Nazareno Lima
--- IV ---
A poesia é semelhante a uma flor
Que nasce dentro das lamas.
Nasce do descontentamento do amor...
Da fome ...das tristezas e nas camas...
A poesia sempre vem do desamor...
Das injustiças... das revoltas e das tramas...
Das opressões... das traições e más famas...
Do silêncio... do medo e do horror!
E o poeta, com um desabafo breve,
No silêncio, encarcerado escreve
Sua vingança da forma que o convém...
E o homem comum jamais aceita,
Que essa vingança depois de feita,
É a essência do mal transformada em bem!
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