domingo, 7 de janeiro de 2018

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992


           INQUIETUDE - 1992
                            Nazareno Lima

Na depressão emocional mutante
Que, periodicamente, variável, carrego ...
Na indiferença estúpida de um cego,
Aceito, inerme, como hospedeiro errante!

Falta Deus, Natureza, Energia e avante
Eu sigo. E só sigo, não me entrego
Pois, não há para quem. Com quem me apego,
É em vão. Não há resultado transfigurante!

Como precisam os Capitalistas, dos capitais:
Precisamos de realidades materiais
Para içar nossas esperanças mortas ...

Nós precisamos de positivas energias,
Para esquentar nossas ideias frias,
Que já cansaram de nos bater às portas!

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* O poeta falava em 1992 sobre a desilusão de
salvar a Floresta das grandes derrubadas e
devastações ambientais pelas quais estavam
passando os povos seringueiros, principalmente
após a morte do grande líder Chico Mendes.

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