À LAURA!
Juvenal Antunes - 1929
Laura! Não digas mais que és desgraçada,
Porque, se és desgraçada a culpa é minha!
És tão pura como a madrugada,
Tão inocente como uma andorinha!
Hoje, se por alguém és reprovada,
Se alguma criatura te amesquinha,
Continua serena em tua estrada,
E ninguém neste mundo te amesquinha!
Como arrojado cavaleiro andante,
Percorrerei até todo o universo,
Montado num moderno rocinante!
E a quem não te adorar nem fizer verso
Darei rápida morte fulminante,
Se houver alguém na terra tão perverso!
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