domingo, 3 de dezembro de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima 1992



RESISTÊNCIA – 03/07/92
                              Nazareno Lima

Mãe, continuamos ainda a esperar,
Que nossa terrível situação mude!
Atingir ao nosso objetivo, não pude
E ainda vivo lutando para lutar!

Inertes e mudos, vemos o tempo passar ...
Sem haver aqui alguém que nos ajude!
Ainda lutamos para que alguém estude
E para isto, ninguém a nos ajudar !

Mãe ... Estamos nas últimas ilusões ...
Tentando vencer as grandes tentações
Que o Acre nos fez através de um porta-voz!

Resistimos pôr milagre, aos incoerentes ...
Onde nos esqueceram todos os viventes:
Talvez até Cristo esqueceu de nós !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
*O poeta em 1992, na maior das desilusões que 
tiveras a classe seringueira no Acre... 
Escreveu esse soneto como desabafo. 
A Mãe a que ele se refere é a floresta amazônica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário