quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

ROTINA - Abril de 2014

                       Nazareno Lima
 Hoje distante de todos os casos
Que por acaso me apareceram;
Por gratidões me entorpeceram
E me testaram nestes meus ocasos!

É lamentável que eu tenha perdido:
Mas um pedido ainda a Deus eu faço:
Inerme eu fique neste embaraço,
Que é o espaço do compadecido!

Eu sei que a luta que travei é brava,
Pois eu estava a suspirar nos ermos:
Pobres, doentes e também enfermos,
Rogavam-me um conselho e eu dava!

Mas essa luta, tal uma diversão,
De supetão, me desmoronou:
Não sei se Deus já me perdoou,
Mais vou pedir de todo o coração!

Ainda luto e lutarei enfim,
Neste motim de tantas ofensas...
Fé e Moral foram tão propensas
E todas as crenças se negaram a mim!

Mas minha luta continua forte,
E a cada dia muito mais ainda:
Se perguntarem quando a luta finda,
Talvez nem mesmo quando vir a morte!

Esta é a luta da pessoa honesta,
Que faz o bem sem querer retorno,
Mas, o que recebe é aquele adorno,
De declararem que você não presta!
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