quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
TUDO DE MIM - 2000 - Nazareno Lima
MINHA ENERGIA - 11/99
A energia que me dá firmeza
A cada dia em que sobrevivo,
É a paixão pela Natureza,
Que é a beleza em que me emotivo!
Talvez pôr isso que a incerteza
De amar alguém é meu mau motivo,
Troquei o amor pelo olhar ativo
Destas paisagens que não dão tristeza!
Admirando Natureza e flores ...
Esqueci tempos desesperadores,
Que o sentimento me deixou gravado ...
Hoje casado com a Natureza,
Sinto na alma a maior certeza
Da redução deste meu pecado!
................................................
TUDO DE MIM - 2000 - Nazareno Lima
REALIDADES - 01/10/99
Talvez, quem sabe? A felicidade,
Que eu admito nunca ter sentido:
O que acontece, na realidade,
É que estou passando pôr despercebido!
Hoje a saúde e a faculdade
Do Conhecimento que tem me assistido...
Fez a tristeza me deixar saudade
E a exploração ser algo perdido!
Talvez não tenha dentre a humanidade,
Um momento de mais felicidade
E um prazer pôr demais profundo:
Ter resistência de poder andar
E consciência para analisar
A Natureza que criou o mundo!!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
TUDO DE MIM - 2000 - Nazareno Lima
V A Z I O S - 23/04/2000
Estes vazios que me desconcertam,
Neste ambiente de desigualdades,
São tais pobrezas e incapacidades,
Que dia-a-dia mais e mais se acertam!
Estes vazios que tanto me apertam,
E me privaram das felicidades,
São tais as fomes nas grandes cidades,
Que diminuem, mas não se consertam!
Estes vazios que me esvaziaram,
Lutaram muito porém, não secaram
A minha fonte de sabedoria...
Igual Van Gogh pintou pra o futuro:
Escrevo hoje este verso obscuro,
Para estes vagos se encherem um dia!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
ECOS AMAZÕNICOS - 1992 - Nazareno Lima
05 DE SETEMBRO DE 91
Mãe! Ó Mãe minha! Não morras Agora:
Faça forças para continuar a viver!
Tu não sentirás o quanto vou sofrer,
Se eu souber que te chegou a hora!!!
Mãe, após o esforço virá a melhora
E dessa forma então, tu poderás vencer:
Tu sabes que um dia também vai morrer,
O maldito homem que hoje te explora!
Tu ainda podes livrar-se desta virose:
Quem matou mais que a tuberculose
E hoje sua grande força inexiste!
Eu não quero é que tu se deixes matar:
Até a última hora terás que lutar
E a luta no tempo ganha quem resiste!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
¨NOVO TEMPO - 2013 - Nazareno Lima
A VIDA - 25-12-2013
Nazareno Lima
Por entre flores e dificuldades
Caminho, na busca de um futuro,
O pior de tudo aquilo que aturo
São as primícias das mediocridades!
Seja no campo, seja nas cidades,
Em momentos de paz ou de apuro,
O meu maior desespero, juro:
É a indiferença das felicidades!
E na vida um sobe, outros descem,
Um ri e muitos padecem...
E.. O Bonde do Mundo vai passando:
Vários que vão, nem sabem para onde
E aqueles que sabem, perderam o Bonde
E pela não oportunidade vão ficando!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
MAUS LAMENTOS DE 91 - 1991 - Nazareno Lima
- XI -
Eu não perdi a fé de vencer
E até hoje eu penso que nada perdi.
Quando me perguntam, digo que venci
E o Conhecimento me ajuda a crer!
Abrirei hoje outra alternativa
Para dar trabalho a mente repressiva
Do vil homem pobre que quer ter poder.
Homem particular de filosofia vã,
Perderá para o universal de amanhã
para que a evolução torne a crescer!
- XII -
A minha vida sempre valeu nada
E para o mundo nada significo:
O pobre alienado é igual ao rico
E ambos seguem pela mesma estrada!
Sei que é funesta essa minha arte
Porém, estou fazendo a minha parte,
Para recompensar minha caminhada.
Se acaso eu vencer após ter morrido:
Fica a lembrança do dever cumprido
E o choro da energia desprezada!
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
SOLILÓQUIO À MINHA MÃE - 1982 - Nazareno Lima e Chico Mendes
Estes ecológicos crimes loucos,
Que fazem crer ao maior ateu:
As héveas, inimigas do fogo tal eu
Vão realmente sucumbindo aos poucos!
Onde está o respeito às nascentes
E a Lei que limita a devastação?
Pode-se devastar qualquer região?
Todos se fazem de inocentes!
A destruição do equilíbrio ecológico
De uma região que cria a vida humana,
Destrói-se porém, não engana
Esse momento de pobre poder psicológico!
Desacredito eu que tal Wilson ou Jesus,
Tenha a Justiça morrido à bala.
Parece estar morta – A Justiça não fala
E a violência hoje nos conduz.
Tal qual um corpo retalhado;
Cada um querendo seu pedaço ...
Assim é minha terra hoje, neste espaço
De injustiças, mortes e mercado.
As quatro letras que a nós defende;
Há muito tempo contra nós estão.
A Lei que nos chega é a do facão
E a do fogo, que alguém acende!
Assinar:
Postagens (Atom)