sexta-feira, 26 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2003

Os Anos Passados  -  25/11/2003
                                   Nazareno Lima
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Que me desculpem os anos passados
Que me ajudaram tanto a aprender...
Obrigando-me pois, a entender ...
As clarividências dos desesperados!

Que me desculpem os anos passados
Pela triste literatura do maldizer:
Quando só a injustiça vinha atender
A necessidade de nós, explorados!

Que me desculpem os anos passados
Por serem tanto bem interpretados
Por todas as bocas que mentiram ...

Mesmo ofuscado pelas minhas dores ...
Não consegui observar as flores
Que estes anos todos produziram !

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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2015

Novo Tempo - Agosto - 2015
                      Nazareno Lima

Depois que o Chico morreu,
Pela mera negligência...
Por faltar clarividência,
Que às vezes a mente nega
E que o homem as apega,
Querendo pensar sozinho,
Por mirar outro caminho
Paralelo à liberdade...
Após esta atrocidade,
A Luta parou ali:
Eu jamais saí de si,
Descobrindo uma verdade:
Uma responsabilidade,
De outra forma lutar,
Tentando historificar,
Essa Classe ostracista
Porém, a mais ativista
Que no Brasil já brotou...
O Poder à sufocou
E a Lei não a conheceu!


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2003

    IV - VISÃO  -  2003
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                       Nazareno Lima

-I -  

Desprezei a poesia,
Desprezei ... desprezei tudo.
Até o Divino Estudo,
Transformei em utopia!
Uniforme e... quase mudo,
Eu vegeto à cada dia
E esta socio-heresia
Vai-me deixando miúdo!

Desprezei a profissão ...
Mulher e filhos... família.
O sono, pela vigília
E o viver, pela paixão!
Sem pensar na maldição,
Tal Dirceu, pela Marília;
Tal a casa sem mobília,

Vivo da incompreensão!

Desprezei o ambiente,
Que é um Deus que reconheço,
Já paguei um alto preço
Por viver inconsequente!
O progresso é indigente,
O futuro está avesso,
O mau gestor é espesso
E o Governo, inconsciente!

Desprezei o Comunismo,
A luta e a persistência ...
Igreja, Povo e Ciência,
Para mim tudo é sofismo!
Política e Socialismo,
Tem a mesma complacência ...
Desprezei a Paciência,
Pois, tudo é continuísmo

No mundo, tudo é comprável:
Do "EU" de Augusto, até
As "FLORES" de Baudulaire,
Todo grande é fabricável.
Do querível ao odiável,
Vejo tudo em marcha ré:
Só não desprezei a fé
Porque Deus não é culpável !
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sábado, 13 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016


TU - Jan - 2016

                      Nazareno Lima

Onde andarás tu, à esta hora?
Em que o destino me faz estar sozinho
Raciocinando universo à fora,
As solidões penosas do caminho!

A tua imagem que relembro agora
E a impressão me diz estar pertinho
Mas, é como um sonho que me explora
Junto ao Regime do Brasil: mesquinho!

A tua face de portal pureza,
Tal como a imagem da Natureza
Que só na lembrança poderei amar ...

E dentro em pouco, nada mais me resta:
Nem a lembrança e nem a floresta
Pois, tudo ruma para se acabar!

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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016



Você - II - 01 - 03 - 2016

Nazareno Lima
 
Você que fica feliz quando me ver
E que aplaudes de pé, minhas vitórias...
Que me desejas conquistar mil glórias
Neste penoso caminho de viver!

Você que ama minhas razões de ser
Nessa planície de raras memórias...
Aonde eu vivo a vasculhar histórias
Para ensinar aos que amam aprender!

Talvez não saibas mas, você é quem
Me incentivas nesse espaço além,
Para que eu viva ressurgindo isto...

Sem eu ter algo enfim, para lhe dar,
Só rogo a Deus que possas conquistar
A difícil salvação de Jesus Cristo!

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016



RAZÕES - Fev - 2016

                        Nazareno Lima

 
Todas as Flores que me desfeitearam,
Pelos meus rumos da Capilogência.
Que condenaram a minha ciência
E nos meus feitos, não acreditaram!

Aquelas Flores que tanto falaram
E me tentaram com tal dissidência:
Desci aos vales da Abstinência
Mas, as Razões me ressuscitaram!

Acostumado, já desde a infância:
Braços gigantes da Ignorância ...
Me arrastavam para aquele abismo

Mas, a minha Fé, a persistência,
A Metafísica e a Paciência ...
Me arrebataram desse empirismo!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2016

SAUDOSISMO - 12 - 01 - 2016
                         Nazareno Lima

              - III -
         
O vento soprava trazendo a friagem,
Nas imensas ramagens a neblina caía...
A penumbra invadindo a paisagem
E a trilha tortuosa me guiando ia!

Minha mente à pensar na estiagem
E na mensagem que meu pai dizia...
O espaço exigia de mim mais coragem
E a Fé em Deus, de mim não saía!

A passarada calada ... por enquanto
Somente a Peitica entoa seu canto
Naquela feiosíssima paisagem ...

Andando à curtos passos de covarde,
Assustado ... o tempo ficando tarde ...
Daquela cena, hoje, só a imagem!
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