias frias,
Que
já cansaram de bater-me às portas !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1990
A
VOLTA - 1990
Nazareno Lima
Olá
minha Mãe, olá! Não morri pois, ainda me
movo;
Sumi,
depois de tantas desilusões e desenganos!
Depois
de calado, observar tudo durante dois anos,
Estou
aqui para escrever de novo!!!
Olá
minha Mãe! Neste mau tempo eu vi muitos danos;
Vi
o grande e triste massacre do líder do teu povo,
Vi
a derrota da classe trabalhadora que tal um ovo,
Foi
comprada pelos capitais insanos!!!
Eu
vi nestes dois anos o que não somou-se em vinte:
Teu
povo precisa preparar-se para o tempo seguinte,
Para
não enfrentar de vez, a morte ...
Eu
resisti até os últimos momentos
Porém,
não havendo a quem expor tantos lamentos:
Voltei
a escrever para reclamar da sorte !!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Obs. O poeta reclama de dois anos parado(1988 a 1990.
Fala da morte de Chico Mendes e da derrota de Lula
nas eleições presidenciais.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2000
POESIAS - 2000
Nazareno Lima
Nazareno Lima
--- IV ---
A
poesia é como uma flor
Que sobrevive das lamas
Nasce
das tristezas, da dor do amor...
Das necessidades ... das camas...
A
poesia vem do desamor...
Das
injustiças... das tramas...
Das opressões... das más famas...
Do
silêncio de horror!
E
o poeta, com um desabafo breve,
No
silêncio, "encarcerado" escreve
Sua
vingança da forma que o convém...
E
o homem comum jamais aceita,
Que
essa vingança depois de feita,
É
a essência do mal transformada em bem!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1999
05 DE SETEMBRO
DE 99
Nazareno Lima
Fim
do milênio com pouca fumaça:
Coisa
que antes não se imaginava
Pois,
ano a ano se multiplicava
Essa
terrível e colossal pirraça!
E
nesse 05 de Setembro estava
Uma
forjada e social trapaça,
Pois
de tristezas se vivia a graça
Do
desespero de quem se queimava!
Mas,
a vitória dos trabalhadores
Que
a tantas mentes provocou horrores,
Trouxe
o alívio desses vitimados...
Que de hora avante vá diminuindo,
O
genocídio que foi sucumbindo...
Esse
ambiente nos anos passados!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
quinta-feira, 14 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Francisco Mangabeira - 1903
HINO ACREANO
Dr. Francisco Mangabeira
Acampamento em Capatará,
05 de Outubro de 1903
I
Que este sol a brilhar soberano
Sobre as matas que o vêem com amor
Encha o peito de cada acreano
De nobreza, constância e valor...
Invencíveis e grandes na guerra,
Imitemos o exemplo sem par
Do amplo rio que briga com a terra
Vence-a e entra brigando com o mar
Estribrilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
II
Triunfantes da luta voltando
Temos n'alma os encantos do céu
E na fronte serena, radiante,
Imortal e sagrado troféu
O Brasil a exultar acompanha
Nossos passos portanto é subir
Que da glória a divina montanha
Tem no cimo o arrebol do porvir
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
III
Possuímos um bem conquistado
Nobremente com armas na mão
Se o afrontarem, de cada soldado
Surgirá de repente um leão
Liberdade é o querido tesouro
Que depois do lutar nos seduz
Tal o rio que rola o sol de ouro
Lança um manto sublime de luz.
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis.
IV
Vamos ter como prêmio de guerra
Um consolo que as penas desfaz
Vendo as flores do amor sobre a terra
E no céu o arco-íris da paz
As esposas e mães carinhosas
A esperarem nos lares fiéis
Atapetam a porta de rosas
E cantando entretecem lauréis.
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis
V
Mas se audaz estrangeiro algum dia
Nossos brios de novo ofender
Lutaremos com a mesma energia
Sem recuar, sem cair, sem temer
E ergueremos, então, destas zonas
Um tal canto vibrante e viril
Que será como a voz do Amazonas
Ecoando por todo o Brasil.
Estribilho:
Fulge um astro na nossa bandeira
Que foi tinto no sangue de heróis
Adoremos na estrela altaneira
O mais belo e o melhor dos faróis.
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quarta-feira, 13 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
ECOS AMAZÔNICOS - 05-09-1992
Nazareno Lima
O
cansaço que me vinha ao fim do dia;
Num
balseiro, o chiar duma mucura
E
o cheiro da baunilha já madura
Prediziam
a chacina que viria!
O
sol brando vez ou outra inda brilhava;
Com
anelo, esperava-se o noteiro
E
um cachorro que latia no terreiro
Predestinavam
essa sina que chegava!
O
pio agudíssimo dos tucanos
Que
eu ouvia em abril após as chuvas
E
o chiado sufocante das saúvas
Prediziam
o teu fim em poucos anos!
O
assobio estridente de um soim,
O
alto chalrar de um papagaio ...
E
os matutinos pingos do orvalho de Maio
Já
previam o início do teu fim!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Obs. O poeta Nazareno Lima previa,
numa poesia crítica o fim da Floresta
anunciada precocemente, não só pelo
som animais mas, por todas as ações
da própria Floresta.
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
VISÃO - II
Nazareno Lima
Trocando
olhares com a Natureza
E,
vendo a beleza que ao homem fez:
Eu
percebia a minha mesquinhez,
Diante
daquela divinal grandeza!
Eu
perguntei com grande estranheza,
A
todas as energias que Deus perfez:
Pôr
que o homem com sua hediondez,
Ataca
aquela que lhe deu firmeza?
Eu
vi, exatamente nesta ocasião,
A
humanidade na contradição
E
dizendo-se a espécie que não erra...
E
foi nesta absurda introspecção
Que
descobri a precoce finalização,
Da
Espécie Humana pela própria Terra!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
MAUS LAMENTOS DE 91
Nazareno Lima
- LVI -
Deste
meu triste eco, o impulso,
Vem
do desespero das Classes Dominadas:
Pelo
insano Capital, violentadas
E
trazem consigo o ideal convulso!
Esse
infeliz grito atabalhoado
É
a vil saida do homem explorado
E
que traz na alma o pensamento avulso:
E
é esse maldito eco desordenado...
A
herança da exploração do passado...
O
lamento do seringueiro expulso!
- LVII -
Quando
o homem cansar de explorar
A
homens que nem eu sei a razão de ser:
Talvez
aí então eu deixe de sofrer
Porém,
vivo neste tempo não vou chegar!
É
assim que vejo a minha situação,
Enquanto
a discórdia do meu irmão
Não
sei se consigo ver se acabar!
Enquanto
ó Mãe, disso tudo não fujo;
O
meu poema é muito mais sujo
Que
o "Poema Sujo" de Ferreira Gullar¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
terça-feira, 12 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2008
MAUS LAMENTOS DE 91
Nazareno Lima
- LVIII -
Não
espero ó Mãe, que a elite note
A bendita fome que tenho de escrever!
Essa
fome é a forma de me defender
Tal
qual a cobra quando arma o bote!
É
através desta escrita horrenda
Que
consigo vazar minha dor estupenda,
Já
que não me ouve, um desse magote!
Sem
poder combater o que me consome,
Aumenta
à cada dia a minha fome,
Tal
qual a fome que dominou Cazotte!
- LIX -
Seria
bem melhor eu não viver aqui;
Sob
más rejeições e necessidades;
Sofrendo
repressões das autoridades,
Sentindo
na vida o que nunca senti!
Não
vale a pena os meus conhecimentos
Faltando-me
os principais instrumentos
Vivo tal a profissão de um faquir!
Seria
melhor beber as águas turvas
E
andar nas côncavas e convexas curvas
Das
estradas de seringas do alto Xapuri!
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Obs. do Livro "A Boca do Varadouro"
Nazareno Lima - 2008
segunda-feira, 11 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2012
POEMA TRISTE - 05 /09/2012
Nazareno Lima
- II -
Surgiu nos anos oitenta,
Lá no Século XIX,
Porém não há quem comprove
Os primeiros Seringueiros,
Estes pobres brasileiros,
Quase todos nordestinos...
Entre velhos e meninos,
Em tudo, lutaram forte:
Não temeram nem a morte
Naquela Guerra Sangrenta!
Deixavam o velho torrão,
Oras da seca fugindo...
Já outros iam saindo
Para escapar do Cangaço!
Milhares, pelo cansaço
De viver na Injustiça:
Sem oração e sem missa
Seguiam para os embarques,
Onde nem García Marquez
Conheceu mais solidão!
Por seis meses viajando,
Chegavam ao barracão,
Devendo muito ao patrão,
Tinham que economizar,
Por isso pouco comprar,
Era a meta a ter um saldo,
Mas a dívida por respaldo
Teimava em lhe acompanhar:
E o momento de voltar
Ia-se então adiando!
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Obs. Nazareno Lima, in "NOVO TEMPO"
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