POEMA TRISTE - 05 /09/2012
Nazareno Lima
Descendo do povo triste
Que entristeceu a Floresta!
Hoje enfim nada mais resta
Desse povo entristecido...
Pelo Brasil, esquecido...
Sem história e sem lembranças,
Que viveu só de esperanças,
Apoiado em suas crenças,
Lutando contra as doenças
Sem um Governo que o assiste!
Povo pobre e desprezado,
Imigrante do sertão ...
Seguidor da devoção ...
Pela seca, castigado:
Talvez o mais explorado
Que a América já viu,
Foi quem mais contribuiu
Pra enriquecer o País...
Mas a História não quis
Registrar esse passado!
Povo pobre e solitário
Extrator da Goma Elástica,
Viveu a vida mais drástica
Que o Brasil imputou:
Pois em tudo lhes faltou
Exceto a esperança,
Onde a luta não lhe cansa,
Porém, não tornou-lhe ilustre,
Aonde a Febre Palustre
Foi o grande adversário!
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