quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014


 
AGOSTOS - 2014
  
   - V -

Eu quero forças pra seguir sozinho
Pois meu caminho é triste e espinhoso,
Falo a verdade, não sou rancoroso:
Na minha trilha só existe espinho.

Quero energias pra andar sozinho,
As companhias são algo insidioso;
Andar comigo é algo inditoso,
Pois ninguém quer provar desse vinho!

No meu trajeto de 40 anos
De inseguranças... e de desenganos
Cruzei a morte por vezes diversas...

Hoje com a alma, tão estremecida;
O que me resta é somente a vida
E a fé em Deus nas horas reversas!

      - VI -

Entre Agostos e desgostos, vejo
Malabarismos de mil saltimbancos,
Barbaridades de cem mil arrancos,
Contra as verdades que eu sempre almejo.

Na qualidade do sabor do beijo,
Quero pensar como os heróis brancos,
Impulsionado por mil solavancos,
Curar Minhalma desse grande aleijo!

E quando o último Jornal dos Oprimidos,
Listar a relação dos esquecidos
E nesse Rol figurar meu pobre nome...

Sairei do anonimato então proscrito
E soltarei na Floresta um grande grito:
Que um homem no Brasil venceu a fome!

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