segunda-feira, 7 de março de 2016

SOLILÓQUIO À MINHA MÂE - 1982


            Nazareno Lima e Chico Mendes

Como um vale que a outro vale encerra;
Tal a colina que a outra colina encobre;
Sinto a pior das injustiças feita a um pobre
E a violência feroz da guerra!!!

Pode, a Química à serviços da vida,
Com seus poderes equidistantes,
Fabricar os mortíferos desfolhantes,
Para sacrificar nossa Mãe querida???

Seguiremos assim com nossa essência:
Lembrando do que dizia Osmar Facundo;
Apesar de vivermos nos confins do submundo,
Ao invés da paz, nos vem a violência!

Da sociedade, essa mancha ativa
Que vejo mais forte em cada crepúsculo...
Minha saída é escrever este opúsculo,
Aos companheiros que nos incentiva!

Foi esta angústia que me fez Aedo:
Esta dor amarga-me mais que a quina;
Tais mudanças que minha alma abomina
E repetirei até no meu último credo!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Nenhum comentário:

Postar um comentário