PANORAMA
Mário de
Oliveira
Por sobre
a mata verde, que se estende
Qual um
tapete gigantesco, imenso,
O pássaro
metálico distende
As asas
brancas, como um pando lenço.
Em baixo,
o oceano florestal resplende
Em
pujante beleza, que até penso
Pairar
sobre um mar, de onde rescende
Um odor
estranho, inebriante e denso.
Além,
flocos de nuvens, como ovelhas
De um
rebanho celeste, de que Eólo
É o
pastor sideral, correm parelhas...
E o Acre,
silencioso, serpenteia
Em baixo,
em mil volteios, sobre o solo,
Qual
anaconda imensa, que coleia...
Rio Branco - Acre,
12 de setembro de 1943.
Nenhum comentário:
Postar um comentário