sábado, 6 de fevereiro de 2016

SURPRESA - 12-06-2009


 
                                                               Nazareno Lima         
Surpreendido, pela madrugada...
Ruas desertas... Caindo neblina...
À passos lentos ... Como quem ensina...
Eu caminhava num sonho de fada!

O vento frio, à cada lufada ...
Desaquecia-me em vez repentina:
Me acompanhava uma pobre menina,
Me disfarçando da vida passada!

Entre conversas... a menina Gil,
Lembrava-me os 10 bilhões do Brasil,
Enquanto esquecia-me de lhe amar...

Tal qual o sonho de uma criança...
Guardo essa cena na minha lembrança
Que se passou em Senador Guiomard!
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

VOCÊ - 10/07/2009

                    Nazareno Lima               

Eu amo tanto te encontrar feliz,
Neste espaço de tantas maldades...
O teu sorriso de felicidades
Faz-me lembrar aquela Flor de Liz!

Mesmo falando de problemas vis
Ou de um passado que deixou saudades...
São populares suas idoneidades
Que alguém crítica sem saber o que diz!

A raridade desse teu olhar
E a meiguice desse teu falar...
Traz-me a mente um pensar profundo...

Quando passares por tristes momentos,
Lembre diante destes sofrimentos
Que fez um homem ser feliz no mundo!
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SAUDOSISMO - III - Janeiro -2016

                       Nazareno Lima

O vento soprava trazendo a friagem,
Nas imensas ramagens a neblina caía...
A penumbra invadindo a paisagem
E a trilha tortuosa me guiando ia!

Minha mente à pensar na estiagem
E na mensagem que meu pai dizia...
O espaço exigia de mim mais coragem
E a Fé em Deus, de mim não saía!

A passarada calada ...  por enquanto
Somente a Peitica entoa seu canto
Naquela feioníssima paisagem ...

Andando à curtos passos de covarde,
Assustado ... o tempo ficando tarde ...
Daquela cena, hoje, só a imagem!
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A DONA DA RUA - 04/2009


Nazareno Lima

           - I -
Grandiosa rainha da rua:
Tristezas, sombras e dificuldades...
Inimiga das Razões e das Verdades...
Traumatizada pela infância sua.

Amando o luxo, o belo, a televisão...
Sonhando com o sucesso e com a fama...
Acompanhando alguns vazios, na cama...
Contradiz a sua feliz emoção!

Chora, e ao chorar comove tanto...
Àqueles que, como eu, tem sensatez
E que indagam a Deus o que ela fez,
Para sofrer este castigo sacrossanto!

Explorada por tantos oportunistas
Que recompensadamente pouco dão:
Oferece em resposta, um amor malsão,
Formando a sociedade dos sofistas!

A sede... a vontade de ser santa...
Contradiz a lascívia... A aventura...
Que jurando falso amor... Falsa ternura,
Abate aquele que por ti se encanta!
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A VOLTA - 1992


                                              Nazareno Lima
          

Olá minha Mãe, olá! Não morri pois, ainda me movo;
Sumi, depois de tantas desilusões e desenganos!
Depois de calado, observar tudo durante esses anos,
Estou aqui para escrever de novo!!!

Olá minha Mãe! Neste mau tempo eu vi muitos danos;
Vi o grande e triste massacre do chefe do teu povo,
Vi a derrota da classe trabalhadora que tal um ovo,
Foi comprada pelos capitais insanos!!!

Eu vi nestes dois anos o que não somou-se em vinte:
Teu povo precisa preparar-se para o tempo seguinte,
Para não enfrentar de vez, a morte ...

Eu resisti até os últimos momentos
Porém, não havendo a quem expor tantos lamentos:
Voltei a escrever para reclamar da sorte !!!
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Recado à minha Mãe – 07/11/90

      Nazareno Lima

Mãe, eu não me calei pôr revolta ...
Eu sinto vontade de falar ainda!
Espero uma energia de ti vinda,
Pra içar o eco que o meu peito solta!

Ó Mãe, sejais pois, minha escolta ...
Não me atribuas esta enorme cinda!
Não posso ser agora algo que se finda
Pois, ainda tenho algo a fazer de volta!!!

Mãe, eu sinto a doença me alquebrando;
Apesar de tanto ar, o ar está me faltando
E tu, diante disso não me socorre ...

Minha vida é tão útil a sua vida:
Minha missão ainda não foi cumprida ...
Não posso morrer tal um inimigo morre!!!
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

SAUDOSISMO - 12-01-2016

Nazareno Lima

Lembrando das curvas que me guiavam
Por grandes sombras e alguns clarões...
Por centenárias árvores que estavam
Sobre planícies... várzeas e depressões!

Elas plantadas ali... me observavam...
Sem maldades, ódios ou repressões ...
A rapidez com que os meus pés andavam,
Para satisfazer as explorações!

E aqueles riscos que eu ia fazendo ...
E aquele látex branco escorrendo ...
Sem a paisagem ter tempos de olhar ...

Hoje distante por anos à fio,
Nada mais resta daquele sombrio ...
Só a terra que o sol vive hoje a queimar!