sábado, 23 de novembro de 2013
MINHA FALTA - 18/06/2000 - Nazareno Lima
MINHA FALTA - 18/06/2000
Nazareno Lima
⦁ I –
Eu tenho um tato, um olfato, um faro...
Que não entendo, de que lugar vem
Talvez de Deus, da Genética ou do além,
De ser um Ser de valor muito raro!
A minha sensibilidade eu comparo,
A de um espírito; o humano não tem
E quando tem não a usa para o bem,
Pôr isso pela vida, eu pago um preço caro!!!
Faz muito tempo que tive um aviso,
Que a minha morte será um prejuízo
A este mundo pobre e descuidado!...
Quando eu aqui, deixar de ter vivido;
Vasculharão meu lixo, escondido
Para estudarem o meu pobre passado!
⦁ II -
A resultante de tanto sofrer
E o antropomorfismo dos neuróticos,
Fizeram de mim um dos exóticos,
Com uma fome enorme de conhecer!
A psicologia dos psicóticos,
Faz-me sentir sem conhecer:
O que penso, não dá para escrever
Mesmo que fosse nos estilos góticos!
Para a humanidade seria um horror;
Se acaso um mega computador,
Captasse toda a minha arte infinda ...
E, sinto haurindo o universo imenso,
Que a Dialética Antagônica que penso,
Nenhum ser humano pensou ainda!
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Neste poema o Prof. Nazareno Lima fazendo um auto análise, usa a psicologia Fenomenalista de Heidegger. Isso ocorre quando o Professor rebate as mais poderosas críticas que recebia da comunidade acreana e amazônica numa das fases mais difíceis de toda a sua vida.
ResponderExcluirUma outra particularidade que envolve a Poesia Critica do Prof. Nazareno Lima é o historicismo usado. Isto tanto se refere a data que sempre ele usa como logotipo ou marca até a utilização de personagens importantes do passado. Geralmente esse fato é usado pelos pobres poetas nordestinos como foi o caso de Augusto dos Anjos e entra como uma espécie de "carona" , para que uma poesia simples se torne mais procurada.
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