domingo, 22 de junho de 2014
Do Livro "A BOCA DO VARADOURO"-2008 - Prof. Nazareno Lima
V A Z I O S - 23/04/2000
Estes vazios que me desconcertam,
Neste ambiente de desigualdades,
São tais pobrezas e incapacidades,
Que dia-a-dia mais e mais se acertam!
Estes vazios que tanto me apertam,
E me privaran das felicidades,
São tais as fomes nas grandes cidades,
Que diminuem, mas não se concertam!
Estes vazios que me esvaziaram,
Lutaram muito porém, não secaram
A minha fonte de sabedoria...
Igual Van Gogh pintou pra o futuro:
Escrevo hoje este verso obscuro,
Para estes vagos se encherem um dia!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
sábado, 21 de junho de 2014
RESGATE - Abril de 2014 - Nazareno Lima
Resgate - Abril de 2014
Depois de tempos desesperadores
Onde mil flores murcharam pra mim;
Quando eu pensava que era a vez do fim,
Arrebatou-me a lei dos amores!
Aquelas cores, sem brilhar pra mim,
E o ar assim... reproduzindo dores,
Tantos olores, sem olor, emfim...
Até choravam meus computadores!
E a Razão de tudo quanto pensa,
Com uma força por demais imensa
Me redimiu das transgressões mundanas.
E aqueles todos que me persaguiam
E aquelas todas que só me traíam,
Fizeram vir-me o maior dos nirvanas!
Depois de tempos desesperadores
Onde mil flores murcharam pra mim;
Quando eu pensava que era a vez do fim,
Arrebatou-me a lei dos amores!
Aquelas cores, sem brilhar pra mim,
E o ar assim... reproduzindo dores,
Tantos olores, sem olor, emfim...
Até choravam meus computadores!
E a Razão de tudo quanto pensa,
Com uma força por demais imensa
Me redimiu das transgressões mundanas.
E aqueles todos que me persaguiam
E aquelas todas que só me traíam,
Fizeram vir-me o maior dos nirvanas!
terça-feira, 10 de junho de 2014
O Acre Estado - Prof. Nazareno Lima
No dia 15 de Junho de 1962, o Território Federal do Acre passa a ser Estado e o mais novo da Republica Brasileira.
Esse Projeto, que começou em 1910, durou 52 anos para ser concluído e que teve como responsavel, segundo os modernos Historiadores e Politicos do Acre, o Major José Guiomard dos Santos.
Mas hoje se sabe que não foi bem assim, existe algo bem mais forte e significativo por trás, da elevação do Acre a Estado.
Depois do assassinato covarde do Coronel Plácido de Castro em Agosto de 1908 no Seringal Bemfica pela Falange Alexandrinista, o Acre Federal como era conhecido, passou a ser controlado e dominado por esta maldita Falange, a qual gerou-se em consequencia da usura e ambição nas indenizações que os governos brasileiro e boliviano se prontificaram a pagar àqueles que sofreram prejuizos com a Revolução Acreana, mas que dela não fizeram parte.
Essa Falange que tornou-se gigantesca e cujos primeiros chefes eram:
Dr. Gentil Tristão Norberto, Cel. Simplício Costa, Cel. Alexandrino José da Silva, Cel. Antonio Antunes de Allencar, Dr. Emílio Falcão, Dr. Carlos Vasconcellos, Newtel Maia, Major João Câncio Fernandes, além de muitos outros, isto até 1932.
Durante a Ditadura Vargas, o Alexandrinismo tornou-se um tanto
oculto porém, não deixou de existir.
Com o fim da Ditadura Vargas em 1945, o Alexandrinismo muito pouco se mexia pois, o gaucho Getulio havia mandado para o Acre um outro gaucho que era contra o coronelismo da Falange Alexandrinista: esse gaucho chamava-se Oscar Passos.
Com a eleição de Jânio Quadros no dia 03 de Outubro de 1960 e depois com a renuncia deste, subiu ao poder no dia 7 de Setembro de 1961, o Socialista assumido do PTB e Vice de Jânio, João Goulart e muito amigo do Prof. Historiador e Geógrafo José Augusto de Araújo que era Deputado Federal do PTB e futuro candidato a Governador do Território Federal do Acre.
Em 1962, o Dep. Federal José Augusto de Araújo pediu ao Presidente Jango para apoiá-lo no Projeto da elevação do Território do Acre a Estado e este o indagou se havia algum projeto a este respeito na Camara ou no Senado. José Augusto respondeu que havia o Projeto do Senador José Guiomard dos Santos, no Senado Federal. O Presidente Jango então marcou para o dia 15 de Junho, justamente de 1962 e sancionou a Lei 4070, que levaria o Teritório do Acre a Estado, acabando assim com 52 anos de luta sem sucesso.
João Belchior Marques Goulart - o Jango - nasceu em S.Borja RS em 1919, filho do rico estanceiro gaucho Vicente Goulart, amigo intimo de Getulio Vargas. Jango ainda jovem fez o curso de Direito em P. Alegre, quando o pai faleceu em 1943, Jango como o filho mais velho herdou a fortuna do pai e também a amizade com Getúlio que o chamou para o PTB, onde Jango logo chegou a Presidencia Estadual e em seguida Nacional. Com a eleição de Getúlio em 1950 para a Presidencia da Republica, Jango ternou-se Ministro do Trabalho de Vargas e com isso ternou-se um dos políticos mais populares do pais, tanto é que tirou mais votos que o Presidente JK na eleição de 1956 e em 1960 derrotou o vice de Janio Quadros.
José Augusto de Araújo, era um intelectual nascido em Feijó-AC em 1º de Janeiro de 1930, ainda na década de 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou Geografia e História na antiga Universidade do Estado da Guanabara. Na luta estudantil da Universidade adquiriu a simpatia dos socialistas e comunistas do Rio inclusive do Vice-Presidente Jango que era Comunista Assumido assim como também o Prof. José Augusto.
Em 1958, José Augusto foi eleito Suplente de Dep. Federal do PTB pelo Território do Acre com 1.524 votos e nas eleições de 1960 assumiu a cadeira.
Em outras palavras, o verdadeiro responsável pela eleveção do Território do Acre a Estado não foi o grande Major José Guiomard dos Santos e nem tampouco os Projetos que duramte anos se amarelavam nas gavetas do Senado Federal desde o Rio de Janeiro até Brasília. O verdadeiro responsável pela elevação do Acre a Estado foi uma amizade sincera entre dois Comunistas: o gaucho Jango e o Prof. Zé Augusto do Acre.
Gov. José Augusto de Araújo
em 1º de Março de 1963
Pres. Jango em 1963
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Nazareno Lima
Aprofundado em pensamentos vagos,
Nestes espaços de indecisões;
Raciocinando falsas emoções...
Igual a música de nome "Mil Tragos"!
Talvez marcado pelos desagrados
De vários seres de pensar malsão
E anos seguidos sofrendo traição...
Resulta-me hoje em tantos estragos!
O vazio que hoje invade o meu ser...
E a forma dificultosa de vencer...
Atordoa-me encontrar a saída...
Mas, a tristeza que me oprime tanto,
Ainda produz este pobre encanto,
Que é estes versos que diverte a vida!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A IGNORANCIA - 16-12-2009 - Nazareno Lima
Nazareno Lima
Tal como é feia a ganância
Voraz do Capitalismo:
É tristíssimo o Comodismo
E do povo a Ignorância!
Desta dor, a militância
Que me manda a um abismo:
Transpõe o meu pacifismo
E me leva à relevância!
Lutei com fé... Com paixão,
Contra a grande multidão
Portadora deste mal...
Mas foi inútil, porém
A cultura que ela tem
É viver nesta penal!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
domingo, 18 de maio de 2014
BIOGRAFIA DO PROF. NAZARENO LIMA
BIOGRAFIA DO PROF. NAZARENO LIMA
NAZARENO DE OLIVEIRA LIMA, nasceu em 25 de Novembro de 1955
no seringal Guanabara, antiga Villa Avelino Chaves, no alto rio Yáco, município
de Sena Madureira, Território Federal do Acre. Aprendeu as primeiras letras com
a mãe Maria José Lopes, que havia feito a 2ª Série primária em Mecejana, no Estado
do Ceará onde nasceu e foi criada. Começou o trabalho no corte da seringa em 1965,
então com nove anos de idade ajudando o pai. Em 1972 foi para Rio Branco-Acre
com fins de estudar. Fez o MOBRAL em 1973 e em 1974 o Projeto Minerva que
equivalia na época, ao Ensino Fundamental.
Em 1975 voltou ao seringal para o trabalho no corte da seringa pois, era difícil
emprego em Rio Branco. Em 1976 voltou a Rio Branco, onde fez o 1º Ano
Básico no Colégio CESEME. Em 1977 voltou novamente ao seringal para o
trabalho de seringueiro e em 1978 volta à Rio Branco para fazer o Supletivo do
2º Grau. No dia 8 de Janeiro de 1979 é aprovado no Vestibular de Geografia da
Fundação Universidade Federal do Acre, obtendo o 28º lugar. Em Julho de 1979,
abandona o curso de Geografia e entra para o Seminário da OSM
(Ordem dos Servos de Maria)da Igreja Católica, onde estudou com vários
Teólogos da Igreja, entre eles Clodovis, Leonardo e Lina Boff; Frei Betto,
Bispo D. Moacyr Grecchi, Frei Tomás Trombetti, além de Edilson Martins,
José de Souza Martins, Pedro Martinello e tantos outros. Nessa época conheceu
Chico Mendes e muitos dos sindicalistas que lutavam contra as derrubadas das
florestas do Acre pelos fazendeiros. Engajou-se nas Comunidades Eclesiais de
Base e trabalhava na orientação dos trabalhadores contra as explorações. Largou
o Seminário em 1981 e voltou novamente ao seringal onde produziu 1 tonelada de
borracha para ajudar sua mãe comprar uma casa em Xapuri. Em 1982 voltou a
Rio Branco onde dividia uma casa no Bairro Bahia com Chico Mendes, Lazinho
e Aníbal Diniz, André e Osmarino Amâncio. Em seguida passou a dividir uma casa
com Chico Mendes apenas, no Bairro Preventório e foi nessa época que começou a
escrever com Chico Mendes, "Solilóquio à Minha Mãe", uma das maiores
expressões poéticas de cunho crítico e que jamais foi publicada no Acre.
Fez novamente o Vestibular para o Curso de Geografia da Universidade Federal do Acre
em 1987 com fins de tornar Científica a luta de Chico Mendes, pois segundo o professor,
Chico Mendes e os Trabalhadores do Acre não venciam essa justa batalha por conta do
grande empirismo que havia nos seus ideais. Obteve neste Vestibular de 1987 o 8º lugar,
porém houve uma grande frustração no professor: em 1988, na metade do curso, Chico
Mendes morreu. Segundo ele "Chico Mendes morreu de graça". Morrer de graça, na
linguagem dos seringueiros é não preservar a vida, é não se defender o suficiente,
é se descuidar da vida, é facilitar. Segundo ele, Chico tinha muitas responsabilidades a
cumprir, como esta que tinha com ele, era um projeto que não podia dar errado.
Terminou o Curso de Geografia em 1990, graças a um apoio que recebeu do Prefeito
Adalberto Aragão Silva, o qual era seu amigo particular e também do Prefeito Jorge
Kalume. O Prof. Nazareno sempre dizia nos corredores da UFAC em 1992/93, fazendo
Pós-Graduação em Meio Ambiente que depois da morte do Chico, ele tinha ficado como
que meio atordoado, mas apesar de tudo estava tocando a vida. Foi nesta época que
escreveu "Maus Lamentos de 91" em 1991; "Ecos Amazônicos" em 1992 e "Aqui”,
em 1993. Em 1994, foi aprovado no Concurso Público para o Cargo de Professor Efetivo
de Geografia da Secretaria de Educação do Estado do Acre pois, antes era um simples
funcionário da Prefeitura Municipal de Rio Branco. Em 1995 vendo a dificuldade que os
alunos das Escolas de Rio Branco tinham para absorver os conteúdos da Ciência
Geográfica principalmente a Cartografia, elaborou um projeto de pesquisa sobre as origens
da educação no Acre e a Educação do Seringueiro. Esse trabalho de pesquisa baseado na
Psicologia e Genética que estudou com o Ph e D italiano Tomás Trombetti, depois de
concluído chamou-se: A HEREDITARIEDADE DOS INSTINTOS e foi muito criticado
pelos Professores do Acre. Com isso o Prof. Nazareno deixou de pesquisar sobre Educação,
passando a pesquisar sobre a Geofísica. Ainda em 1995 elaborou o Projeto de Pesquisa
sobre a situação do Rio Acre a qual quando concluída em 1998 afirmava que o mesmo
secaria antes de 2010: em 2005 ele entrou em estado de alerta. Ainda em 1995 elaborou
o Projeto de Pesquisa sobre o Crescimento Vegetativo da Floresta Amazônica.
Esse projeto não foi concluído por falta de recursos, uma vez que dividia-se em várias
etapas, porém a parte relativa a bacia do Rio Acre foi concluída e o Professor com isso,
descobriu o "Dissecamento"(perca de umidade generalizada do solo dentro da floresta
densa). Esse fator segundo ele levaria ao risco de um grande incêndio na floresta do
Acre, o que aconteceu também em 2005. Esse trabalho foi publicado no Jornal O Estado
de São Paulo. No ano 2000 escreveu "TUDO DE MIM-2000", um texto também ligado a
Poesia Crítica. Em 2003, tenha talvez escrito o seu mais alto poema crítico:
"IV VISÃO-2003", o qual chamou a atenção de muitos críticos de Rio Branco.
A partir de 2004 ficou afastado da sala de aula por problemas de saúde e graças a um apoio
do Prof. Sérgio Roberto da UFAC. A partir daí envolveu-se em um projeto, para
recompensar, segundo ele o salário que recebia fora de sala-de-aula: elaborou a
TTT - Teoria da Termodinâmica da Terra -essa teoria tem por fins explicar causas e
formas de vários fenômenos físicos da Terra, como por exemplo os Terremotos que
segundo o Prof. Nazareno, a terra não treme e nem tampouco sofre nenhum abalo
sísmico, o que ocorre é uma negatividade momentânea do equilíbrio gravitacional.
Ainda segundo o Prof. o Sol não é quente o que é quente é a Terra e o Raio do
relâmpago não desce da Atmosfera e sim sobe da Terra para esta. Essa maluca teoria
como os acreanos consideraram, ainda afirma que o Homem não veio à Terra por
Criação como cita os Evangelhos e nem tampouco por evolução como citou Charles
Darwin, o homem veio à Terra por Meiose ou seja, foi com as condições do meio que
o homem apareceu e em vários lugares da Terra em épocas diferentes porém próximas.
Ainda cita esta Teoria, um meteorito que caiu nos EUA à 65 milhões de anos e que foi
este fato que deu condições à Terra para a existência dos mamíferos, inclusive o Homem.
Com o descrédito dado pelo povo acreano a esta teoria, o Professor abandonou a pesquisa
sobre Geofísica e dedicou-se a partir daí a pesquisar somente sobre a História.
Em 2008, escreveu "ACRE-A HISTÓRIA DA HISTÓRIA-2008",de 350 páginas para
comemorar os 100 anos da morte do Cel. Plácido de Castro e também para que não morra
a História do Seringueiro. Em 2009, juntamente ao Prof. Isaac Ronaltti do TJ-AC
que tornou-se seu amigo e parceiro da Historiografia Acreana montaram o livro "A Boca Do Varadouro", uma coletânea de vários poemas críticos inclusive o "Solilóquio à Minha Mãe",
porém não foi publicado por falta de recursos. Em 2010 começou a escrever "A ÚLTIMA
REVOLUÇÃO DO ACRE" e chegou a 100 páginas, porém foi aconselhado por alguns amigos
seus inclusive o Prof. Isaac Ronaltti do TJ-AC, que os casos são muito recentes e por isso
precisa-se dar mais tempo ao tempo, assim o projeto está em evidencias.
Em 2012, elaborou outro projeto (o último); escrever o livro "NOVOS TEMPOS" em
homenagem a extinta classe dos Seringueiros, principalmente do Acre. A simpatia pela
Historiografia Acreana começou em 1972, quando chegou em Rio Branco-Acre pela
primeira vez e foi habitar na Rua Gabino Besouro, no Bairro Volta Seca. Lá conheceu o
"Seu Vicente Ferreira", grande entusiasta da Revolução Acreana e conheceu
também o "Velho João Roxinho", que tinha trabalhado com o Dr.Genesco de Castro.
Atualmente o Prof. Nazareno tem 58 anos, mora e trabalha no município de Senador
Guiomard, vizinho a Rio Branco no Estado do Acre.
Esta Biografia do Prof. Nazareno se faz presente neste Documentário por conta de ser a
página mais visitada no Site Nazá.Com.br/nazarenolima nos EUA,
Alemanha Malásia e Federação Russa.
Prof. Nazareno Lima em 5-7-2015.
NAZARENO DE OLIVEIRA LIMA, nasceu em 25 de Novembro de 1955
no seringal Guanabara, antiga Villa Avelino Chaves, no alto rio Yáco, município
de Sena Madureira, Território Federal do Acre. Aprendeu as primeiras letras com
a mãe Maria José Lopes, que havia feito a 2ª Série primária em Mecejana, no Estado
do Ceará onde nasceu e foi criada. Começou o trabalho no corte da seringa em 1965,
então com nove anos de idade ajudando o pai. Em 1972 foi para Rio Branco-Acre
com fins de estudar. Fez o MOBRAL em 1973 e em 1974 o Projeto Minerva que
equivalia na época, ao Ensino Fundamental.
Em 1975 voltou ao seringal para o trabalho no corte da seringa pois, era difícil
emprego em Rio Branco. Em 1976 voltou a Rio Branco, onde fez o 1º Ano
Básico no Colégio CESEME. Em 1977 voltou novamente ao seringal para o
trabalho de seringueiro e em 1978 volta à Rio Branco para fazer o Supletivo do
2º Grau. No dia 8 de Janeiro de 1979 é aprovado no Vestibular de Geografia da
Fundação Universidade Federal do Acre, obtendo o 28º lugar. Em Julho de 1979,
abandona o curso de Geografia e entra para o Seminário da OSM
(Ordem dos Servos de Maria)da Igreja Católica, onde estudou com vários
Teólogos da Igreja, entre eles Clodovis, Leonardo e Lina Boff; Frei Betto,
Bispo D. Moacyr Grecchi, Frei Tomás Trombetti, além de Edilson Martins,
José de Souza Martins, Pedro Martinello e tantos outros. Nessa época conheceu
Chico Mendes e muitos dos sindicalistas que lutavam contra as derrubadas das
florestas do Acre pelos fazendeiros. Engajou-se nas Comunidades Eclesiais de
Base e trabalhava na orientação dos trabalhadores contra as explorações. Largou
o Seminário em 1981 e voltou novamente ao seringal onde produziu 1 tonelada de
borracha para ajudar sua mãe comprar uma casa em Xapuri. Em 1982 voltou a
Rio Branco onde dividia uma casa no Bairro Bahia com Chico Mendes, Lazinho
e Aníbal Diniz, André e Osmarino Amâncio. Em seguida passou a dividir uma casa
com Chico Mendes apenas, no Bairro Preventório e foi nessa época que começou a
escrever com Chico Mendes, "Solilóquio à Minha Mãe", uma das maiores
expressões poéticas de cunho crítico e que jamais foi publicada no Acre.
Fez novamente o Vestibular para o Curso de Geografia da Universidade Federal do Acre
em 1987 com fins de tornar Científica a luta de Chico Mendes, pois segundo o professor,
Chico Mendes e os Trabalhadores do Acre não venciam essa justa batalha por conta do
grande empirismo que havia nos seus ideais. Obteve neste Vestibular de 1987 o 8º lugar,
porém houve uma grande frustração no professor: em 1988, na metade do curso, Chico
Mendes morreu. Segundo ele "Chico Mendes morreu de graça". Morrer de graça, na
linguagem dos seringueiros é não preservar a vida, é não se defender o suficiente,
é se descuidar da vida, é facilitar. Segundo ele, Chico tinha muitas responsabilidades a
cumprir, como esta que tinha com ele, era um projeto que não podia dar errado.
Terminou o Curso de Geografia em 1990, graças a um apoio que recebeu do Prefeito
Adalberto Aragão Silva, o qual era seu amigo particular e também do Prefeito Jorge
Kalume. O Prof. Nazareno sempre dizia nos corredores da UFAC em 1992/93, fazendo
Pós-Graduação em Meio Ambiente que depois da morte do Chico, ele tinha ficado como
que meio atordoado, mas apesar de tudo estava tocando a vida. Foi nesta época que
escreveu "Maus Lamentos de 91" em 1991; "Ecos Amazônicos" em 1992 e "Aqui”,
em 1993. Em 1994, foi aprovado no Concurso Público para o Cargo de Professor Efetivo
de Geografia da Secretaria de Educação do Estado do Acre pois, antes era um simples
funcionário da Prefeitura Municipal de Rio Branco. Em 1995 vendo a dificuldade que os
alunos das Escolas de Rio Branco tinham para absorver os conteúdos da Ciência
Geográfica principalmente a Cartografia, elaborou um projeto de pesquisa sobre as origens
da educação no Acre e a Educação do Seringueiro. Esse trabalho de pesquisa baseado na
Psicologia e Genética que estudou com o Ph e D italiano Tomás Trombetti, depois de
concluído chamou-se: A HEREDITARIEDADE DOS INSTINTOS e foi muito criticado
pelos Professores do Acre. Com isso o Prof. Nazareno deixou de pesquisar sobre Educação,
passando a pesquisar sobre a Geofísica. Ainda em 1995 elaborou o Projeto de Pesquisa
sobre a situação do Rio Acre a qual quando concluída em 1998 afirmava que o mesmo
secaria antes de 2010: em 2005 ele entrou em estado de alerta. Ainda em 1995 elaborou
o Projeto de Pesquisa sobre o Crescimento Vegetativo da Floresta Amazônica.
Esse projeto não foi concluído por falta de recursos, uma vez que dividia-se em várias
etapas, porém a parte relativa a bacia do Rio Acre foi concluída e o Professor com isso,
descobriu o "Dissecamento"(perca de umidade generalizada do solo dentro da floresta
densa). Esse fator segundo ele levaria ao risco de um grande incêndio na floresta do
Acre, o que aconteceu também em 2005. Esse trabalho foi publicado no Jornal O Estado
de São Paulo. No ano 2000 escreveu "TUDO DE MIM-2000", um texto também ligado a
Poesia Crítica. Em 2003, tenha talvez escrito o seu mais alto poema crítico:
"IV VISÃO-2003", o qual chamou a atenção de muitos críticos de Rio Branco.
A partir de 2004 ficou afastado da sala de aula por problemas de saúde e graças a um apoio
do Prof. Sérgio Roberto da UFAC. A partir daí envolveu-se em um projeto, para
recompensar, segundo ele o salário que recebia fora de sala-de-aula: elaborou a
TTT - Teoria da Termodinâmica da Terra -essa teoria tem por fins explicar causas e
formas de vários fenômenos físicos da Terra, como por exemplo os Terremotos que
segundo o Prof. Nazareno, a terra não treme e nem tampouco sofre nenhum abalo
sísmico, o que ocorre é uma negatividade momentânea do equilíbrio gravitacional.
Ainda segundo o Prof. o Sol não é quente o que é quente é a Terra e o Raio do
relâmpago não desce da Atmosfera e sim sobe da Terra para esta. Essa maluca teoria
como os acreanos consideraram, ainda afirma que o Homem não veio à Terra por
Criação como cita os Evangelhos e nem tampouco por evolução como citou Charles
Darwin, o homem veio à Terra por Meiose ou seja, foi com as condições do meio que
o homem apareceu e em vários lugares da Terra em épocas diferentes porém próximas.
Ainda cita esta Teoria, um meteorito que caiu nos EUA à 65 milhões de anos e que foi
este fato que deu condições à Terra para a existência dos mamíferos, inclusive o Homem.
Com o descrédito dado pelo povo acreano a esta teoria, o Professor abandonou a pesquisa
sobre Geofísica e dedicou-se a partir daí a pesquisar somente sobre a História.
Em 2008, escreveu "ACRE-A HISTÓRIA DA HISTÓRIA-2008",de 350 páginas para
comemorar os 100 anos da morte do Cel. Plácido de Castro e também para que não morra
a História do Seringueiro. Em 2009, juntamente ao Prof. Isaac Ronaltti do TJ-AC
que tornou-se seu amigo e parceiro da Historiografia Acreana montaram o livro "A Boca Do Varadouro", uma coletânea de vários poemas críticos inclusive o "Solilóquio à Minha Mãe",
porém não foi publicado por falta de recursos. Em 2010 começou a escrever "A ÚLTIMA
REVOLUÇÃO DO ACRE" e chegou a 100 páginas, porém foi aconselhado por alguns amigos
seus inclusive o Prof. Isaac Ronaltti do TJ-AC, que os casos são muito recentes e por isso
precisa-se dar mais tempo ao tempo, assim o projeto está em evidencias.
Em 2012, elaborou outro projeto (o último); escrever o livro "NOVOS TEMPOS" em
homenagem a extinta classe dos Seringueiros, principalmente do Acre. A simpatia pela
Historiografia Acreana começou em 1972, quando chegou em Rio Branco-Acre pela
primeira vez e foi habitar na Rua Gabino Besouro, no Bairro Volta Seca. Lá conheceu o
"Seu Vicente Ferreira", grande entusiasta da Revolução Acreana e conheceu
também o "Velho João Roxinho", que tinha trabalhado com o Dr.Genesco de Castro.
Atualmente o Prof. Nazareno tem 58 anos, mora e trabalha no município de Senador
Guiomard, vizinho a Rio Branco no Estado do Acre.
Esta Biografia do Prof. Nazareno se faz presente neste Documentário por conta de ser a
página mais visitada no Site Nazá.Com.br/nazarenolima nos EUA,
Alemanha Malásia e Federação Russa.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
A Enchente do Rio Madeira e o Isolamento do Acre - Nazareno Lima - 03-04-2014
O isolamento do Estado do Acre causado pelo alagamento do Rio Madeira e que causou o fechamento temporário da BR-364, é algo muito sério e que traz ao povo e também aos intelectuais acreanos um momento de poderosa reflexão.
Esse fenômeno, que até então todas as bocas disseram ser natural, ele é puramente administrativo.
Esse fenômeno, que envolve mais uma vez o maldito/centenário Rio Madeira, aquele que causou a morte de milhares de nordestinos, caboclos e índios na construção da E.F. M. M. em 1910 e que antes já havia causado inúmeros vexames dos exploradores amazônicos do século XIX, desde Willian Chandless em 1859, Urbano da Encarnação em 1861, A. D. Paiper em 1873 até Pereira Labre em 1888, além de tantos outros, à procura de uma ligação da Amazônia brasileira com a Bolívia evitando assim as cachoeiras do maldito Rio Madeira.
Quando o Presidente Lula projetou a construção das barragens que levaria a instalação das Usinas Hidrelétricas no maldito Rio Madeira no Estado de Rondônia, alertou aos Governos dos Estados do Acre, Amazonas e também de Rondônia, a construção das Hidrovias no próprio Rio Madeira e também no Rio Purus. O Presidente, talvez por ter grande conhecimento da problemática do Acre e seus vizinhos já imaginava que a construção daquelas barragens poderia causar transtornos e esses povos.
Acontece que os governos do Acre, Rondônia e Amazonas, não acreditaram na possibilidade desses transtornos e não se interessaram pelo projeto da construção das hidrovias.
Hoje, com o isolamento do Estado do Acre, a única saída é o transporte fluvial e sem um porto se quer no Rio Purus, no Rio Acre e no Rio Madeira para atracar as poderosas balsas que se arriscam em trazer os suprimentos para os povos do Acre que antes das estradas de rodagens, foi abastecido pelos vapores, tanto na importação de mercadorias como na exportação da borracha por mais de 90 anos.
Esse fenômeno, que até então todas as bocas disseram ser natural, ele é puramente administrativo.
Esse fenômeno, que envolve mais uma vez o maldito/centenário Rio Madeira, aquele que causou a morte de milhares de nordestinos, caboclos e índios na construção da E.F. M. M. em 1910 e que antes já havia causado inúmeros vexames dos exploradores amazônicos do século XIX, desde Willian Chandless em 1859, Urbano da Encarnação em 1861, A. D. Paiper em 1873 até Pereira Labre em 1888, além de tantos outros, à procura de uma ligação da Amazônia brasileira com a Bolívia evitando assim as cachoeiras do maldito Rio Madeira.
Quando o Presidente Lula projetou a construção das barragens que levaria a instalação das Usinas Hidrelétricas no maldito Rio Madeira no Estado de Rondônia, alertou aos Governos dos Estados do Acre, Amazonas e também de Rondônia, a construção das Hidrovias no próprio Rio Madeira e também no Rio Purus. O Presidente, talvez por ter grande conhecimento da problemática do Acre e seus vizinhos já imaginava que a construção daquelas barragens poderia causar transtornos e esses povos.
Acontece que os governos do Acre, Rondônia e Amazonas, não acreditaram na possibilidade desses transtornos e não se interessaram pelo projeto da construção das hidrovias.
Hoje, com o isolamento do Estado do Acre, a única saída é o transporte fluvial e sem um porto se quer no Rio Purus, no Rio Acre e no Rio Madeira para atracar as poderosas balsas que se arriscam em trazer os suprimentos para os povos do Acre que antes das estradas de rodagens, foi abastecido pelos vapores, tanto na importação de mercadorias como na exportação da borracha por mais de 90 anos.
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