domingo, 5 de fevereiro de 2017
POESIAS ACREANAS
Romeu Jobim - 1926 - 2015
ÁRVORE MORTA
Romeu Barbosa Jobim - 1943
Já não balanças, ao sabor do vento,
enchendo-nos de efêmera alegria,
nem és a confidente do tormento
humano, ou da ventura fugidia.
Já não te expandes para o firmamento
nem ouço, à tua fronde, a melodia
de alígero cantor que busca alento;
o lavrador em ti não vê magia...
Jaz, na campina, teu corpo estirado,
qual enorme gigante que deitasse,
após renhida luta, fatigado.
Mas berço, esquife, casa ou lenha pura
(em teu lugar já outra árvore nasce),
embora morta, o teu valor perdura.
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