RESISTÊNCIA
– 03/07/92
Nazareno Lima
Mãe, continuamos ainda a esperar,
Que nossa terrível situação mude!
Atingir ao nosso objetivo, não pude
E
ainda vivo lutando para lutar!
Inertes
e mudos, vemos o tempo passar ...
Sem
haver aqui alguém que nos ajude!
Ainda
lutamos para que alguém estude
E
para isto, ninguém a nos ajudar !
Mãe
... Estamos nas últimas ilusões ...
Tentando
vencer as grandes tentações
Que
o Acre nos fez através de um porta-voz!
Resistimos
pôr milagre, aos incoerentes ...
Onde nos esqueceram todos os viventes:
Talvez
até Cristo esqueceu de nós !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
*O poeta em 1992, na maior das desilusões que
tiveras a classe seringueira no Acre...
Escreveu esse soneto como desabafo.
A Mãe a que ele se refere é a floresta amazônica.
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