segunda-feira, 6 de junho de 2016

POESIAS ACREANAS - Dr. Juvenal Antunes - 1922


CONTRVÉRSIA

Sim! O primeiro amor, dizia Alfredo
É cego, é louco, é virginal e casto
Chega-nos muito tarde, ou muito cedo,
E enche, sozinho, o coração mais vasto.


Povoa-nos o peito insonte ou gasto,
Entra-nos a alma docemente, a medo,
Sendo em geral, um crime tão nefasto
Que se confessa assim como um segredo...


Mas Laura, que cismática e calada,
Ainda nada dissera, interpelada
Sobre o magno assunto transcendente,


Respondeu com um sorriso feiticeiro:
Para mim todo amor é o amor primeiro,
Porque o primeiro amor é o amor presente!

 
                         Juvenal Antunes

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