sábado, 2 de setembro de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 1992



      Recado à minha Mãe – 07/11/90
                                  Nazareno Lima

Mãe, eu não me calei pôr revolta ...
Eu sinto vontade de falar ainda!
Espero uma energia de ti vinda,
Pra içar o eco que o meu peito solta!

Ó Mãe, sejais pois, minha escolta ...
Não me atribuas esta enorme cinda!
Não posso ser agora algo que se finda
Pois, ainda tenho algo a fazer de volta!!!

Mãe, eu sinto a doença me alquebrando;
Apesar de tanto ar, o ar está me faltando
E tu, diante disso não me socorre ...

Minha vida é tão útil a sua vida:
Minha missão ainda não foi cumprida ...
Não posso morrer tal um inimigo morre!!!

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* O poeta se referia com este soneto a clareza 
com que se via a ameaça do fim da floresta 
amazônica, já naquele tempo.

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