sexta-feira, 30 de março de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima 2018


COISAS... janeiro de 2018
                            Nazareno Lima
De Tantas coisas que nos entristecem...
Inquietudes e falta de paz...
Algo que já não suportamos mais
No dia-a-dia que nos desfalecem!

A opressão que o País nos traz, 
Que tantos povos humildes não merecem: 
A inflação que os Capitais nos tecem 
E as injustiças que a justiça faz! 

Vivemos hoje a Política dos defeitos... 
E o Estado Democrático de Direitos 
É uma coisa que não aconteceu... 

E mergulhamos num real abismo,
Impulsionados por um Coronelismo,
Que no Brasil jamais alguém venceu!



                                                        Prof. Nazareno Lima em 2015

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014


DECEPÇÕES - 21-10-2015

                      Nazareno Lima

Atribulados por maus pensadores
Que causam dores e disritmia;
Que dia a dia, ao invés de flores,
Nos mostram as cores da hipocrisia!

Nas dinastias de tais opressores,
Cujos olores semeiam a razia
Das tropelias... dos exploradores
Pirateadores da psicologia!

E na alma destes monstros dos disfarces,
Burlam até Freud, em seus enlaces
Na mais perfeita das atuações...

E depois de saciados os seus anseios,
Respiram o seu sadismo em devaneios,
Nos provando as reais decepções!
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quinta-feira, 29 de março de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014


AQUELA SOMBRA - 05-02-2014
                               Nazareno Lima

 Parte - I -

Aquela Sombra tristonha
Que eu falei naquele dia...
Sem saber, eu me envolvia...
Na pior das relações!

Tristezas e Emoções,
Acompanharam-me a alma,
Tive que criar a calma,
Para vencer a batalha!

A filha dos desencontros:
A Sombra que encontrei;
Mil vezes lhe perdoei,
Mas foi pouco até demais!

Com a alma dolorida,
Dos traumas que lhe causaram,
Seus homens só lhe enganaram
E os parentes lhe culpavam!

Para não lhe machucar
Mais do que já tinha sido:
Tornei-me enfim seu marido,
Para dizer que lhe amei!

quarta-feira, 28 de março de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014


A Sombra - 18/01/201
                 Nazareno Lima

Como uma Sombra, eu te conhecia...
Não percebia e nem podia crer
Que um certo dia, sem eu perceber,
Me dominasse por Telepatia!

Meu ser inerme, não se defendia
Só atraía um vil padecer:
Meu magro corpo a se estremecer
Convalescia dessa Hipotermia!

Mas essa Sombra que fingia mau,
Criava um efeito colateral,
Incentivando minhas idoneidades ...

Amando enfim a essa Sombra-mulher,
Ganhei forças, coragem, fé
E alguns momentos de felicidades!
      ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

sexta-feira, 23 de março de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016


TUA LEMBRANÇA – 02 - 2016

                             Nazareno Lima

Que seja viva a tua lembrança,
Na esperança desses meus sentidos...
Anos vividos de perseverança,
Como a bonança aos bem-sucedidos!

Compreensiva e sem querer vingança
E nem entrança, se não for cumpridos
Esses pedidos, minha alma mansa
Certa, se lança aos agradecidos!

Essa lembrança, é como remissão,
Serás presença na minha oração
Que dia a dia faz o meu viver...

Como a herança mais proselitista
É a riqueza de um pobre artista
Que tal batalha não pode vencer!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

segunda-feira, 5 de março de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima e Chico Mendes - 1982


SOLILÓQUIO Á MINHA MÃE - Parte I
                            Nazareno Lima e ChicoMendes

Não sente o homem, a dor no coração,
Quando com o ferro, da árvore fere a casca?
É impossível analisar esta grande vasca,
Que sente a mesma na sua destruição!

Perlustrando o cinério cinerário,
Lembro a cremação de humanos corpos
Que o fogo queima, depois de mortos,
Após a celebração de um funerário!

Estes seres, ó Mãe, não são ascetas;
Teu fim é transformar-se em hulha...
E eu, sem poder ouvir a arrulha...
Sinto a angústia de todos os poetas!

Dos nossos inimigos, vejo os liames;
Assim como das árvores, vejo a laca!
A caça é substituída pela vaca
E o capim substitui os enxames!

Existem tantos mártires ó minha querida:
Cujos números ninguém até hoje sabe!
Estas causas no meu ego já não cabe...
Enquanto tudo vai perdendo a vida!

Todos temem esta razia ...
Rios, pássaros, árvores e serpentes;
Vítimas dos destruidores das sementes
Que ante a devastação não se cria!

Já cansei de ouvir as vozes do ludíbrio,
Desvalorizando nossa existência ...
Ignorando o valor de nossa essência
E ordenando destruir ao equilíbrio!

Ouço ao invés do rosnado, o trotar...
Vejo gramíneas no lugar de trepadeiras,
Imensas cercas que cruzam ribanceiras
E o mugido substituindo o silvar!

*O poeta Nazareno Lima e o ecologista Chico Mendes
escreveram este texto no auge da devastação das
florestas do Acre e da perseguição àqueles que
defendiam os seringueiros acreanos em 1982.
Apoiados pelo grande missionário Cláudio Avallone
e pelo intelectual Nilson Mourão além de outros
chamaram, aqueles críticos da grande invasão
às terras acreanas de Mãe a própria Floresta..