sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
ECOS AMAZÕNICOS - 1992 - Nazareno Lima
ECOS AMAZÔNICOS - 1992
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Nazareno Lima
Recado à minha Mãe – 07/11/90
Mãe, eu não me calei pôr revolta ...
Eu sinto vontade de falar ainda!
Espero uma energia de ti vinda,
Pra içar o eco que o meu peito solta!
Ó Mãe, sejais pois, minha escolta ...
Não me atribuas esta enorme cinda!
Não posso ser agora algo que se finda
Pois, ainda tenho algo a fazer de volta!!!
Mãe, eu sinto a doença me alquebrando;
Apesar de tanto ar, o ar está me faltando
E tu, diante disso não me socorre ...
Minha vida é tão útil a sua vida:
Minha missão ainda não foi cumprida ...
Não posso morrer tal um inimigo morre!!!
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A VOLTA -
Olá minha Mãe, olá! Não morri pois, ainda me movo;
Sumi, depois de tantas desilusões e desenganos!
Depois de calado, observar tudo durante dois anos,
Estou aqui para escrever de novo!!!
Olá minha Mãe! Neste mau tempo eu vi muitos danos;
Vi o grande e triste massacre do chefe do teu povo,
Vi a derrota da classe trabalhadora que tal um ovo,
Foi comprada pelos capitais insanos!!!
Eu vi nestes dois anos o que não somou-se em vinte:
Teu povo precisa preparar-se para o tempo seguinte,
Para não enfrentar de vez, a morte ...
Eu resisti até os últimos momentos
Porém, não havendo a quem expor tantos lamentos:
Voltei a escrever para reclamar da sorte !!!
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Este Poema faz parte do Livro "A BOCA DO VARADOURO" escrito pelo Prof. Nazareno Lima e Org. pelo Prof. Isaac Ronaltti do TJ-Acre.
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