quinta-feira, 20 de agosto de 2015



AGOSTOS - 30-08-2014
Nazareno Lima

        - VI -
Entre Agostos e desgostos, vejo
Malabarismos de mil saltimbancos,
Barbaridades de cem mil arrancos,
Contra as verdades que eu sempre almejo.

Na qualidade do sabor do beijo,
Quero pensar como os heróis brancos,
Impulsionado por mil solavancos,
Curar Minh’alma desse grande aleijo!

E quando o último Jornal dos Oprimidos,
Listar a relação dos esquecidos
E nesse Rol figurar meu pobre nome...

Sairei do anonimato então proscrito
E soltarei na Floresta um grande grito:
Que um homem no Brasil venceu a fome!


      - VII -
Talvez por ser deste humilde povo,
Que sofre, sofre e sofre sem parar
Pois, sobra gente à nos explorar
E a cometer este enorme estorvo!

Tal para Augusto, a função do corvo
E para Marx, o jeito de ganhar...
Eu vejo o mundo à me expropriar
E por isso a dor me atacou de novo!

E às 3 horas em pleno abandono,
Quero dormir mas não acho o sono
E... Fico assim à pensar na vida...

E uma pergunta me martela a alma
Quando será que isto se acalma?
Porque a Fé não pode ser vencida !!!
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Um comentário:

  1. Este poema de nominado 'Agostos', está contido no livro "Novo Tempo" que retrata um pouco a vida do Seringueiro do Acre e também os demais povos da floresta.

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