quinta-feira, 2 de março de 2017

POESIAS ACREANAS - Estoicismo - Nazareno Lima - 2000


UM ESTOICISTA - 08/12/2000       
                      Nazareno Lima 
                  - I -

Pôr todas as classes fui oprimido;
Não faz sentido o que eu aprendi...
No tempo vivido, da paz esqueci,
Finjo que venci, pra não ser um vencido!
   
Me vejo na vida um tanto abatido,
Estou agradecido do que recebi,
Estou servido se é que mereci,
Pôr que só vivi para ser coagido!

Essa esquisitíssima exploração,
Fez na minha vida uma revolução,
Pior que Marx com o Socialismo ...

Mas, isto para mim é uma boa lição;
É assim que produzo minha educação
Com as bases lógicas do Estoicismo!
          
                    - II -              

Você que sofre porquê sofre,
Você que ama porquê ama;
Seja indiferente como um cofre,
Seja como um sino que reclama!

Você que ler esta estrofe,
Valorize seu destino e sua fama;
No mundo tudo passa, é como enxofre
Que é limpo como ouro e vira lama!

Não sofra pôr nada, pôr favor...
A luta não compensa a sua dor...
Você pagará um preço em vão!

Tu, para ser livres é preciso,
Evitar da moral, o prejuízo,
Pra não ser seguidor da exploração!!!

⦁    III –

Há muitos que amam ...
Outros são amados!
Há muitos que tramam...
Outros são tramados!

Há gentes que trai ...
Há gentes que é traída!
Há gentes que sai...
Há gentes que é a saída!

Há muitos que roubam...
Outros são roubados!
Há uns que esnobam...
Há outros esnobados!

Há uns que pensam...
Outros são pensados!
Há uns que avançam,
Outros avançados!

Há gente sofredora...
Outras são sofridas!
Há gente exploradora...
Outras oprimidas!

Há muitos que passam...
Outros são passados!
Há muitos que amam
E nunca foram amados!!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

* Este poema foi escrito baseado
numa entrevista com um seringueiro
de Xapuri - Acre - Brasil,
no dia 02 de Novembro de 2000.

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