A MINHA GENTE – 11- 2018
Nazareno Lima
Ah! Se o meu povo possuísse o meu pensar...
E de estudar, contemplasse como eu.
Nós estaríamos mais heroicos que Orfeu,
Quando usava a sua harpa e seu cantar!
Se a minha gente copiasse o meu olhar...
E a astúcia e o som de Prometeu,
Não se iludissem tanto assim como Aristeu
E não cedessem a leveza do enganar!
Se a minha gente se lembrasse do passado
Naquele tempo sem razão do explorado...
Que até vergonha de falar cheguei a ter...
Mas, quem sabe agora rejeitemos esse ardil
Que tomou contas da pobreza do Brasil,
Na mais completa estratégia do sofrer!