segunda-feira, 23 de abril de 2018

A REJEIÇÃO DE LULA NO BRASIL DE HOJE - Nazareno Lima

A rejeição generalizada contra o Ex-presidente LULA que está acontecendo no Brasil de hoje é uma ação social muito absurda, principalmente da Justiça e da Imprensa.

A prisão de LULA nos dá um enfoque muito grande sobre a consciência do povo brasileiro não só pelo patriotismo como também pela instrução social e o nível do conhecimento de um povo. Para se ter uma ideia, hoje somente há um jornal pró-LULA que é o “EL PAÍZ” e ainda por cima o jornal é ARGENTINO.

LULA depois de preso, ainda detém 31% dos eleitores brasileiros contra 15% de Bolsonaro, 10% da Marina Silva e 8% de Cyro Gomes.

É difícil entender esse ódio que a população elitista do Brasil sente por LULA, uma vez que este político quando Presidente da República abriu os caminhos para um crescimento econômico generalizado de todas as classes populares do País.

Talvez o ódio que as elites brasileiras hoje sentem por LULA seja mais um preconceito que uma culpa daquele ex-presidente.

Mas, mesmo na prisão onde LULA hoje está, as elites brasileiras jamais o vencerão... aquele político que o que fez pelo Brasil, seus adversários não o farão nos próximos 30 anos. LULA, ainda que estivesse morto jamais o venceriam os seus algozes pois o que fizeste ele, está na História.... Uma História que levará anos para ser escrita... uma vez que ao Brasil e suas elites falta conhecimentos suficientes para descrevê-lo com Fundamentação Teórica.

Mesmo na prisão o LULA está muito bem, obrigado.... uma vez que cumpriu sua missão e o que resta aos seus críticos e adversários é fazer pelo País ao menos o que fez ele.

É lamentável, mas... as elites brasileiras somente enxergarão os valores do Ex-presidente Luiz Ignácio da Silva, quando o País voltar a ser monitorado pelo FMI e a inflação rondar 10% ao mês como era em 1990. Do jeito que vai... isso não está muito longe de acontecer.

sábado, 21 de abril de 2018

OS DIAS ATUAIS DO BRASIL


                             Nazareno Lima
Alguém poderá dizer que não é logico a ideia de incerteza em que muitas vezes tenho me referido, quando falo do povo brasileiro... mas, vejam o que citou o jornal "EL PAIZ" do dia 20 de abril de 2018.

"Prejudica essa aproximação, que busque uma solução de consenso para a crise política, o fato de a política ter sido apropriada pelo Judiciário. A Justiça nunca esteve imune à política. Mas, tradicionalmente, nunca soube lidar bem com essa assimilação da política em seu processo de decidir. A Justiça só tem sabido optar por  um entre dois caminhos: sim ou não. Ela vê como maligno tudo o que se situe além ou aquém dessa dicotomia, entre sua rigidez. É um paradoxo: uma Justiça que não é neutra à política, ao fim e ao cabo, não sabe lidar com ela.

"O jogo da política é sedutor, mas não serve aos verdadeiros atores, nem a todos os atores da vida econômica e social, que buscam se aglutinar em torno de determinadas estruturas subalternas da Administração - que parecem continuar a funcionar -, quando tem agência; ou contra as estruturas de força do Estado - quando sentem que lhes falta amparo nos direitos e nos serviços de proteção estatal. Ou então resta gritar os nomes dos que se consideram salvadores da nação."

"Descrença e resistência são as palavras que resumem as paixões sem alma do país do futuro incerto, a não ser para aqueles que são colhidos no processo da nova onda mundial da punitividade."

"Nessa democracia da incerteza, o calor incessante das paixões é tão opressor quanto a capacidade de serem perpetuadas injustiças, contra ou a favor da lei."

"Alfredo Attié é presidente da Academia Paulista de Direito, Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, pesquisador e doutor em Filosofia da USP." 

Esse é o pensamento daqueles que estão fora do Brasil e portanto, tem uma visão mais clara de tudo aquilo que hoje nos cerca.





sábado, 7 de abril de 2018

A PRISÃO DE LULA


A PRISÃO DE LULA 
Nazareno Lima

A prisão do Ex-Presidente Luiz Ignácio Lula da Silva, ocorrido em S. Paulo às 18:40h (hora de Brasília) de hoje 07-04-2018, é o passo mais perigoso para a Justiça do Brasil neste Século XXI.

A oportunidade de que necessitavam os congressistas para tomar uma atitude contra a Justiça Brasileira e sua “Operação Lava-Jato” chegou, faltando apenas coragem e inteligência àqueles políticos.

Acontece que as atitudes de mudanças no Brasil precisam normalmente de fatores como esses para que os espertalhões hajam se aproveitando do momento de nostalgia não só do povo, mas também de muitas autoridades e companheiros de bancada.

Assim muitos daqueles congressistas denunciados e que se ofuscam com o Foro Privilegiado, talvez não perderão a oportunidade de encurralar a Justiça com uma Lei aprovada na calada da noite para enfraquecer o Poder Judiciário Brasileiro que vem tirando o sono de muitos políticos para as próximas eleições e isso tanto na Câmara Federal como no Senado brasileiro.

Dificilmente se aprovaria uma Lei contra a Justiça antes de um incidente desse, porém nesse momento torna-se-há bem mais fácil. O momento está tão incerto para os políticos brasileiros que pouco se ouve falar em candidaturas, há menos de 6 meses da eleição. Tudo isso por contas da perseguição Judicial que se impôs no Brasil a partir de 2015.

Hoje, no Brasil é completamente impossível alguém se eleger, uma vez que sem recursos econômicos os políticos não sabem fazer campanhas, também eles não dispõem de uma liderança social que dispense o gasto de recursos. O único candidato que não dependia de dinheiro para se eleger era Lula, talvez por isso ele foi perseguido até a prisão.

O que chama a atenção de espectadores conscientes sobre a realidade brasileira é a falta de visão da Justiça, sendo esta odiada por 70% do Congresso e comete um deslize desse..., mas se alguém perguntasse... se 70% do Congresso odeia a Justiça, por que então eles não já fizeram essa Lei? Acontece que o povo está do lado da Justiça e se algum político faz essa Lei, ficará malvisto pela população... e num momento desse que a população se assustou com o autoritarismo absolutista da Justiça é um momento oportuno para quem fizer a Lei se safar da contrariedade do povo. A sorte da Justiça é se não aparecer nenhum corajoso para tal ação.

Vamos rezar, para que não apareça um corajoso no Congresso.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

A CONDENAÇÃO DE LULA E A JUSTIÇA BRASILEIRA


A condenação do Ex-Presidente Lula nos trouxe uma grande instabilidade da atuação do Estado Democrático de Direitos no Brasil.
Além da falta de perspectivas desse Estado Democrático de Direitos, trouxe-nos também pouco crédito para as próximas eleições e para o futuro político, econômico e social do país.
A condenação de Lula da forma que foi feita, nos traz a mais completa insegurança do Estado Brasileiro, uma vez que a Justiça é o principal pilar desse Estado Democrático.
A Justiça Brasileira hoje se apresenta como a instituição menos democrática e mais coronelista que existe nesse país, até mais que foi a Ditadura Militar das décadas de 1960-70. O resultado dessa condenação as pressas, deixa para o futuro uma característica das mais negativas para a Justiça do Brasil e uma grande parte da população acredita que esta condenação foi uma questão política e não jurídica, isto é, algo proposital, por contas daquele ex-presidente ter entre 30 e 40 % do eleitorado brasileiro. 
Mas, era de se esperar algo dessa forma contra Lula, pois ele sempre foi amigo do Brasil e dos brasileiros, porém o Brasil nunca foi amigo de Lula, principalmente as autoridades. Lula foi eleito, depois de quatro tentativas, porém na mais triste situação do povo brasileiro e este o elegeu por contas de não ter outra opção competente. Nos dois mandatos de Lula, ele procurou fazer o máximo pelas sociedades menos favorecidas do país, construiu as obras que mais favorecesse as populações pobres, lutou no combate â fome que ainda assolava o Nordeste brasileiro e tirou o Brasil das mãos do FMI...  isso agradou muito as classes pobres, mas não as autoridades e oligarquias brasileiras. 
A Justiça Brasileira é uma Instituição poderosa, megalomaníaca e oligarquista, ela condenou Lula pela fama que tem o ex-presidente de não ser um intelectual, mas na História Crítica do Brasil somente tem dois Chefes de Estado com administrações racionalistas: D. Pedro II e Lula, o primeiro por ser um rei e estudou na Europa e o segundo por ser um mecena. A Justiça Brasileira negou-se a condenar Fernando Henrique Cardoso em 1997, pela compra de votos para aprovar a reeleição por contas daquele presidente ter sido Professor na Universidade de Sorbonne, além de ser um dos maiores sociólogos do país, junto a Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Gilberto Freyre.
A Justiça brasileira é uma instituição caracteristicamente repressiva e nunca preventiva, ela é similar a uma Polícia Judiciária, isso vai de encontro com as necessidades do Estado Democrático de Direitos, por outro lado tem ela algo que a faz errar constantemente: não tem uma Corregedoria competente e quando a tem não funciona. Isso leva a pouca qualificação produtiva daquela instituição. A arte de julgar é por demais inimiga do erro, uma vez que este desestabiliza o conceito jurídico.  No Estado Democrático de Direitos há um ponto por demais negativo em relação à Justiça: a confiança – Ordem Judicial não se discute, se cumpre! – Nesse caso a Justiça para o Estado é como se fosse um Deus. Isso leva a Justiça a uma megalomania absoluta, indo, portanto, de encontro a Dialética.
A Justiça brasileira deveria ter se organizado com mais afinco para lidar com esse Estado Democrático de Direitos, com essa organização alocaria mais recursos e daí uma maior estabilidade para produzir com mais qualidade. A Justiça brasileira não passou por nenhuma revolução filosófica, por nenhuma transformação científica, continuando com o mesmo padrão dos anos 90, apresentando-se para o Estado Democrático como paradigmática. Uma prova disso é o erro da Delação Premiada, que nada mais é que a falta de estruturas para uma investigação profunda sobre a culpa do investigado. Outro exemplo claro é a Obstrução de Justiça, em outras palavras é uma declaração da apequenação da própria Justiça: uma Justiça poderosa não se apequena com um delinquente qualquer. É um absurdo, um Magistrado e intelectual antes de assumir uma cadeira no STF ser sabatinado pelo Congresso Nacional... isso deveria não mais existir.... o Poder Judiciário, no entanto, jamais lutou contra isso....
Mas... ainda teremos que esperar mais algumas décadas para que a nossa Justiça, sustente de fato e com competência o Estado Democrático de Direitos... se até lá ele ainda existir.