sexta-feira, 1 de junho de 2018

Biografia do Cel. José Galdino de Assis Marinho.



Coronel José Galdino de Assis Marinho em 1920

Cel. José Galdino de Assis Marinho, chegou ao Acre por volta de 1894, para trabalhar como gerente no chamado "Complexo de Bom Destino", da firma Soares & Victor - Um aglomerado de 08 seringais somando mais de 800 estradas de seringueiras de Aprígio Soares da Silveira e Joaquim Victor da Silva no baixo Acre. Com a chegada dos bolivianos à região do Acre e também depois de sua participação na chamada Expedição dos Poetas, Galdino acertou os negócios com Joaquim Victor e comprou o seringal Victória do português Alfredo Pires, duas horas acima da foz do rio Xapury no alto Acre, onde chegou em 1900 com 50 homens trazidos do Ceará e 40 contos de Réis em mercadorias, segundo o Jornal "Folha do Acre". Depois da Revolta do Cel. Plácido, da qual participou ativamente, Galdino comprou o vizinho seringal Filipinas e somou-se ao Victória e ali permaneceu por quase vinte anos. Foi o mais injustiçado de todos os revolucionários do Acre.  O Cel. José Galdino foi o mais importante depois de Plácido na Revolução, uma vez que esta dividiu-se em duas: a do Baixo- Acre comandada pelo Cel. Plácido e a outra no Alto-Acre comandada pelo Cel. Galdino.  Ele foi a retaguarda geral da Revolução e se não fosse ele, Nicolás Suárez e os caboclos de Miguel Rocca teriam invadido Xapury e todo o Alto Acre e em seguida as tropas do General Pando teriam sufocado a Revolução Acreana de 1903. Galdino foi tão injustiçado pelos Alexandrinistas do Acre que nem se quer uma foto no Álbum dos heróis do Rio Acre o "Grande" Emílio Falcão pôs, além de dois processos por injúrias respondeu esse Coronel em Xapury, o último de 1916 a 1920, quando passou 3 anos preso no quartel da Companhia Regional em Rio Branco, apesar da idade avançada. Foi julgado e absolvido em 1920, no maior julgamento em que a cidade de Xapury, junto ao julgamento de Chico Mendes, já viu em todos os tempos. No dia 18 de junho de 1921 o Coronel José Galdino junto a parte de sua família embarcou na lancha "Curityba", em Rio Branco com destino a Belém onde fixaria residência com fins de tratar da saúde. Depois disso não houve mais notícias dele. Galdino fora tão injustiçado no território acreano que aquela rua que tem seu nome no Bairro do Bosque em Rio Branco - Acre não se faz por seus brios na Revolução Acreana e sim uma recompensa pela injustiça clara que sofreu em Xapury, cidade esta, onde passara a maior parte de sua vida ativa.  Apesar destas perseguições que sofreu, o Cel. José Galdino jamais se revoltou ou reclamou destas injúrias, retirou-se do Acre por necessidade e não por revolta, o que não aconteceu outros de seu tempo. Galdino nasceu na cidade de São Pedro da Ibiapina, Serra da Ibiapaba, no Estado do Ceará no dia 18 de abril de 1850 e faleceu em Belém - Pará, no dia 30 de setembro de 1933.  Era casado com a Sra. Maria de Jesus Assis Marinho e pai da Sra. Maria Amélia Marinho Dantas, esposa do Major Francisco Dantas Sobrinho. O major Dantas Sobrinho em 1933 ainda residia em Xapury.






2 comentários:

  1. Respostas
    1. Como não falam da naturalidade do Coronel José Galdino?
      Ele nasceu em São Pedro da Ibiapina no Estado do Ceará em 1850.
      Será que não leram?

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