quarta-feira, 13 de julho de 2016

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992

ECOS AMAZÔNICOS - 05-09-1992
                                  Nazareno Lima

O cansaço que me vinha ao fim do dia;
Num balseiro, o chiar duma mucura
E o cheiro da baunilha já madura
Prediziam a chacina que viria!

O sol brando vez ou outra inda brilhava;
Com anelo, esperava-se o noteiro
E um cachorro que latia no terreiro
Predestinavam essa sina que chegava!

O pio agudíssimo dos tucanos
Que eu ouvia em abril após as chuvas
E o chiado sufocante das saúvas
Prediziam o teu fim em poucos anos!

O assobio estridente de um soim,
O alto chalrar de um papagaio ...
E os matutinos pingos do orvalho de Maio
Já previam o início do teu fim!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Obs. O poeta Nazareno Lima previa,
numa poesia crítica o fim da Floresta
anunciada precocemente, não só pelo
som animais mas, por todas as ações
da própria Floresta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário