TANTAS
E POUCAS -
08/06/2000
Nazareno Lima e Evandro Teixeira
Tanta
gente que lutou ...
Tanta
gente que morreu ...
Tanta
gente que perdeu ...
Pouca
gente que ganhou ...
Pouca
gente que fingiu ...
Tanta
gente que chorou ...
Tanta
gente que ficou ...
Tanta
gente que partiu !
Quanta
gente se empenhou
Para
mudar os sistemas ...
Lutas
que causaram penas
E
de nada adiantou!
Nas
Américas, nas Europas ...
Vi
surgir tantos fracassos ...
Vi
o som de tantos passos ...
Vi
o fel de tantas copas!
Vi
o som de tantos tiros ...
O
gemer de tantas bocas ...
Vi
cabeças quase loucas
E
o ar de tantos suspiros !
Vi
mulheres entre gritos ...
Crianças
desesperadas ...
Vi
famílias separadas
Ao
som de altos apitos !
Allende,
Fidel e Che;
Força
mansa e força bruta.
Adiantou
tanta luta?
Hoje
resta ainda o quê ?
Lênin,
Stalin e Trotsky;
Que
luta vocês fizeram?
O
tempo as desfizeram...
Nada
mais existe ali!
Zapata,
cadê você ?
Huerta
e Pancho Villa?
O
México virou tequilla!
Tanta
luta para quê ?
Hitler
e Mussolini,
Para
quê tanto Nazismo?
Foi
um não idealismo
Que
o mundo não define!
Franco,
porquê razão?
Que
pensavas, que dizias?
Pôr
tantas vis utopias
Criaste
a revolução!
Sandino,
qual teu destino?
Que
pôr meras cargas d’água,
Inflamou
a Nicarágua
E
nosso Zé Genoíno!
A
mim também inflamastes,
Neste
Estado pequenino:
Chico,
Eu e Osmarino
Fazendo alguns empates!
Este
filme que assisto ...
Estas
causas me acende!
Porquê
Isabel Allende,
Me
fez lembrar tudo isto?
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
*O cinema as vezes inspira muitas
cabeças mundo à fora, um exemplo
Isso levou o poeta a escrever esse trecho de
leitura com um seu companheiro, o
professor de Literatura e Inglês
Evandro Teixeira, numa escola de
Rio Branco - Acre -Brasil no ano 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário