SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Nazareno Lima e Chico Mendes
- I -Vejo hoje, sob medidas ameaçadoras
Esta, que a tantos como eu, criou.
Com isto, dentro do meu ego ficou
O martírio das espécies sofredoras!
Cada tombo individual que acontece,
Parece do meu corpo, um pedaço tirar:
É mais uma batalha em que devo lutar,
Enquanto aos poucos minha Mãe fenece!
A tua morte ó Mãe minha, dá a vida
A estes que, pelo dinheiro, lhe abate:
Cobrem nós com um manto escarlate
E a caminhada pelo mundo é perdida!
Os irmãos que ajudam a exterminar-lhe,
É pela necessidade tão poderosa...
Os exóticos, de ideia impiedosa:
Ordenam como brutalmente explorar-lhe!
Sua dimensão que é ainda pomposa,
Ocultando a criação da desídia,
Perseguida pela horda da perfídia
Que julga-se entre nós, vitoriosa!
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