sábado, 20 de outubro de 2018

POESIAS ACREANAS - J. G. de Araújo Jorge - 1934

Canteiro de Opalas
J. G. de Araújo Jorge - 1934

Céu azul… céu lilás… Noite azul, tropical
que através da janela eu fito deslumbrado,
como o sapo infeliz, de olhar quieto e parado
que mora sem ninguém no fundo do quintal…
Abóbada que encima a imensa catedral
do Universo, onde o poeta, um Deus por Deus deixado
na terra, vai abrir seus olhos, consolado
na extática visão de uma obra magistral…
Quando o vejo a pulsar numa noite bonita,
Parece, nem sei bem – um “canteiro” de opalas
cujo pólen é a luz que nos astros palpita…
Opalas que eu adoro! Em vão tento colhê-las!
– Quisera na minha alma azul também plantá-las
para ter no meu peito um punhado de estrelas!…

Nenhum comentário:

Postar um comentário