AGOSTOS - 30-08-2014
Nazareno Lima
- VII -
Talvez por ser
deste humilde povo
Que sofre, sofre e
sofre sem parar
Pois sobra gente à nos explorar
E a cometer este
enorme estorvo!
Tal para Augusto, a
função do corvo
E para Marx, o
jeito de ganhar...
Eu vejo o mundo à me expropriar
E por isso a dor me
atacou de novo!
E às 3 horas em pleno abandono
Quero dormir mas não acho o sono
E... Fico assim à pensar na vida...
E uma pergunta me
martela a alma
Quando será que isto se acalma?
Pois, talvez vencer é luta perdida !!!
- VIII -
O pobre de hoje é um ser menor,
Não pelo corpo... ou pela beleza;
Nem pela Cultura,
que é outra proeza
Que nunca faz a
vida se tornar pior!
Não é a Paz, nem a incerteza
Nem o Dinheiro, que
não o faz maior;
A Razão e a Lógica que não andam só
E tampouco a Fé que é uma Realeza!
O que agride o
pobre nesse mundo,
É a traição do amor profundo,
Que só Vinícius um dia descreveu...
E todo pobre tende
a ser traído,
Seja ele novo,
velho ou sabido,
Pois o Amor
Completo não é todo seu!
* O poeta Nazareno Lima escreveu esse texto
Agostos em 2014 representando a classe
seringueira acreana, que em grande pobreza,
atualmente habita as periferias de
Rio Branco - Acre - Brasil.
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