Tenente-Coronel
Justo Gonçalves da Justa em 1906, aqui fotografado por Emílio Falcão em Xapury
onde o Tenente Justa (como era conhecido) sempre viveu. Nascido na Serra da
Aratanha - Pacatuba - Ceará, no dia 10 de dezembro de 1876. Descendente de uma
família de intelectuais do Estado do Ceará, o Tenente Justa chegou em Xapury em
1894 e foi realmente o único intelectual que lutou com Plácido. Foi ele quem
fundou com o Dr. Francisco d'Oliveira Conde o primeiro jornal de Xapury e de
todo o rio Acre: "O Acre" em 1907. Com grande habilidade tanto
na escrita como na oratória, o Ten. Justa era apaixonado pela Cultura e pela
História segundo informações de filhos e netos de revolucionários do Acre, foi
ele quem ficou com grande parte dos apontamentos e arquivos de Plácido e da
Revolução. Ele tinha em seus arquivos, todo o relatório dos combates da
Revolução como: quantidades do efetivo, nomes, idade, mortos, feridos e etc.
Trabalhou com o Dr. Mangabeira no Capatará tratando dos feridos e
aniquilados da guerra, onde se tornara amigo do Poeta chegando a lhe dar a
ideia de fazer o Hino do Acre.
Em 1910 era
Delegado de Polícia em Xapury.
Em 1911 integrava
o grupo xapuryense amigo de Gentil Norberto, além dele constava: Cel. Rodrigo
de Carvalho; Ten. Manoel Leopoldino Pereira Leitão Cacella; advogado Antonio
Brunno Barboza; Dr. Francisco D'Oliveira Conde; Cel. Francisco Simplício
Ferreira da Costa; Ten-Cel. João Gomes Teixeira; Dr. Emílio Falcão; Cel.
Antonio Vieira de Souza; major Arthur Benigno da Costa Lima; Cap. Alexandre
Farah, além de outros.
Em 1912 era
Tabelião interino substituindo o Cel. Rodrigo de Carvalho e foi nessa época
que, por incentivo do desalmado Dr. Gentil Norberto, sobre a Autonomia do Acre,
o Ten. Justa junto com alguns amigos seus, entre eles o guarda-livros do
seringal "Santa Fé" Gastão Mavignier; Antonio Joaquim
Guimarães; Raimundo Pinto Bandeira, além de outros, pegaram corda e no
amanhecer do dia 20 de março de 1912 fizeram uma espécie de serenata que terminou numa rebelião em Xapury. Se amotinaram
numa espécie de coreto que ficava atrás do Hotel Casa Branca, onde a Polícia, à
mando do Delegado de Polícia Achylles Peret, abriram fogo e eles reagiram ao
tiroteio, onde morreram o Cel. Victoriano Maia; o advogado Lydio Soutolima; o
sargento da Guarda Municipal, João de Sant'anna Filho; Raymundo Terto,
trabalhador do Cel. Victoriano e mais duas pessoas, além de vários feridos.
Nesse incidente o Ten. Justa foi gravemente ferido e por conta disso adquiriu
um problema renal que lhe custou caro e tornou-se crônico, além de ficar com um
dos braços paralisado.
Sobre esse incidente veja o que disse o "Jornal do Commercio" de Manaus-Amazonas do dia 7 de Abril de 1912, inspirado em depoimentos de familiares de vítimas e em informações do jornal "O Acreano" de Rio Branco - Acre.
A partir disso não teve mais saúde o Ten. Justa e depois de vários tratamentos em Manaus, Belém e até em Fortaleza, morreu pobre e quase à míngua no Hospital da Candelária em Porto Velho - Rondônia onde fora à bem de Saúde no dia 26 de agosto de 1920.
Sobre esse incidente veja o que disse o "Jornal do Commercio" de Manaus-Amazonas do dia 7 de Abril de 1912, inspirado em depoimentos de familiares de vítimas e em informações do jornal "O Acreano" de Rio Branco - Acre.
A partir disso não teve mais saúde o Ten. Justa e depois de vários tratamentos em Manaus, Belém e até em Fortaleza, morreu pobre e quase à míngua no Hospital da Candelária em Porto Velho - Rondônia onde fora à bem de Saúde no dia 26 de agosto de 1920.
Esse é mais um
exemplo das mazelas deixadas no Acre pelo Dr. Gentil Tristão Norberto e que
foram bastante retratadas por Genesco de Castro irmão de Plácido, quando acusou
aquele cidadão de incentivar a morte do Libertador do Acre, o que muitos
acreanos até hoje não acreditaram. Com o Ten. Justa foi-se também informações
históricas que podendo ter sido publicadas desapareceram no anonimato.
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