segunda-feira, 6 de março de 2017

POESIAS ACREANAS - Parabéns - Nazareno Lima - 2004


PARABÉNS -  08/02/2004
                 Nazareno Lima 

              - I -
Parabéns, parabéns à você ...
Que suportou minhas tristes queixas,
Admirando estas pobres reixas ...
Imaginando como eu posso ser !

A sutileza de me compreender
É a meta para seguir minhas deixas ...
Tal o "Amigo Pedro" de Raul Seixas
É a superimpaciência de me ler !

Se Erasmo de Rotterdã me achasse louco,
Ainda teimaria em não fazer pouco,
Nassa situação de baixo muro ...

Mesmo quando a fraqueza me estafa,
Sou como o Gênio da garrafa,
Ninguém saberá o meu futuro !

                     - II -

A simplicidade é minha meta !
- Mestre, eu sou tal como falo.
Nasci como o PT, de um resvalo
Da opressão de tudo que se veta !

Se na vida, me trataram como zeta ...
Continuo a falar e não me calo !
Tal como um Astro, sigo o meu embalo,
Que é o meu único jeito de ser poeta !

Mestre - não soube viver de aparências
Mas, persegui demais as competências,
Para ultrapassar as perseguições ...

Sem querer ser como Midas,
Descobri que a mais nobre das vidas
É aceitar sem se calar, as opressões !

               - III -

- Mestre ! Desculpas pelo tratamento:
Não é sensatez de minha parte
Pois, se não fosse o leitor, a Arte
Morreria de vez no esquecimento !

A teoria do meu conhecimento
É lógica, nada há pois que afaste,
Apesar deste monstro contraste:
A Ignorância e o Desenvolvimento !

Um dos calos nestas minhas dores
É, criar mais para os meus admiradores
Apesar do grande atraso do Brasil ...

As vezes até esqueço os afrontos
Mas, desculpas também pelos "Desencontros"
Do dia 13 de Novembro de 2000 !

                 - IV -

Se falei contra o Capitalismo,
Improdutividade e Corrupção ...
Se ataquei demais a Exploração,
Foi por conta do meu idealismo !

Se critiquei enfim, o Entreguismo,
A Fome, a Miséria e a Repressão ...
Foi por conta da Grande Expulsão
Que o Acre sofreu do Colonialismo !

- Mestre ! Desculpas se não pude parar
Pois, do contrário outro iria trilhar
Este caminho penoso tal o anum ...

Perdoe-me as expressões demagógicas
E também pela "Crise Ideológica"
De 13 de Dezembro de 2001 !

              - V -
Desculpas por tudo isso ...
Por tudo quanto eu pensei
E pelo o que não falei ...
Mas inda sou submisso !

Talvez, quem sabe? Por isso
Que jamais acreditei
Nas estruturas e cismei
Hoje então pesso permisso !

Lhe agradeço a atenção
Mas, esta minha expressão
Faz no Acre eu estar só ...

Se alguém me ignorar
Mande tentar me ajudar
Escrevendo algo melhor !
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