quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
MAUS LAMENTOS DE 91 - 1991 - Nazareno Lima
- XLIII -
Mãe, demente mesmo é quem não assimila
A grande injustiça que sobre mim, pesa:
Enquanto o meu pobre irmão me despreza,
A minha consciência está tranquila!
A minha escrita ao invés de lírica
É esta vil Literatura Satírica
Que, sinto até desgosto em exprimi-la!
Isso tudo que à minha existência, custa,
É bem pior que a emboscada injusta,
Que em 23 matou Pancho Villa!
-XLIV -
Mãe, minha vida hoje é uma insônia,
Ante as injustiças e violências!
De tanto implorar por meras clemências
Vivo padecendo de grande afonia!
Talvez quem sabe, Por eu ser do Acre...
Depois destes 20 anos de massacre,
Minha vida é uma vil acrimônia:
Eu já nem sei porque me chamam Nazareno
E nem porque te chamam de Amazônia!
UM ESTOICISTA - 08-12-2000 - Nazareno Lima
- II -
Você que sofre porquê sofre,
Você que ama porquê ama;
Seja indiferente como um cofre,
Seja como um sino que reclama!
Você que ler esta estrofe,
Valorize seu destino e sua fama;
No mundo tudo passa, é como enxofre
Que é limpo como ouro e vira lama!
Não sofra pôr nada, pôr favor...
A luta não compensa a sua dor...
Você pagará um preço em vão!
Tu, para ser livres é preciso,
Evitar da moral, o prejuízo,
Pra não ser seguidor da exploração!!!
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
TUDO DE MIM - 2000 - Nazareno Lima
05 DE SETEMBRO DE 2000
Nazareno Lima
Ecologia; obrigação servil,Que a burguesia, acredite ou não,
É uma energia, uma religião ...
Uma obrigação no século 2000.
Ecologia; pura incompreensão!
Foi a teoria que sempre existiu!
Que doravante mude no Brasil,
Toda essa mania de poluição.
Enquanto a força ambiental vibra,
Na Natureza tudo se equilibra,
Para que haja vida aqui no chão ...
A humanidade para a Terra é jus,
Não é verdade qualquer crise ou cruz,
O que falta mesmo é Educação !
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982 - Nazareno Lima e Chico Mendes
SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Nazareno Lima e Chico Mendes
- I -Vejo hoje, sob medidas ameaçadoras
Esta, que a tantos como eu, criou.
Com isto, dentro do meu ego ficou
O martírio das espécies sofredoras!
Cada tombo individual que acontece,
Parece do meu corpo, um pedaço tirar:
É mais uma batalha em que devo lutar,
Enquanto aos poucos minha Mãe fenece!
A tua morte ó Mãe minha, dá a vida
A estes que, pelo dinheiro, lhe abate:
Cobrem nós com um manto escarlate
E a caminhada pelo mundo é perdida!
Os irmãos que ajudam a exterminar-lhe,
É pela necessidade tão poderosa...
Os exóticos, de ideia impiedosa:
Ordenam como brutalmente explorar-lhe!
Sua dimensão que é ainda pomposa,
Ocultando a criação da desídia,
Perseguida pela horda da perfídia
Que julga-se entre nós, vitoriosa!
A DONA DA RUA - 2009 - Nazareno Lima
SENHORA – 13/12/2009
(de Orestes Santos e Lourival Faissal)
Para a Dona da Rua
Senhora!
Te chamam Senhora!
Todos te respeitam,
Sem saber quem tu és!
Senhora!
Parece senhora,
Mas tu tens a alma
Cheia de pecados:
Falsa como és!
Senhora!
És uma senhora,
Mas és mais perdida
Que as que precisam
Perdidas viver...
Senhora!
Tu manchaste o nome,
O nome de um homem
Que um dia em teus braços,
Feliz pertenceu...
Senhora!
Com todo o teu ouro...
De ti sinto pena:
Tu não tens na vida
Nem Deus, nem moral!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
A BOCA DO VARADOURO - 2008 - Nazareno Lima
TRIBUTO A 2001 - 01/01/2001
Nazareno Lima
Os anos passam ... Chega a velhice:A esquisitice que assusta a vida!
Meta cumprida, algo que é tolice,
Pois ninguém disse que a luta é vencida!
Os tempos passam ... Vem a despedida ...
A causa perdida torna-se mesmice,
A velha meiguice fica esquecida
E a compadecida é a esquizofrenice!
Ai do presente desorganizado ...
Ai do passado desestruturado ...
Ai do futuro que é saudades ...
A vida é assim ... Tal uma viagem:
Quem não planta, fica sem passagem,
À alimentar suas mediocridades!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
A BOCA DO VARADOURO - 2008 - Nazareno Lima
A N O I T E - 31/05/2000
Nazareno Lima
- I -
A noite é linda... agradabilíssima:
Feita para os que precisam de calma,
É a energia positiva para a alma
E rica para a pessoa esquisitíssima!
Nessa vida esquizofrenicíssima,
Se não fosse a noite seria um trauma
Sem reflexão, sem impulsão, sem palma,
A arte seria inconsequentíssima!
E vou crescendo com a noite alta,
Citando a ideia que se exalta,
Na minha cabeça convulsionadora ...
E ai exponho os sonhos meus:
Pela existência, agradeço a Deus,
Cantando a vitória revolucionadora
Assinar:
Postagens (Atom)