Cel. Joaquim Victor em
1905
Cel. Joaquim Victor da
Silva, nasceu no Ceará em 15 de junho de 1863, veio
para a região do Acre em 1892 trabalhar como gerente do seringal Caquetá de
José Augusto de Oliveira, tornando-se em 1894 sócio deste explorador com a
firma Oliveira Filho & Victor. Em 1895 adquiriram por compra o seringal
"Bom Destino" com a mesma firma. Em 1897 associou-se com Aprígio
Soares da Silveira que era procurador da firma Motta & Antoginy nos seringais
São Paulo e Santa Filomena, no Baixo - Acre, uma vez que Motta ,& Antoginy
estavam passando para o ramo da especulação imobiliária no centro de Manaus.
Com Aprígio Soares da Silveira o Cel. Joaquim Victor montou a grande firma
Soares & Victor e montaram o Complexo de Bom Destino, um aglomerado
de 8 seringais somando mais de 800 estradas de seringueiras.
O Cel. Joaquim Victor da
Silva foi um dos maiores capitalistas da Borracha em todo o Acre. Participou de
todas as rebeliões que houve no Acre. Era ele uma espécie de líder em todos os
momentos de auge ou de queda na sociedade acreana. Foi Joaquim Victor o único
coronel que ajudou o Dr. José Carvalho – advogado e jornalista cearense - a
depor os bolivianos de Porto Acre em maio de 1899. Foi ainda um dos principais auxiliares do Império de
Galvez no Acre. Depois da queda de Galvez foi ele e o Cel. Antônio de Souza
Braga quem ficaram na liderança política da Região do Acre, participou também
da Revolução dos Poetas e junto ao Dr. Avelino Chaves financiaram toda a
despesa desta malograda empreitada.
Foi
ainda o Cel. Joaquim Victor da Silva que
junto ao Cel. Rodrigo de Carvalho, formavam a Junta Revolucionária do Baixo -Acre, além, é claro do Cel. José Galdino, do
Alto-Acre, no auxílio e execução da Revolta de Plácido contra a Bolívia para
anexação do Acre ao Brasil.
Joaquim Victor sempre
viveu no Acre e com os seus seringais "Bom Destino" e
"Caquetá", além da sociedade em outros no Amazonas inclusive no rio
Purus. Assumiu várias funções, no Território do Acre, desde Prefeito do
Departamento por apenas 1 mês em 1915, Intendente da cidade de Rio Branco,
Presidente da Associação Comercial, Presidente da Associação de Seringalistas
do rio Acre, além de outros. Em abril de 1911 mandou construir o Vapor "Nilo
Peçanha" e junto a Honório Alves das Neves e João d'Oliveira Rôlla eram os
Coronéis mais abastados do Baixo Acre. Todos os seus negócios eram em Porto
Acre chegando a ter mais dinheiro que Newtel Maia, segundo alguns Tabeliões da
época, uma vez que suas propriedades foram avaliadas em 5.000 Contos de Réis.
Em 1925, a borracha chega
ao absoluto preço de 12 mil Réis por quilograma e o coronel Joaquim Victor
liquidou toda a sua produção de borracha, caucho, castanha e madeira, pagou
todas as dívidas que tinha nas praças de Rio Branco, Manaus e Belém, além é
claro dos mais de 200 seringueiros que lhe produziam... Daí então, arrendou seus
dois grandes seringais: “Bom Destino” que na época tinha mais de 500 estradas
de seringueiras, mais um outro de nome “São João de Canindé” que ficava às
margens do rio Iquiry e que somava 300 estradas de seringueiras, para José da
Silva Dantas... juntou toda a sua família e foi morar em Manaus – Am. Por ter
muitos negócios no Acre, vez por outra estava aquele coronel em Rio Branco e
Xapury à negócios, uma vez que era Presidente da Associação dos Produtores de
Borracha do Rio Acre.
O Cel.
Joaquim Victor faleceu em Manaus no dia 20 de setembro de 1933 sem vender
nenhum de seus seringais.
BRASILEIROS QUE FAZEM A HISTÓRIA
ResponderExcluirA irmã de Joaquim V
ResponderExcluirA irmã de Joaquim Victor, Januária Angélica da Silva, casou com com o Maj. Ladislau Ferreira da Silva, heroi da Revolução Acreana Eu nAry Fecury da Silva sou neto deles portanto Sobrinho neto de Joaquim Victor