A mulher acreana
(No álbum da senhorita Mercedes da Silveira)
Não é a mais bela das mulheres
A mulher que nasceu na terra acreana;
Como as outras, atrai, esquece, engana,
E tem no olhar idênticos poderes.
Também se sente venturosa e ufana,
Como o geral desses malvados seres,
Se alguém, a falta de outros afazeres,
Cai na tolice de “roer coraina”...
Ela é a mesma criatura misteriosa
Que acha que o casamento é emblema régio
Mas chora quando vai às próprias bodas...
Só num ponto é a mais nobre, a mais gloriosa
Não sei porque divino privilégio,
Ama mais cedo que as outras todas.
Juvenal Antunes - 1932
Nenhum comentário:
Postar um comentário