domingo, 30 de julho de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2009



         SURPRESA
               12 de Junho de 2009  

Surpreendido, pela madrugada...
Ruas desertas... Caindo neblina...
À passos lentos ... Como quem ensina...
Eu caminhava num sonho de fada!

O vento frio, à cada lufada ...
Desaquecia-me em vez repentina:
Me acompanhava uma pobre menina,
Me disfarçando da vida passada!

Entre conversas... a menina Gil,
Lembrava-me os 10 bilhões do Brasil,
Enquanto esquecia-me de lhe amar...

Tal qual o sonho de uma criança...
Guardo essa cena na minha lembrança
Que se passou em Senador Guiomard!

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016



AQUELA ROSA - 05-03-2016
                          Nazareno Lima

Aquela rosa que tanto eu amei
E a implorei por tempos diversos ...
Olhos imersos ... tanto que chorei ...
Por este amor que já fiz tantos versos!

Aquela flor de olhos perversos
Que sem sucessos, tanto lhe adorei ...
Me apaixonei, sem razões, sem nexos
De cem processos, não lhe condenei!

Aquela pétala de amor amado ...
Que carregava o maior pecado ...
Que uma mulher pede carregar ...

Esse pecado de não me amar,
Fez minha alma se reencontrar
E minha vingança foi lhe perdoar!
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sexta-feira, 28 de julho de 2017

POESIAS ACREANAS - J. G. de Araújo Jorge - 1969

“Acre-Doce”

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“Onde estás rio Acre?
Por que rio Acre
se suas águas são doces como "alfinim"
no mapa de minha infância?”


Sinfonia da infância:
rumor de chuva no telhado de zinco,
tão bom para dormir!
- rumor de chuva na floresta, besourada distante,
rumor das águas escachoando nas ruas,
caindo das calhas nas barricas cheias,
(que banho gostoso!)
- sinfonia da infância!

Música da banda passando na rua: do grande trombone
rebrilhante, caramujo de cobre
gorda espiral soprando rolos de "dobrados"
que eu ouvia embevecido e curioso, trepado no gradil
do coreto da praça.

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Sinfonia da infância:
- o apito das "chatas" na curva da cadeia, rompendo a madorra
dos dias parados, iguais;
o tchá-tchá dos remos das catraias
chapinhando na água do rio, ritmados dentro da noite,
indo e vindo, Penápolis-Empresa, - Empresa, do outro lado
as luzes tremendo em fieiras nas águas do rio, -

(ó meus barcos de sonho, em rios de sombra
que ainda hoje correm sem margens, no tempo).

Onde estás
rio Acre, de Rio Branco,
rio vermelho que o tempo azulou,
que corres para a distância
e que foges de mim?

Rio Acre da minha infância
que sempre vais
de onde vim...”

Trecho do Poema "Acre-Doce" de J. G.  de Araújo Jorge 
in " O Poder da Flor  " – 1969.
PS.: As fotos são do blogueiro Raimari Cardoso
Xapuri - 2010

quarta-feira, 26 de julho de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2013





O AMOR E A ARTE - 13-02-2013
                        Nazareno Lima

Na vida nem tudo é fel;
Há também paz no caminho.
Se registram esse alinho,
Vem a paz do menestrel!

E assim segue o tropel,
Publicando o "pergaminho":
Os Parabéns do Martinho
E V da Vila Isabel!

Mas enfim, o amor do amante
Chega a forma mais brilhante
Que a alma pode aceitar...

E livre de qualquer crença
Tem o ser a recompensa
Das agruras de lutar!
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