BRINDE
A Samuel Barreira
Firme, ereto, viril, na embalsamada mata,
Vê-se o altaneio roble as nuvens perfurando,
Os rudes furacões voa sobre ele passando,
Mas nada há que o amedronte e nem nada que o abata!
Também, na sociedade, o escol, a elite, a nata,
Compõe-se da que o ouvido às intrigas trancando,
Sabem, alto, zombar, calmos, filosofando,
Dos temporais da Inveja e da Calúnia ingrata.
Ergo o meu brinde, aqui, ao grande cidadão
Que, pela voz geral de virtuoso em que é tido,
Faz-me inclui-lo no escol da social comunhão.
Certo, ele gozará rara felicidade:
- A consciência de haver sempre o dever cumprido,
- a certeza, afinal, da própria dignidade.
Sena Madureira, 16 – 8 – 914 - JUVENAL ANTUNES
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