quinta-feira, 2 de março de 2017

POESIAS ACREANAS - Desencontros - Nazareno Lima - 2000


DESENCONTROS   -   13/11/2000
                                    Nazareno Lima

Desencontrado pelos desencontros,
Cujos afrontos, me subjugaram,
Tantas manias me manipularam
E desapontaram todos meus aprontos!

Tantos enganos me desenganaram
E me derrotaram em todos confrontos,
As utopias são meus grandes pontos
Destes meus contos que eles não contaram!

O desespero me desesperou.
O preconceito me preconizou.
Nesta passagem de passos perdidos ...

Mas a vitória nestes sofrimentos,
Há de chegar-me em breves momentos,
Para que eu fuja do rol dos vencidos!

⦁    II –

O meu exemplo que seja seguido,
Pôr quem tem lido minhas elegias:
Tanta energia e ideias frias,
É a supremacia de um perseguido!

Estes meus dias que sejam vividos,
Pelo atrevido que nas minhas vias,
Despercebido, trilhar sem manias
E de alegrias faz o mal servido !

Estes poemas de 2000 lamentos,
Faz eu amar os meus sofrimentos,
Na mais narciza das ansiedades ...

E o legado que então me ler,
Tome a minha cruz, depois que eu morrer
Para que eu mesmo não vire saudades !!!

- III –

Tenho certeza do que vou falar
E é real o que vou dizer:
Se não fosse esse meu sofrer,
Eu não teria como poetar!

A razão real do meu conhecer
E a força estridente do meu gritar,
É a reação a quem quer me explorar,
Quando faço a vingança ao escrever!

Fazendo assim umas introspecções,
Eu sobrevivo destas aflições.
Que são parasitas que me alimenta...

Tal como Hitler viveu da impotência
E John Locke, da experiência,
Eu uso isso tudo como ferramenta!!!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Um comentário:

  1. O Poeta Nazareno Lima se expressa nestes sonetos interpretando um seringueiro lutando na cidade para vencer na vida: adquirir uma casa própria, um emprego fixo estável e uma aposentadoria digna na sua velhice... Algo raríssimo de um ex seringueiro conseguir no Acre.

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