AGOSTOS
- III -
Atribulado por
estes meus meios
Que hoje creio, ser
o meu pecado,
Articulado por
poucos anseios...
Eu lembro enfim do
meu pobre passado!
Impulsionado por
mil devaneios...
Por entre veios...
Desarticulado...
Uma estrutura que
faltam os esteios
Que está no meio do povo explorado!
Seguindo assim
nesse vil ditame,
Longe de ter alguém que me ame
E que defenda minha
utopia…
Mas nesse vil
descontentamento,
Vivo na paz de um
confinamento,
Na articulação da minha Poesia!
- IV -
Na solidão do mundo em que me encontro,
Vejo um oceano de
desilusões
E neste palco de
mil frustrações
A Natureza me impôs esse afronto...
Depois deste terrível desencontro
De mim com as
felicitações,
Restou-me enfim as
explorações
Que do pobre, é o saldo que vem pronto!
Depois de 50 anos
de lutas
Nas planícies, nos vales e nas grutas,
Cansado... resta-me
então rezar...
E a lembrança das lutas me acende
E a resistência enfim surpreende:
A este ser que
faltou tempo para amar!
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