- II -
Esses espaços que
me foram caros
Em tempos raros de
pouco prazer ...Eles que viram todo o meu sofrer
E talvez riram dos meus desamparos !!!
Essas Mangueiras
do Tufic Assmar ...
O Rio Acre
trespassando a Ponte,
O Sol vermelho se
pondo no Horizonte
E um fazendeiro
pensando em queimar!
O Ponto de ônibus
que cheirava mal ...
A Rua Acre de
calçadas largas ...
Os Benjamins da
Getúlio Vargas
E o Mauro Modesto
no Bar Municipal!
As Casas Baptista
de Jorge Lacocat...
A Praça dos
Catraieiros... o Banco do Estado,
O Banco do Brasil
em frente ao Mercado
E o “Raimundo do
Correio” tirando o crachá!
O “Chefe” fechando
seu loja pequena,
O Paulo falando do
movimento fraco,
O João Germano
cortando tabaco...
E o “Pastor”
comprando gás no Milton Lucena!
O Cícero Moreira
falando nas comadres...
O Jorge Cardoso
com o cabelo comprido...
O Medeiro
mostrando seu relógio Mido...
E a meninada
saindo do Colégio dos Padres!
Época de estiagem;
há dias não chovia:
A população
aumentava a rotina ...
Um cartaz na
frente da loja Grãfina
Anunciava ao povo
o Artigo do Dia!
Se fosse humilde
ou mesmo bacana,
O mercado atraía
qualquer cidadão,
Também um baixinho
de nome João,
Caixeiro das lojas
A Pernambucana!
O Chico Dantas com
seu táxi parado!
Descontentado com
o calor do dia,
Alcides falava com
Dona Alegria
Sobre o preço do
rolo de arame farpado!
Defronte a praça
o velho banco BASA
Vizinho do antigo
D.O.V. finado,
Um seringueiro
passando apressado
No pensamento de
voltar para casa!
Esse Palácio de
nome Rio Branco...
Hoje tão branco,
parecia cinza,
O som do motor
parecendo “guinza”
E o Zé Paulino
sentado num banco.
A velha praça sem
se quer, uma fruta:
A Casa Zeque ... O
Quartel da Guarda ...
Passava uma moça
de nome Eduarda
Indo ao grupo Presidente
Dutra!
O Hotel Rio Branco
de 2º andar,
No térreo o Bar,
os bancos redondos,
Os ônibus fazendo
barulhos hediondos...
As garçonetes não
paravam de falar!
Osmath Duck ,
vestido num fraque.
Enquanto Abdala me
cumprimentava,
Waldick Soriano
bebia e fumava
Preparando-se pra
um show no Cine Acre!
A LBA com a
estrela na porta ...
A visão da ladeira
da Maternidade ...
Os degraus da
entrada da Universidade
E o barulho do
Jeep do Raimundo da Horta!
Ao pensar nos
problemas que alavanco,
Vejo a
Prefeitura... O SBORBA... o Posto Sabbá..
O Meu Cantinho...
o SERDA na Av. Ceará...
E um pouco adiante
o Jornal O Rio Branco!
Sem pensar na
dificuldade futura
E talvez mais estoico
que Epiteto,
Eu, via Adauto
Frota todo de preto,
Indo da Universidade para a Prefeitura!
A Rural do Bruzugú pegando no
tranco...
O Pranchão chamando uma mulher de
lerda...
O Pedro fumando na frente do
SERDA
E o Gibiri saindo do Jornal
"O Rio Branco"!
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