P O E S I A S
Nazareno Lima
- I –
Entreguei-me de vez as fantasias
E as utopias todas desprezei:
Realidades ... O que desejei ...
Hoje mudei tais Filosofias!
Deixei de amar ... Se é que amei
E me dediquei a outras manias:
Viajo hoje pelas poesias,
Que dia a dia, já me apaixonei!
Amante sendo da Literatura:
Criei na vida, nova conjuntura,
Para viver o pouco que me resta...
E assim sendo, a Felicidade,
Que até então era raridade,
Chegou de vez me fazendo festa!
⦁ II –
Misturei-me hoje a Ciência,
Tal no além mistura-se Céu e Terra!
Como a violência se mistura à guerra
E o leigo mistura-se à incompetência!
Misturei-me a eficiência,
Como as rochas se misturam a serra:
Tal a morte que a vida encerra
E Gandhi misturou-se a clemência!
Tal Cristo misturou-se a verdade,
E a Filosofia a realidade,
Eu vivo essa mistura exagerada...
Assim... O bem se mistura ao bem.
O mal, ao mal mistura-se também,
Para a Natureza ser equilibrada!!!
--- III ---
Será lícito que toda a vida
De um homem, seja só de sofrimentos
E que seja tão raro os bons momentos,
Que sua mente passará despercebida?
Será lícito que toda a vida
De un homem seja de confinamento,
E que nem mesmo os desenvolvimentos,
Seja algo à vida dele atribuida1
Condenado a viver pelas tabelas,
O Poeta vive entre paralelas :
Descrevendo pois, sua vil razia...
E é lícito que ele sofra mais ainda,
Numa vida atormentada que não finda,
Pois somente assim haverá poesia!!!
--- IV ---
A poesia é uma flor
Que nasce nas lamas
Nasce da dor do amor...
Da fome ... das camas...
A poesia vem do desamor...
Das injustiças... das tramas...
Das pressões... das más famas...
Do silêncio de horror!
E o poeta, com um desabafo breve,
No silêncio, encarcerado escreve
Sua vingança da forma que o convém...
E o homem comum jamais aceita,
Que essa vingança depois de feita,
É a essência do mal transformada em bem!
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