segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A BOCA DO VARADOURO -2008 - Nazareno Lima - Org. Prof. Isaac Ronaltti





    05 de Setembro de 2003
    ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Grande tristeza me chegou agora
Pois, a melhora foi pura ilusão ...
A euforia do meu coração,
Foi utopia e já não mais vigora !

Tanta fumaça da floresta à fora ...
Fosse mentira pois, será traição ?
Ou talvez, quem sabe? Foi desatenção
Dos companheiros por multi - labora !

Tal a paisagem dos anos 80,
A minha classe deve estar atenta:
Eu só espero que ela então não finjas ...

Devo voltar aos meus antigos brados:
O genocídio dos anos passados
Ressuscitou de suas próprias cinzas !!!
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     Os Anos Passados  -  25/11/2003
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Que me desculpem os anos passados
Que me ajudaram tanto a aprender...
Obrigando-me pois, a entender ...
As clarividências dos desesperados!

Que me desculpem os anos passados
Pela triste literatura do maldizer:
Quando só a injustiça vinha atender
A necessidade de nós, explorados!

Que me desculpem os anos passados
Por serem tanto bem interpretados
Por todas as bocas que mentiram ...

Mesmo ofuscado pelas minhas dores ...
Não consegui observar as flores
Que estes anos todos produziram !
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2 comentários:

  1. No primeiro soneto, o Prof. Nazareno Lima se refere ao aumento da devastação naquele ano, onde a fumaça das queimadas chegou a interditar o Aeroporto Internacional de Rio Branco-Acre.
    No segundo, ele se refere as dificuldades que a população menos favorecida do Acre e da Amazônia sofreram, principalmente com a inflação gigantesca das décadas de 1970, 1980 e 1990.

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  2. Ainda neste segundo soneto, na mais alta concentração psicológica e no dia do seu aniversário, o Prof. Nazareno não detona somente os tristes anos de inflação galopante que dominaram o Brasil das décadas de 1970, 1980 e 1990 mas também os intelectuais que julgaram estas décadas como positivas. São por estas e outras expressões que este intelectual (até então não considerado como tal) recebeu as maiores criticas que um pensador pode ter recebido no Acre, Nem mesmo Juvenal Antunes que vivia diariamente no bar Tentamem em Rio Branco Acre, na década de 1940, bebendo e fumando rodeado de mulheres e para estas fazendo as mais altas e elogiosas poesias, recebeu críticas semelhantes. Mas o certo é que Platão tinha razão quando falou da Caverna e da sociedade Cavernocrata.

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