ECOS AMAZÔNICOS - 05-09-1992
Nazareno Lima
O
cansaço que me vinha ao fim do dia;
Num
balseiro, o chiar duma mucura
E
o cheiro da baunilha já madura
Prediziam
a chacina que viria!
O
sol brando vez ou outra inda brilhava;
Com
anelo, esperava-se o noteiro
E
um cachorro que latia no terreiro
Predestinavam
essa sina que chegava!
O
pio agudíssimo dos tucanos
Que
eu ouvia em abril após as chuvas
E
o chiado sufocante das saúvas
Prediziam
o teu fim em poucos anos!
O
assobio estridente de um soim,
O
alto chalrar de um papagaio ...
E
os matutinos pingos do orvalho de Maio
Já
previam o início do teu fim!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨Obs. O poeta Nazareno Lima previa,
numa poesia crítica o fim da Floresta
anunciada precocemente, não só pelo
som animais mas, por todas as ações
da própria Floresta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário