terça-feira, 16 de maio de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014






  AGOSTOS - 30-08-2014
                   Nazareno Lima

    - VI -
Entre Agostos e desgostos, vejo
Malabarismos de mil saltimbancos,
Barbaridades de cem mil arrancos,
Contra as verdades que eu sempre almejo.

Na qualidade do sabor do beijo,
Quero pensar como os heróis brancos,
Impulsionado por mil solavancos,
Curar Minha alma desse grande aleijo!

E quando o último Jornal dos Oprimidos,
Listar a relação dos esquecidos
E nesse Rol figurar meu pobre nome...

Sairei do anonimato então proscrito
E soltarei na Floresta um grande grito:
Que um homem no Brasil venceu a fome!
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

* O poeta fala com o sentimento do seringueiro
que depois de muitos anos habitando a cidade,
depois de passar muitas e muitas dificuldades e
descriminações... ainda sente a falta da vida na floresta.
A fome que o poeta se refere no poema não é a fome
de comida, é a fome de justiça, a fome de direitos,
a fome de respeito... e que o seringueiro jamais tiveras na cidade.

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