AGOSTOS - 2014
- V -
Eu quero forças pra seguir sozinho
Pois meu caminho é triste e espinhoso,
Falo a verdade, não sou rancoroso:
Na minha trilha só existe espinho.
Quero energias pra
andar sozinho,
As companhias são algo insidioso;
Andar comigo é algo inditoso,
Pois ninguém quer provar desse vinho!
No meu trajeto de
40 anos
De inseguranças... e de desenganos
Cruzei a morte por
vezes diversas...
Hoje com a alma, tão estremecida;
O que me resta é somente a vida
E a fé em Deus nas horas reversas!
- VI -
Entre Agostos e
desgostos, vejo
Malabarismos de mil
saltimbancos,
Barbaridades de cem
mil arrancos,
Contra as verdades
que eu sempre almejo.
Na qualidade do sabor
do beijo,
Quero pensar como
os heróis brancos,
Impulsionado por
mil solavancos,
Curar Minh’alma desse grande aleijo!
E quando o último Jornal dos Oprimidos,
Listar a relação dos esquecidos
E nesse Rol figurar
meu pobre nome...
Sairei do anonimato
então proscrito
E soltarei na
Floresta um grande grito:
Que um homem no Brasil venceu a fome!