terça-feira, 6 de junho de 2017

POESIAS ACREANAS - Dr Juvenal Antunes - 1932

A mulher acreana

(No álbum da senhorita Mercedes da Silveira)

Não é a mais bela das mulheres
A mulher que nasceu na terra acreana;
Como as outras, atrai, esquece, engana,
E tem no olhar idênticos poderes.

Também se sente venturosa e ufana,
Como o geral desses malvados seres,
Se alguém, a falta de outros afazeres,
Cai na tolice de “roer coraina”...

Ela é a mesma criatura misteriosa
Que acha que o casamento é emblema régio
Mas chora quando vai às próprias bodas...

Só num ponto é a mais nobre, a mais gloriosa
Não sei porque divino privilégio,
Ama mais cedo que as outras todas.

                          
                                         Juvenal Antunes - 1932

Nenhum comentário:

Postar um comentário