segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982 - Nazareno Lima e Chico Mendes





Estes ecológicos crimes loucos,
Que fazem crer ao maior ateu:
As héveas, inimigas do fogo tal eu
Vão realmente sucumbindo aos poucos!

Onde está o respeito às nascentes
E a Lei que limita a devastação?
Pode-se devastar qualquer região?
Todos se fazem de inocentes!

A destruição do equilíbrio ecológico
De uma região que cria a vida humana,
Destrói-se porém, não engana
Esse momento de pobre poder psicológico!

Desacredito eu que tal Wilson ou Jesus,
Tenha a Justiça morrido à bala.
Parece estar morta – A Justiça não fala
E a violência hoje nos conduz.

Tal qual um corpo retalhado;
Cada um querendo seu pedaço ...
Assim é minha terra hoje, neste espaço
De injustiças, mortes e mercado.

As quatro letras que a nós defende;
Há muito tempo contra nós estão.
A Lei que nos chega é a do facão
E a do fogo, que alguém acende!










Nenhum comentário:

Postar um comentário