quarta-feira, 3 de maio de 2017

POESIAS ACREANAS - Nazareno Lima - 2014



 ANDANÇAS - 19 - 02 - 2014
                       Nazareno Lima
          III
Às vezes me dava pena
Daquela terrível cena...
Mas o que fazer, não tinha...
Gente que ia e vinha,
Da mais diferente escória:
Cada um com sua história,
Que ouvi sem entender! ...
Enorme o vosso sofrer,
Das mais diferentes formas,
Todas, às margens das normas,
Que regem qualquer Estado.
Somente ser explorados,
Era o direito que tinham,
E no rumo que caminham,
Nem a fé, consegui ver!
     ******
Com calma, tentei dizer,
A causa daquilo tudo...
Quando falei de estudo,
Saíram quase à correr!
     *******

Notei que o pobre homem,
Que de tudo ele tem fome,
Sem ter oportunidade...
No campo ou na cidade,
Seu futuro é sempre incerto...
A Injustiça por perto,
Atada aos seus destinos...
Mulheres, homens, meninos;
Numa exploração eterna,
Naquela imensa Caverna,
Que Platão conceituou! ...
Aos que Marx retratou
Na complexa Mais-valia...
Que não sei como viviam
Naquele Inferno de Dante!
     ******
Tal qual um ignorante,
Quis da Ciência, ter uso,
Mas esse povo connfuso,   
Era Naturalizante!
     *******

* Aqui o Poeta fala dos
ex seringueiros vivendo nas
periferias das cidades acreanas.

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