Recado à minha Mãe – 07/11/90
Nazareno Lima
Mãe,
eu não me calei pôr revolta ...
Eu
sinto vontade de falar ainda!
Espero
uma energia de ti vinda,
Pra
içar o eco que o meu peito solta!
Ó
Mãe, sejais pois, minha escolta ...
Não
me atribuas esta enorme cinda!
Não
posso ser agora algo que se finda
Pois,
ainda tenho algo a fazer de volta!!!
Mãe,
eu sinto a doença me alquebrando;
Apesar
de tanto ar, o ar está me faltando
E
tu, diante disso não me socorre ...
Minha
vida é tão útil a sua vida:
Minha
missão ainda não foi cumprida ...
Não
posso morrer tal um inimigo morre!!!
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* O poeta se referia com este soneto a clareza
com que se via a ameaça do fim da floresta
amazônica, já naquele tempo.
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