segunda-feira, 11 de julho de 2016
POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992
MAUS LAMESTOS DE 91
Nazareno Lima
- XLVIII -
Mãe apesar de que estou desprezado
E mais maluco do que Nietzsche foi!
Apesar da Floresta dar lugar ao boi,
Tornando o meu povo mais atrasado!
Apesar da doença que me atacou
E da vasta crise que me debilitou
Não me arrependo de ter lutado:
É triste viver com tanta saúde,
Com a gigantesca força da juventude
E invés de consciente ser alienado!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
- LVI -
Deste meu triste eco, o impulso,
Vem do desespero das Classes Dominadas;
Pelo insano Capital, violentadas
E trazem consigo o ideal convulso!
Esse infeliz grito atabalhoado
É a vil saida do homem explorado
E que traz na alma o pensamento avulso:
E é esse maldito eco desordenado...
A herança da exploração do passado...
O lamento do seringueiro expulso!
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