quarta-feira, 28 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2018


A MINHA GENTE – 11- 2018

               Nazareno Lima

Ah! Se o meu povo possuísse o meu pensar...
E de estudar, contemplasse como eu.
Nós estaríamos mais heroicos que Orfeu,
Quando usava a sua harpa e seu cantar!

Se a minha gente copiasse o meu olhar...
E a astúcia e o som de Prometeu,
Não se iludissem tanto assim como Aristeu 
E não cedessem a leveza do enganar!

Se a minha gente se lembrasse do passado
Naquele tempo sem razão do explorado...
Que até vergonha de falar cheguei a ter...

Mas, quem sabe agora rejeitemos esse ardil
Que tomou contas da pobreza do Brasil,
Na mais completa estratégia do sofrer!

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2018

A ONDA – 11- 2018

                Nazareno Lima

Quando passar esta Onda do Atraso...
Que por acaso, caiu em nosso espaço;
Tal qual um laço, seu fim não vai ter prazo,
Mas seu arraso, se vence no compasso!

Quando passar o calor desse mormaço...
Tal como aço, feriu-nos sem comprazo,
O seu efeito chegou-nos por acaso, 
Mas venceremos em paz seu embaraço!

Essa elitista onda e obtusa...
Que nos chegou à força e como intrusa,
É resultante dos piores dos enganos....

Rezaremos como todas as igrejas
Para que esta Onda maldita não sejas
Como as outras que duraram 20 anos!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2003


    05 de Setembro de 2003

Grande tristeza me chegou agora
Pois, a melhora foi pura ilusão ...
A euforia do meu coração,
Foi utopia e já não mais vigora !

Tanta fumaça da floresta à fora ...
Fosse mentira pois, será traição ?
Ou talvez, quem sabe? Foi desatenção
Dos companheiros, por multi-labora !

Tal a paisagem dos anos 80,
A minha classe deve estar atenta:
Eu só espero que ela então não finjas ...

Devo voltar aos meus antigos brados:
O genocídio dos anos passados
Ressuscitou de suas próprias cinzas !!!

                                         Nazareno Lima

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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016

TUA LEMBRANÇA - Fev - 2016
                   Nazareno Lima

Que seja viva a tua lembrança,
Na esperança desses meus sentidos...
Anos vividos de perseverança,
Como a bonança aos bem-sucedidos!

Compreensiva e sem querer vingança
E nem entrança, se não for cumpridos
Esses pedidos, minha alma mansa
Certa, se lança aos agradecidos!

E essa lembrança, como remissão,
Serás presença na minha oração
Que dia a dia faz o meu viver...

Como a herança mais proselitista
É a riqueza de um pobre artista
Que tal batalha não pode vencer!
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2018


A ÚLTIMA ROSA - 2018
                                 Nazareno Lima
Onde será que anda aquela rosa
Que nem de prosa quer me procurar...
Em outros tempos vivia a me chamar...
Educadíssima, romântica e piedosa!

Onde andarás a tão meticulosa...
E amorosa flor do meu pensar...
Que nem por mim, se quer, deve rezar,
Para que eu vença a luta desditosa!

Aquela rosa que foi pra não voltar...
E sua ausência rendeu o meu penar...
Nessas estradas e ruas perigosas...

Com a volta do arrocho ao explorado
E com a crise danificando ao Estado ...
Sumiu-se tudo do espaço... até as rosas!

sábado, 17 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2018

               TRAIÇÃO -  II -
                  Nazareno Lima

Porque trair a si mesmo... por querer...
Na eminência de sofrer retaliações...
Se entregando totalmente à explorações,
Se arriscando a vários anos de sofrer?

O que levou um ser humano a resolver...
Se revoltando contra as suas construções,
Suas ideias, seus direitos e Razões
E entregar-se a outras Classes de poder?

Como se explica a tudo isso que se passa...
Tal uma grande Tsunami, a mais devassa...
Destruidora dos produtos da Razão ...

A explicação de tudo isso é a certeira
Situação de quem quer voltar à cegueira
Perpetuada pela luz da escuridão!

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2018

TRAIÇÃO - I
          Nazareno Lima - 2018

Ah! Se essa dor que desbancou a minha mente...
Fosse de amor, ou de paixão, ou coisa assim,
De desemprego, moradia, ou mais ruim...
Conceituava como tal... inconsequente!

Se essa dor que me ataca de repente...
E que atingisse de verdade só a mim...
Seria ermo, como o pão de um botequim
E eu não seria outra vez um maldizente!

Mas, essa dor que me traga as faculdades...
É a traição do meu povo as estabilidades ...
Que foi o golpe mais tristonho e suicida ...

E vamos nós pelos anos, lamentando ...
Essa tormenta que nos passou derrubando
Grandes conquistas e tantas lutas pela vida!
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domingo, 4 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima 2018


FANTASMAS...
                  Nazareno Lima - 2018


Hoje nos bate à porta os horrores do passado,
Que exploraram e pilharam a nossa gente,
Empobreciam a todos nós, covardemente...
Nas expressões enganadoras do Estado...


Esses Fantasmas, tal um monstro hibernado,
Nos parecia exterminado e... de repente,
Reaparece como herói intermitente,
Morto de fome de explorar ao explorado!


A minha gente, esquecida e mal lembrada.
Pelo Fantasma Fake News estimulada...
Fez retornar aqueles males de 90...


Noites e dias vou rezando por aqui...
Para não vir o Fantasma FMI...
Pois, se vier a nossa gente não aguenta!

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POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2009


AMORES – 23/08/2009
            Nazareno Lima

O que restou dos amores que passaram?
Após abalarem mentes poderosas...
Compararam-se a orquídeas e rosas
E em lembranças todos acabaram!

O que restou das paixões que provocaram
Transformações em almas amorosas?
Fundamentaram expressões saudosas
E em mágoas, em fim se transformaram!

Paixões e amores são momentâneos:
Especialmente instantâneos,
Qual a tudo que a Natureza cria...

E assim como as paixões e os amores,
Eu, juntamente as minhas dores,
Também terei que me acabar um dia!

sábado, 3 de novembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1987

OBLAÇÃO À MEIA-NOITE
            Nazareno Lima - 1987

Sexta-feira, dia 13, meia-noite...
1987, mês de fevereiro.
Sobreolho do alto, este interior brasileiro,
Rogando que a violência aqui não se amoite!

A oração do pobre seringueiro
É pedir que sobre os galhos, o vento açoite...
E que nenhum jagunço se amoite
Neste lugar onde eu cheguei primeiro!

Meia-noite outra vez, ao invés do relógio, olho a lua,
A chuva não veio, o verão continua...
Tal a Devastação, cada vez mais forte...

Já que nos dias normais não consigo,
Livrar minha Mãe desse cruel castigo...
Venho pedir nesse poderoso dia de má sorte!
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