segunda-feira, 30 de outubro de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016



TU - Jan - 2016 
                Nazareno Lima

Onde andarás tu, à esta hora
Em que o destino me faz estar sozinho?
Raciocinando universo à fora,
As Razões penosas do caminho!

A tua imagem que relembro agora
E a impressão me diz estar pertinho
Mas, é como um sonho que me explora
Junto ao Regime do Brasil: mesquinho!

A tua face de portal pureza,
É como a imagem da Natureza
Que só na lembrança poderei amar ...

E dentro em pouco, nada mais me resta:
Nem a lembrança e nem a floresta
Pois, tudo ruma para se acabar!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

*  Aqui o poeta fala da Floresta como se 
falasse de uma pessoa e fala também da 
lembrança dessa floresta que está também 
se apagando na mente daqueles que nela 
moraram e trabalharam, isso talvez pela 
idade avançada em que se encontram as 
poucas pessoas que ainda existem no Acre.

domingo, 29 de outubro de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2002



       BIOFILIA - 30/03/2002
                Nazareno Lima    

                - I -
Porque será que eu nasci assim ...
Deste proscrito ideal ativo?
Apaixonado pôr qualquer arquivo
E amando a quem custa ter um fim!

Pôr que será que eu cresci assim ...
Admirando a tudo quanto é vivo?
Com este pensar super cognitivo,
Amando a vida e desprezando a mim!

Eu tenho fé que ainda chegará
O dia que ser vivo nenhum morrerá...
Aí então teremos paz na terra:

Chegaremos ao fim da displicência
E há de cessar enfim a violência,
Que gera a fome, a exploração e a guerra!

    - II –
Pôr que será que eu amo tanto a vida?
Em contrapartida esconjuro a morte:
Seja pôr sorte ou pôr investida,
Esta partida é o revés da sorte!

Que seja forte, quem fez exprimida
A luta tida contra tal esporte:
Foi este corte que fez estendida
A minha vida para este porte!

O homem vive à implorar clemência,
Continuando na desobediência
Que o arrasta para a teimosia ...

Porém, se obedecesse mais e até
Se tivesse um pouco mais de fé,
O ser humano nunca morreria!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

* No desespero da devastação das Florestas 
e do Meio Ambiente Amazônico especialmente 
do Acre, o poeta Nazareno Lima chega a escrever 
a utopia da extinção da morte.

sábado, 28 de outubro de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1999



P O E S I A S - I –
              Nazareno Lima

Entreguei-me de vez as fantasias
E as utopias todas desprezei:
Realidades ... O que desejei ...
Hoje mudei tais Filosofias!

Deixei de amar ... Se é que amei
E me dediquei a outras manias:
Viajo hoje pelas poesias,
Que dia-a-dia, já me apaixonei!


Amante sendo da Literatura:
Criei na vida, nova conjuntura,
Para viver o pouco que me resta...

E assim sendo, a Felicidade,
Que até então era raridade,
Chegou de vez me fazendo festa!